A arte está presente em todas as coisas, sejam essas obviamente visiveís ou não, pode estar não somente em objetos mas também em nossos intimos, não importa como, ela estará sempre presente... Principalmente para Gabriela e Hiago.
Para Gabriela Se...
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#LaranjeiraLimao
(Deixe uma estrelinha e faça uma escritora feliz)
Capítulo betado por: @saturnvantae (Twitter)
•••Gabriela•••
Nem todo romance é clichê, mas eles seguem um padrão: os protagonistas se conhecem (se odiando as vezes), se conhecem melhor, ficam, de repente tudo que tinha pra acontecer de ruim acontece e aí, só aí, talvez o casal termine junto, mas sempre termina com um aprendizado que, em teoria, o leitor vai aplicar na vida dele.
Mas como em nenhum momento eu falei que clichês são reais, a situação aqui foi um pouco... incomum. Se todo amor fosse igual, este sentimento não seria tentador ou tão falado, tampouco seria tão falado, não seria arte; uma vez que a arte se trata de sentimento, nenhuma arte consegue ser igual a outra, pois somos únicos, assim como nossos sentimentos, tal como o conceito filosófico Qualia.
Não sou nenhum tipo de filósofo contemporâneo, mas li isso uma vez em um romance, o conceito de Qualia é que você só entende uma determinada situação se acontecer com você. O amor mesmo, você pode saber os efeitos que o amor tem no corpo humano, como o sentimento libera o hormônio dopamina, que é o que nos dá sensação de prazer, ou que os efeitos de estar apaixonado e de ter cheirado cocaína são muito parecidos, mas não significa que você sabe como é o amor. Os efeitos colaterais são os mesmos, mas as experiências são diferentes, tinta e telas? Todas seguem um padrão, mas a arte, ela será sempre única.
Única... igual aquele par de olhos verdes que me desconcertam mais do que deveriam.
Me desconcertam a um ponto em que em algum momento minha mente entrou em um estado de alucinação (não acho que era amor; mas também não usei cocaína), que por instantes pensei que "ler um livro juntos" seria um bom date, sendo que eu nem conheço aquele loirinho gostoso. Só segundos depois eu percebi que fui boba e comecei a pensar em como converter a situação, e eu ia converter, sério! Isto é... se um pianista fuxiqueiro não estivesse entrando em completo desespero.
Três, três pessoas grudadas nele e ninguém consegue acalmar o pobre coitado. Realmente, eu devo ser algum tipo de fada ou bruxa para acharem que eu consigo reverter essa situação. Mas tudo bem, vamos dar um ponto de consideração para Sora: ele nunca se apresentou para grandes públicos e, quando Artemis citou "grandes empresários e professores de faculdade" como maior público... bem, Sora ficou transparente (a pele dele já é naturalmente muito clara) de tanto nervosismo.
Não que ele duvidasse de seu talento, disso ele não tinha dúvidas, mas nunca teve um apoio (afetivo ou não) de pessoas próximas. Nunca me disse sobre sua família, mas pela falta de contato, a distância foi a melhor opção. Só sei sobre a adorada avó que lhe deixou amor, um dom para o melhor café do mundo e o grande piano que fica na sala da nossa casa. Ou seja, Sora confia nele mesmo... mas confiar na palavra de outras pessoas já é um pouco mais complicado.
