𝙾 𝚙𝚛í𝚗𝚌𝚒𝚙𝚎 𝚌𝚘𝚛𝚎𝚊𝚗𝚘/Kim Seokjin

Revelações

Valerie estava sem acreditar que aquele na sua frente era Seokjin.

Ambos ficaram se olhando por um tempo sem nada dizer. E então, o silêncio foi enfim quebrado.

Valerie: - Seokjin? Não estou entendendo, o senhor é o príncipe?

Seokjin: - Bem, e você, Christine, na realidade é minha noiva? Que tal sertamos para conversar devidamente?

Valerie concordou com a cabeça.

Eles se sentaram, e então começaram a resolver todo o quebra-cabeça.

Seokjin: - Agora me diga, como você, é a minha noiva que veio de outro país? Seu nome não é Christine, não é?! Até onde sei, o nome de minha noiva é Valerie.

Valerie: - Bom, eu sou Christine, esse apenas não é meu primeiro nome. Eu sou Valerie Isabel Christine Lee Jones.

Seokjin: - Ahhh, pois bem. E como a senhorita foi parar tão longe do palácio?

Valerie: - Eu concordei com esse casamento porque era o desejo de vovó, porém, quando aqui cheguei e vi que o príncipe sequer se importou em me recepcionar, eu passei a me questionar se queria me casar com alguém assim. Soube que tinha uma sábia Xamã em um dos povoados vizinhos, e quis saber o que ela poderia me dizer sobre isso.

Seokjin: - Eu peço perdão pelo o que lhe causei. Sinto muito que tenha se sentido assim. Eu estive em conflito desde que meus pais aceitaram o casamento. Um casamento que eu sabia que beneficiaria o povo, mas um casamento sem amor. Eu senti que isso não era certo para mim, nem justo para a minha pobre noiva. Então eu fiz o que sempre fiz nos meus momentos de incerteza, assumi outro identidade em um povoado em que não conhecem o rosto do príncipe, um lugar em que eu poderia ser eu mesmo.

Valerie: - Eu não lhe julgo. As pessoas que sempre estavam ao meu redor, conheciam a minha riqueza, e por isso, eu nunca sabia realmente se eram legais comigo ou se só tinham interesse no que eu podia lhes oferecer. Quando eu o conheci e conheci o pessoal da taberna, eu tive a oportunidade de pela primeira vez me mostrar como realmente eu sou.

Enquanto Valerie falava, o príncipe observava como seu olhar bilhava ao falar sobre essa "liberdade" que ela nunca teve. Ele a entendia como ninguém. E por entendê-la, em alguns momentos passou a ficar triste com o destino que lhes aguardava.

Seokjin: - Eu estou muito feliz que a pessoa que eu amo é justamente a pessoa com quem eu deveria me casar. Mas, confesso que estou um pouco decepcionado com isso também. Você experimentou um tipo de liberdade e um tipo de vida, que eu como um príncipe não posso lhe oferecer.

Valerie: - Como assim? Não estou entendendo...

Seokjin: - Fazer parte de uma família real requer uma vida totalmente em prol da realeza, uma vida cheia de regras. É como se sua vida não pertencesse a você. É uma vida que eu não escolheria para mim, mas que não pude me esquivar. Mas você pode escolher. Então, por mais que seja doloroso para mim viver sem a senhorita, por favor. Escolha não viver isso.

Valerie: - Mas eu o amo. Eu estou disposta a viver essa vida do seu lado.

Seokjin: - Você não sabe o que está dizendo, minha doce Christine.

Os dois são interrompidos por alguém batendo na porta.

Seokjin: - Entre!

O guarda pessoal do príncipe entra nos aposentados e então anuncia: - Vossa Alteza, desculpe atrapalhá-los, mas é urgente. Os ladrões se rebelaram no povoado vizinho e as coisas estão fora do controle. Eles estão se juntando com ladrões de povoados vizinhos, e pretendem travar uma guerra contra o reino.

Seokjin: - Reuna o general e os comandantes, falarei com todos daqui a pouco.

O guarda recebeu as ordens do príncipe e se retirou.

Seokjin: - Sinto muito, mas acho que teremos que deixar nossa conversa para um outro momento. Eu preciso controlar as coisas. Ficarei fora por alguns dias. Por favor, pense no que lhe falei.

Valerie estava aflita com as notícias.

Valerie: - Se cuide, meu senhor. Por favor, tome muito cuidado....e volte para mim.

Seokjin: - Eu prometo que voltarei!

Se aproximou dela, a olhou carinhosamente, e deu-lhe um beijo na testa.