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REALLY, PETER?

[...]

Ouço gritos vindo da parte onde a mesa de pedra ficava e logo peguei minha espada. Vejo Pedro em frente a feiticeira branca, ele estava hipnotizado pela feiticeira. ESPERA AÍ? A FEITICEIRA BRANCA?!

Logo eu olho para Edmundo e ele me olha de volta, conversamos quase se fosse por pensamento, é como se ele me dissesse "vamos quebrar o gelo por trás" eu apenas assenti e fui para trás do gelo eu e Ed contamos até três e...

Cravamos as espadas, quebrando o gelo.

-Eu sei. Você estava ganhando.- Edmundo disse saindo.

-Sério, Pedro?- Eu falei.

Eu dei um olhar desapontado para Pedro e sai junto com Susana que fez o mesmo que eu.

[...]

As tropas de Miraz se aproximavam. Aquilo significava que urgentemente precisávamos de um plano. Aquela situação podia facilmente sair do nosso controle, então precisaríamos ser inteligentes. 

Afinal, depois do "Grande Plano de Pedro" muitos dos nossos homens morreram.

[...]

-Com mil diabos. Esse é o seu próximo grande plano?- Questionou Trumpkin; -Mandar uma menina às partes mais sombrias da floresta? Sozinha!

-É nossa única chance.- Disse Pedro.

-E ela não estará sozinha.- Falou Susana.

-Já não morreram muitos de nós?- Trumpkin parecia preocupado.

-Nikabrik era meu amigo também. Mas ele perdeu a esperança.- Caça-Trufas falou com pesar; -A Rainha Lúcia não. E muito menos eu.

-Por Aslam.- Ripchip ergueu a espada.

-Por Aslam.- Disse um urso.

-Então eu vou com você.- Protestou-se o NCA.

-Não. Precisamos de você aqui.- Lúcia falou.

-Temos de detê-los até que Lúcia e Susana voltem.- Disse O Magnífico.

-Com licença. Miraz pode ser um tirano e assassino... mas como rei, ele deve seguir as tradições... e às expectativas de seu povo. Há uma em especial que pode nos dar algum tempo.- Caspian se direcionou à Pedro.

[...]

"Eu, Pedro, pela graça de Aslam, por eleição e por conquista Grande Rei de Nárnia, Senhor de Cair Paravel e Imperador das Ilhas Solitárias para evitar o abominável derramamento de sangue por meio desta desafio o usurpador Miraz a um combate no campo de batalha. A luta será até a morte. A recompensa será total rendição.

Eu ouvia as palavras de Edmundo e torcia para aquele reizinho meia boca aceitar a proposta de Pedro. Eu, Edmundo, um gigante e um centauro fomos enviados para o acampamento inimigo para ler uma carta.

-Diga-me, príncipe Edmundo.- Miraz falou.

-Rei.- O menino corrige.

-O que disse?- Incrédulo Miraz pergunta.

-Na verdade, é "Rei Edmundo". Só rei. Pedro é o Grande Rei.- Edmundo ensinou para aquele "rei"; -Eu sei que é confuso.

-Porque arriscaríamos com tal proposta se nossos exércitos poderiam acabar com vocês até o anoitecer?- Disse Miraz.

Céus! Ele era pior que o Pedro se gabando pelo título.

-Você já não subestimou demais nossos números?- Eu disse.

-Fique quieta. Os homens estão conversando.- Pude ouvir um dos homens de Miraz sussurrarem.

-Quem é você, jovenzinha linguaruda? Uma oferta de paz?- Debochou o falso rei.

-Para sua informação, eu sou Morgan. A Grande Rainha de Nárnia, Senhora de Cair Paravel, Cavalheira de Nárnia, Imperatriz das Ilhas Solitárias e Esposa do Grande Rei Pedro, O Magnífico.- Acho que eu nunca falei com tanto orgulho os meus títulos; -Mas voltando à conversa. Há uma semana achava que os narnianos estavam extintos.

-E vão estar novamente.- O convencidinho disse.

-Então deve ter pouco a temer.- Disse Edmundo.

-Não é uma questão de bravura.- Riu o homem em nossa frente.

-E por bravura se recusar a lutar contra um espadachim que tem a metade de sua idade?- Provocou o menino do meu lado. Boa Ed!

-Eu não disse que me recusava.- Falou o "rei".

-Conte com nosso apoio, Majestade.- Falou um dos homens; -Seja qual for a decisão.

-Senhor. Só nossa vantagem militar já é uma desculpa perfeita para evitar...- Sugeriu um homem que estava na minha diagonal.

-Eu não estou evitando nada!- Brigando entre si? Que união!

-Estou apenas dizendo que meu lorde tem direito de recusar.- Outro homem de Miraz disse, o qual eu não me importo o suficiente para querer saber o nome.

-Sua Majestade nunca se recusaria.- Disse outro homem, que estava atrás de mim e de Ed; -ele aprecia a chance de mostrar ao povo a coragem do novo rei.

Para quê fazer esforço? Se os próprios inimigos já fazem o trabalho para você?

-Vocês. Torçam para que seu irmão e seu marido tenha a espada mais afiada que a pena.- Eu e Ed sorrimos.

Objetivo atingido! 

[...]

-Pedro!- eu o chamei logo depois que voltem do acampamento de Miraz; -Precisamos conversar!

-Ótimo. Também queria falar com você.

Entramos em um lugar mais reservado para conversarmos.

-Desculpa.

-Desculpa.

Dissemos ao mesmo tempo e nos olhamos. Até que Pedro me abraça e diz:

"Eu deveria ter te escutado."

-Eu fui muito dura com você.

-Não, eu precisava acordar.

Ele estava chorando e logo eu também estava.

-Eu sei. Mas já passou, todo mundo erra Pedro. Vai lá e ganhe essa batalha. Por Aslam. Por Lúcia. Por Susana. Por Edmundo. Por Nárnia. Por mim.- Peguei o rosto dele com minhas duas mãos e enxuguei as lágrimas; -Seque isso logo, ninguém vai querer te ver chorando.

Ele me olhou no fundo dos olhos como se implorasse por um beijo. Por mais que eu o perdoei não significa que estamos necessariamente juntos. Preciso de um tempo. Estou farta de brigas, nós dois precisamos amadurecer antes de ficarmos juntos por mais uma vez. 

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NOTES

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one of us [2]- p. pevensie✔️Where stories live. Discover now