Capitulo 4

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Encarei o homem que estava sentado a minha frente

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Encarei o homem que estava sentado a minha frente.

- É meio chocante estar aqui sentado, frente a frente com a protegida de Arthur Leblanc. _ Suspirei ao ver Riftan sorrir._ Por qual motivo estou tendo essa honra, queridinha.

Revirei meus olhos e apertei o copo com água.

- Preciso de sua ajuda, Riftan. _ Assumi, e ele ergueu sua sobrancelha para mim._ Por favor.

Ele sorriu, mas seu olhar era puro ódio.

- O quê te faz pensar que eu te ajudaria? Só de pensar que você, se mistura com aquele tipo de gente, já me dá nojo._ Ele se inclinou ficando com seu rosto perto do meu._ Você ainda, não aprendeu não é?

Eu sei, que Riftan é um homem amargurado, ele é rancoroso e não tem piedade.

- Eles não são esse tipo de pessoa. _ Ele se levantou e riu alto._ Eles não são assim, não são racistas, nem esnobes.

- Acredita mesmo nisso? _ Ele andou até a adega de sua casa e abriu uma garrafa de vinho._ Você ainda não entendeu não é? Pessoas como nós, não podem viver com pessoas como eles.

Eu investiguei a vida de Riftan, um homem que tem um profundo ódio por seu pai. Pelo o que eu entendi, seu pai é branco, e já fez a mãe de Riftan, uma mulher preta sofrer muito, mesmo que eles já estejam bem, Riftan tomou um ódio absurdo por pessoas brancas.

Mesmo que eu tenha sido envenenada por uma mulher, branca, não sinto nenhum rancor seletivo. Sei que a cor da pele dela não tem nada haver com seu caráter.

Afinal ninguém nasce racista.

- Eu vou pagar. _ Ele me olhou divertido, eu sabia que ele não precisava de dinheiro._ Vou pagar com informações.

Riftan pareceu interessado, já que parou de beber o vinho.

- Eu tenho informações, sobre os agressores de Junniper.

Mesmo que ele odiasse todos, ele havia uma obsessão enorme por Junniper, sua colega de escola. Seu ódio pelos Leblanc's deve ser por que, Junna também não gosta de seus irmãos.

Eu moro com eles dês dos meus 12 anos, sei de muitas coisas.

- O que te faz pensar, que eu preciso disso? _ Ele voltou a se sentar na minha frente._ Eu não me importo.

- Eu encontrei 2 dos agressores. _ Seu olhar se mantinha fixo no meu._ A garota que cortou seu pescoço com um pedaço de vidro, e um dos homens que abusou sexualmente dela.

Eu vi ele ficar tenso na cadeira.

- Os nomes. _ Ele bateu a mão na mesa._ Fale a porra dos nomes!

Mesmo que eu quisesse dizer logo, eu precisava de uma garantia.

- Vamos fazer um contrato, você se torna meu advogado, e dá a notícia de minha morte a todos e eu te dou os nomes.

Ele gargalhou alto e retirou um cigarro do bolso.

- O quê me garante que você realmente sabe quem fez mal a Junna. _ Ele acendeu o cigarro e me olhou despreocupado._ Por que eu devo me preocupar, apenas se vire e saia da minha casa.

Ele se levantou mais uma vez da cadeira, e eu senti que minha única chance estava indo embora.

Eu nem acredito que vou fazer isso.

- Por favor, eu te imploro. _ levantei da cadeira e andei até ele, me ajoelhando._ Por favor, i-irmão.

Riftan virou e eu encarei seus olhos.

- O quê você disse? Ficou louca? Levanta daí!

Eu não pretendia fazer isso, achei que nunca diria isso, pensei que nunca assumiria que eu conheço meus pais biológicos.

- Eu fui deixada na porta de um orfanato no Brasil, eu era apenas um bebê. _ Ele tombou a cabeça pro lado._  Escolhi meus sobrenomes quando tinha 9 anos depois de olhar um jornal.

Riftan se abaixou e segurou meu queixo.

- Está brincando com algo sério, está me pedindo, para te matar?!

Sorri ao ver a raiva em seu olhar, e ele segurou meu pescoço com força.

- Eu nao pretendia dizer. _ Falei com muito esforço._ Encontrei Lovelia por acaso, e no mesmo momento soube que ela era minha mãe. Roubei um fio de cabelo dela, e fiz o teste de DNA.

O aperto em meu pescoço diminuiu aos poucos, e eu tossi ao conseguir respirar.

- O quê me garante? Vamos refazer o teste, se for mentira se prepare, eu mesmo vou te matar. Não acho que algo como isso, seja verdade.

Por incrível que pareça, Riftan me pegou no colo me fazendo suspirar de surpresa, ele me levou até a sala de sua casa e me colocou sentada no sofá.

- Eu não quero nada de você Riftan, não quero encontrar com sua mãe nem com seu pai. _ Ele se abaixou em minha frente._ É provável que eu tenha apenas mais 2 dias de vida, apenas quero resolver tudo antes de morrer.

Ele bagunçou os cabelos e colocou a mão no meu pescoço e me puxou, colando sua testa na minha.

- Eu vou confiar em você Yasmim, vamos fazer o contrato, mas eu não acho que você vá realmente morrer. Vamos dar um jeito nisso. Minha mãe não vai gostar de receber a notícia, que sua filha roubada está morta, é melhor você ter a decência de viver.

Ele fechou os olhos e eu sorri. Parece que eu vou deixar minha mãe triste...

- Vamos, me diga tudo o que eu quero saber. _ Ele encarou meus olhos._ Me diga, sobre Junna, e por que você vai morrer, Yasmim Baccore.

Ser Yasmim Baccore, me torna filha de dois assassinos, me torna uma pessoa insana e sem sentimentos. Isso me faz uma pessoa rancorosa e vingativa.

Não que eu já não fosse assim, afinal o sangue deles corre pelas minhas veias.

Riftan realmente acreditou que Yasmim é sua irmã, ou apenas está fazendo a Kátia, para poder receber as informações que quer?

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Riftan realmente acreditou que Yasmim é sua irmã, ou apenas está fazendo a Kátia, para poder receber as informações que quer?

Yasmim é realmente irmã dele?

Qual seria a história dos pais de Riftan?

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E até o próximo ❤🦊

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