[01] Aqueles olhos...

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APO

Nesse exato momento, estou transando com uma garota muito gostosa, estávamos no sofá da minha sala, sei que é irresponsável, afinal tenho um irmãozinho mais novo, porém isso é o que menos me importa agora.

Assim que sinto um formigamento no meu baixo ventre, escuto o toque do alarme ao fundo, como um lembrete que eu tenho que levantar e ir para o trabalho, me trazendo de volta para a realidade, levando embora a minha transa e meu ânimo. Bela maneira de começar o dia Apo, minha motivação pra levantar está a sete palmos abaixo da merda da minha vida, ao contrário do meu pau, que está tão duro que o sinto latejando. Abro os olhos e pego o celular com todo o ódio que tenho por ser acordado por aquele aparelho desgraçado.

Assim que checo as horas vejo que já passa das 21:40, merda, eu vou me atrasar e a Yok vai arrancar minha cabeça, levanto às pressas sem me importar com mais nada ao redor, porém como se o universo estivesse tirando uma com a minha cara, sinto a tontura básica e minha vista escurece, maldita queda de pressão.

Saio batendo nas paredes até chegar ao banheiro, não tenho tempo para isso agora. Tomo um banho rápido, não sem antes resolver o problema que está me incomodando no momento.

Não gosto muito de me masturbar, por que vou fazer isso se tem outras pessoas que podem fazer por mim, mas as vezes infelizmente é necessário, eu não iria sair com o pau duro no meio da rua, pelo menos não de novo, da outra vez que fiz isso, minha vizinha me bateu com uma vassoura e me chamou de pervertido, mas tentem me entender, eu estava as portas de um sexo violento no meu quarto quando o Barcode bateu na porta e disse para eu descer e pegar a comida do jantar, a última coisa que eu me preocupei naquele momento era o fato de estar duro, apenas vesti um short e fui, como eu poderia adivinhar que minha vizinha junto com a neta estariam no jardim e veriam a minha situação.

Pego uma roupa qualquer no armário, e quando eu digo qualquer estou me referindo ao fato de que fiquei mais de vinte minutos olhando para o guarda-roupa tentando decidir o que vestir, mas vamos ignorar esse fato.

Resolvo colocar uma calça de couro preta que marca minhas coxas malhadas, junto com uma blusa social também preta com os três primeiros botões abertos, coloco minha coturno preta e finalizo com alguns anéis, checando a hora mais uma vez.

- Caralho, como que pode ser 22:15? A Yok vai me matar.

Saio correndo de casa às pressas, não sem antes checar meu irmão, ele está estudando alguma coisa com o violão, tranco tudo e subo na minha moto, acelerando como se estivesse fugindo dos portões do inferno com mais de cem demônios na minha cola. Eu geralmente uso analogias estranhas, mesmo que não acredite em coisas sobrenaturais, mas vocês me entenderam.

Alguns devem estar se perguntando quem trabalha às 22:00 da noite, exatamente, essa pessoa sou eu. Sou um dos melhores barmen do devil's bar, não me perguntem o porquê dá Yok colocar o nome do bar dela com o diabo no meio, mas é exótico, o que representa bem o meu local de trabalho.

Assim que chego no estacionamento, salto da minha moto e corro para a entrada dos fundos, mas na minha pressa, acabo não vendo uma pessoa vindo na direção contrária e acabamos os dois no chão.

- More than shit Apo, você não olha por onde anda.

Assim que me recupero da queda, vejo que a pessoa que esbarrei é o desgraçado do meu melhor amigo.

- Você nem pense em me xingar Bible, você também esbarrou em mim.

- Calma totó, a culpa não foi minha, e nem me olhe com essa cara, quem chegou fugindo do diabo foi você, aliás acho melhor você se apressar, a Yok não está com um bom humor, parece que vem uma pessoa importante hoje e ela está quase subindo pelas paredes de nervosismo.

The Máfia Blood ~ MileApoWhere stories live. Discover now