𝙾 𝚙𝚛í𝚗𝚌𝚒𝚙𝚎 𝚌𝚘𝚛𝚎𝚊𝚗𝚘/Kim Seokjin

Surpresa

O coração dos pombinhos foi tomado por uma grande emoção. Porém, Valerie não poderia deixar de se preocupar com seu destino. Como sua avó reagiria ao saber que ela decidiu se casar com outra pessoa? Que tipo de vida ela levaria se casando com Seokjin?

Seokjin: - Quero me casar com a senhorita o quanto antes. Nesse tão pouco tempo a senhorita tornou-se muito especial para mim.

Valerie: - Eu sinto o mesmo meu senhor.  Por mim eu casaria aqui e agora. Mas tenho que ir para casa resolver algumas coisas.

Seokjin: - Está bem, vamos até sua casa, onde quer que seja. Eu te deixo perto do local, vou até meu povoado resolver também as coisas que preciso fazer e nos encontramos.

Andaram mais algum tempo, passaram os povoados, e enfim chegaram no povoado em que Valerie deveria ficar. Pararam em frente a uma estalagem no centro do povoado.

Valerie: - Bem, aqui estamos!

Seokjin: - Eu estou surpreso. Acho que o destino quis que nos encontrassemos pois era justamente para esse povoado que eu vinha.

Valerie ficou um pouco surpresa e depois respondeu: - De fato deve ter sido o destino, meu senhor. Bom, então estou indo. Nos encontramos aqui assim que começar a escurecer, combinado?

Seokjin: - Combinado, minha bela e doce Christine.

Valerie sorriu.

Eles se abraçaram, Seokjin entrou na estalagem e Valerie seguiu seu caminho.

Valerie pensando alto enquanto ia até o palácio: "Eu ei de ser forte. Vovó me entenderá, sei que ela quer que eu seja uma princesa. Mas acima de tudo sei que ela quer que eu seja feliz. Vai dar tudo certo. Eu mesma direi ao príncipe que eu não quero mais me casar com ele. Pedirei desculpas e arcarei com as consequências de desfazer nosso compromisso".

Assim que Valerie apareceu no portão do palácio, um alvoroço se instaurou entre os súditos e funcionários do palácio. Eles já não esperavam que Valerie iria aparecer, alguns cochichavam que achavam que ela tive fugido para sempre ou que tivesse acontecido algo.

Logo sua avó apareceu. Lhe abraçou e chorou. Pouco tempo depois repreendeu a neta.

Isabel: - Como ousa fugir? Deve ter perdido a sanidade!

Valerie: - Me desculpe se lhe preocupei. Eu comecei a pensar sobre meu futuro ao lado do príncipe e acabei me assustando, e fui buscar as palavras sábias da famosa Xamã da região.

Isabel: - Você está tão magra. Vamos entrar, pedirei para prepararem algo para você enquanto conversamos.

Alguns alimentos foram preparados e levados ao quarto de Valerie. Ela tomou um banho, vestiu vestimentas dignas da realeza e se alimentou.

Isabel: - Agora que comeu, quero que vá até o rei e a rainha, peça desculpas pelo importúnio, e que tal coisa jamais voltará a acontecer.

Valerie: - Vovó, eu posso até ir pedir desculpas a eles. Eu devo isso a eles na verdade, mas mais do que isso, devo me desculpar por não me casar com o filho deles.

Isabel: - Não estou entendendo minha querida. Como assim não se casará mais com o príncipe?

Valerie: - Eu encontrei o amor, vovó. Eu quero passar o resto da vida ao lado dele, ele é um homem gentil, valente e educado. Tenho certeza que me tratará bem. Muito melhor do que um príncipe que sequer se deu ao trabalho de vir me conhecer.

Sua avó ficou um bom tempo sem dizer nada. A decepção em seu rosto era visível. Mas o rosto de sua neta se iluminou de um jeito jamais visto, e ela não queria que esse brilho apagasse.

Isabel: - Ah, minha querida! Não posso negar isso a você. Mas quero que você assuma as consequências de sua decisão.

Valerie: - E eu assumirei! Onde o príncipe Hyun-woo está?

Isabel: - Bem, enquanto eu pedia aos empregados para lhe preparar algo para comer, eu ouvi que o príncipe estava em seus aposentos resolvendo alguns assuntos e assinando alguns papéis.

Valerie: - Pois bem, eu ei de falar com ele agora. Não tem mais como adiar isso.

Ela terminou se arrumar, colocou algumas jóias e enfeites no cabelo e se dirigiu aos aposentos do príncipe.

Assim que chegou aos aposentos falou com o guarda que gostaria de falar com o príncipe.

O guarda pessoal do príncipe respondeu: - Aguarde aqui, senhorita. Vou anunciá-la ao príncipe e então lhe direi se pode entrar.

O guarda entrou nos aposentos: - Meu senhor, sua noiva está na porta e gostaria de lhe falar algo.

O príncipe respondeu: - Ótimo, eu estava precisando mesmo conversar com minha noiva. Mande-a entrar.

O guarda saiu e disse a Valerie que ela poderia entrar.

Como de costume entre a realeza, Valerie entrou de cabeça abaixada, e assim que estava em frente do príncipe fez uma reverência silenciosa ao mesmo, ainda sem erguer a cabeça, esperando que ele lhe falasse algo primeiro.

O príncipe se levantou e foi até Valerie, e disse: - Peço desculpa por ter me ausentado nesses dias.

Ao ouvir a voz do homem, Valerie sentiu algo dentro de si, a voz não lhe era estranha.

Agora que ele tinha iniciado a conversa ela enfim podia fazer contato visual e falar.

Cumprimentou-o novamente, agora dizendo: - Vossa alteza real.

E então levantou sutilmente a cabeça, olhando o príncipe pela primeira vez.

Assim que o príncipe viu o rosto de Valerie, ele a olhou confuso, e disse:

- Christine?