Capítulo 7

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No fim da tarde quando Lohana acordou decidimos fazer uma massa abrir um vinho, ela foi comprar alguns ingredientes, eu achei melhor não arriscar. A gente jantou conversando ela ia sair com algumas amigas eu dormi cedo resolvi ir a empresa no sábado cedo que ninguém estaria lá. Sai bem cedo deixando um recado pra Lohana fui até a empresa, fiz tudo que eu precisava fazer, meu telefone do escritório não parava de tocar e não era normal já que não funcionávamos aos sábados. Pensei logo nele... Ele poderia estar no prédio. Fui invadida por um medo absurdo. Peguei minhas coisas olhei o elevador e tinha gente subindo. Não tinha ninguém na empresa além de mim e dos seguranças. O elevador estava no terceiro andar e subindo eu abri a porta da escadaria e desci do oitavo até o sexto andar e entrei numa salinha fiquei um tempo ali. Tinha uma janelinha que dava no estacionamento se ele entrou com o carro ali, eu o veria. Ele desceu de novo, ouvi o elevador descendo e logo ele saiu no estacionamento e um segurança o acompanhando. Ele estava perguntando algo apontando para o meu carro. Eu sai rapidamente e desci pelas escadas até o segundo andar. Ouvi o elevador subir de novo e enquanto subia, desci até a garagem.

Segurança: Dona Priscilla....

Eu: Que susto...

Segurança: Está tudo bem? O seu marido está te procurando. O que houve com seu rosto?

Eu: O meu marido fez isso. Ele é um agressor imbecil, ele não pode me encontrar aqui. Ele não pode mais entrar nessa empresa ok?

Segurança: Ok... – ele olhou para o elevador. – Parou no oitavo andar, ele deve ter ido na sua sala de novo.

Eu: Vou embora. Avise todos os seguranças, ele não entra nessa empresa mais.

Segurança: Pode deixar. – eu entrei no meu carro e sai rapidamente. Eu estava nervosa. Um carro passou muito rápido por mim, achei que era ele era igual, mas não era. Eu estava muito assustada ia acabar batendo no carro de alguém. Eu só podia ir para um lugar, porque se ele estivesse me seguindo a essa altura, ele saberia onde a Lohana mora, e não posso ir para a minha casa nova que ele saberia também. Eu cheguei em frente ao prédio abriram o portão para que eu entrasse no estacionamento de visitas eu disse que ela estava me esperando. Eu coloquei o carro o mais escondido possível entrei no elevador e subi. Eu tremia tanto que eu tinha a sensação que ia desmaiar. Toquei a campainha sem parar e logo a porta foi aberta.

Nat: Já vai... Calma... O prédio tá pegando fogo? – pude ouvi-la falar. – Priscilla? – eu entrei sem pedir licença.

Eu: Desculpa vir sem avisar e desculpa invadir a sua casa, mas se eu fosse para a casa da minha amiga ele poderia estar me seguindo e ele descobriria que eu fui pra lá, e lá é o meu único lugar seguro no momento eu não podia ir...

Nat: Calma. – segurou meus braços. – Você tá gelada e tremendo, fica calma... Senta eu vou pegar uma água pra você. – ela foi pra cozinha e logo uma mulher veio do corredor de pijama.

XX: O que está acontecendo? – Natalie voltou da cozinha com a água.

Eu: Desculpa, eu não queria atrapalhar nada... Eu estou indo embora... – me levantei.
XX: Não...

Nat: Você não está atrapalhando. Ela é minha amiga Rafaela, está tudo bem. – ela me sentou de novo e me deu a água. – Calma, você está muito nervosa.

Eu: Desculpa vir sem avisar.

Nat: Não precisa se desculpar, está tudo bem. – eu bebi a água. – O que aconteceu?

Eu: Eu fui para a empresa trabalhar aproveitar que ninguém estaria lá para ver meu rosto desse jeito – suspirei – Ele foi lá. Ainda bem que eu percebi algo de errado, lá ninguém entra dia de sábado além de mim. Os seguranças ficam na portaria e o telefone da minha sala não parava de tocar. Só podia ser ele. Então eu vi o elevador subindo e desci pelas escadas... – contei tudo. – Desculpa vir pra cá, estou te colocando em risco eu não posso fazer isso.

Nat: Para de pedir desculpas está tudo bem. Ele não vai entrar aqui, e ele não vai vir atrás de você. Fica calma. – me abraçou. Eu desabei em lágrimas. Eu estava cansada, estava magoada, estava enlouquecendo com tudo isso. Eu não aguentava mais essa situação.

Rafaela: Você denunciou ele? Não pode continuar assim, não pode fugir pra sempre e nem parar sua vida para ficar fugindo dele, com medo dele, isso não é justo com você.

Eu: Sim, eu juntei tudo que eu tinha de prova nos últimos tempos e entreguei ontem, ela montou um caso e entrou com pedido de medida protetiva, boletim de ocorrência. Eu fiz corpo de delito antes de ontem, e tiveram muitas outras situações que eu posso provar que foi ele, enfim... Chega... Eu não consigo mais... – soluçava.

Nat: Tudo bem, você está segura... – me abraçou. Meu celular tocou e eu levei um mega susto. – Calma – ela pegou meu telefone. – É a Doutora Regina.

Eu: É a minha advogada – peguei o telefone e atendi. – Oi... Doutora Regina?

Regina: Priscilla? Tudo bem?

Eu: Sim, tudo e você?

Regina: Tudo ótimo. Consegui a medida protetiva, estou com ela em mãos e ele receberá ainda hoje pela polícia a dele junto com um mandado de prisão preventiva por violência doméstica, coação, estupro ameaça de morte a você e outras pessoas com todos os áudios que conseguimos dos seus amigos, seus e dos empregados. – eu cai no choro. – Fica calma, está acabando. Ele não poderá sair sob fiança pelos próximos 30 dias. Me escuta, ele vai ser preso e assim que a prisão dele for confirmada, vamos até seu apartamento com a policia tirar tudo que é seu de lá. Você vai para um local seguro e aquela ideia de contratar um segurança acho que é valido até sua casa ser concluída.

Eu: Sim...

Regina: O advogado dele com certeza vai querer apelar, tirar ele da cadeia com uma mega fiança, mas o delegado que vai cuidar do caso não vai aceitar em hipótese alguma. Tudo que ele fez e que foi provado está em mãos do juiz e do delegado e ele deveria estar preso, imagina com o que não foi documentado para provas? Então ele não conseguirá liberdade antes desses 30 dias... depois disso, ele não poderá chegar a 500 metros de você ou de qualquer amigo seu, da sua casa e da sua empresa que ele poderá ser preso por isso. Quero te entregar ainda hoje a cópia desse mandado onde você está?

Eu: Eu estou na casa de uma amiga em Copacabana.

Nat: Passa meu endereço, fala pra ela vir aqui...

Eu: O endereço dela é... – passei o endereço da Natalie.

Regina: Chego em meia hora ok?

Eu: Ok, obrigada Regina... Muito obrigada.

Regina: Não tem que agradecer querida... – ela desligou.

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O pavor da Priscilla é palpável... E quantas mulheres passam por isso todos os dias não é?! 

NATIESE EM: O AMOR QUE LIBERTAOnde histórias criam vida. Descubra agora