Capitulo 76

323 30 9
                                    


Maraísa no chão estava sentindo dor na perna e no punho, a chuva forte a impedia de ver onde o cavalo estava, seu corpo cansado não a deixava nem sequer levantar, olhou para a perna e viu sangue, pousou o rosto sobre os braços e pediu em pensamento para alguém a ajudasse. Everton estava no quarto de sua mãe, a mulher o chamou para conversar e ficar mais pouco com ela, depois de um tempo ela dormiu de novo. O homem saiu do quarto indo até a cozinha, onde dona Fátima estava sentada olhando a chuva.

Everton: Dona Fátima? Onde está a Maraísa?

Fátima: Aí meu filho, ainda bem que você veio aqui, ela pegou um de seus cavalos e saiu!

Everton: Nessa chuva?

Fátima: Foi, e o pior, foi em um de seus cavalos valentes!

Everton: Meu Deus do céu!. Ele sai correndo, pega seu cavalo que era manso e sai galopando em meio a chuva. A noite escura, a chuva embassando sua visão, ele não conseguia a encontrar, não sabia se tinha acontecido algo com ela, ou se ela tinha conseguido chegar em casa bem, então ele pensa em voltar para pegar seu carro e ir até a fazenda dela, já que ele estava todo molhado, até que ver seu outro cavalo vindo em sua direção, passando por ele em alta velocidade, ele então deixou o cavalo passar e seguiu o mesmo caminho de onde o cavalo veio. Ele guiou seu cavalo para ir devagar, até que ver Maraísa caída no chão, ele se aproxima com o cavalo e desce, se aproxima de Maraísa.

Everton: Maraísa?
Ele balança ela, mas a mulher não respondia, ele vira ela deixando-a de rosto para cima, sua pele estava muito gelada, seus lábios roxos e as unhas também, possível causa de uma hipotermia.

Everton: Meu Deus, não, meu amor!. Ele olha para a perna dela e percebeu o sangue, tentando não entrar em desespero ele tirou sua própria blusa mesmo molhada, e amarrou na perna dela para tentar estancar o sangue. O homem a pegou nos braços e a colocou encima do cavalo, após subir e se ajeitar com ela, ele partiu em direção a sua fazenda.

Na casa, Helena estava na cozinha conversando com Fátima, estava mais calma, depois que Everton saiu ela acordou, decidiu trocar de roupa e ir conversar com Fátima, o que parecia ser uma terapia para ela. Mas no momento elas estavam preocupadas com o homem que tinha saído na escuridão da noite á cavalo atrás da mulher. Havia um silêncio entre as mulheres, só era possível ouvir o barulho da chuva cair lá fora enquanto elas olhavam para o escuro da noite, até que escutam o galopar de um cavalo.

Helena: Deve ser ele!

Fátima: Mas o cavalo parece vim tão devagar!.

Helena: Ali está ele, mas parece que ele vem trazendo algo!

Fátima: Só pode ser... Meu Deus, a senhorita Maraísa parece está desmaiada!. Everton chega, ele desce do cavalo e em seguida tira Maraísa de cima e a carrega nos braços até a entrada da cozinha.

Helena: Meu filho o que aconteceu com ela?

Everton: Ela só pode está tendo uma hipotermia!

Helena: Coloque ela no sofá da sala e tire as roupas dela, Fátima pegue alguns cobertores!. O homem leva a mulher até o sofá, tirou a roupa e a deixou apenas de roupa íntima, Fátima chega com os cobertores e coloca encima dela, Everton tira as roupas que ainda faltavam.

Everton: Eu vou levar ela para o meu quarto!. Ele pega ela nos braços e leva, Jéssica sai do quarto no momento em que ele estava passando.

Jéssica: O que aconteceu com ela?

Helena: Acho que está tendo uma hipotermia, traga uma roupa sua de frio pra ela!. A mulher entrou no quarto do filho.

Jéssica: Eu não vou pegar roupa nenhuma pra ela!(ela achou que estava falando sozinha)

Fátima: Quanta amargura menina, um dia vai voltar para você!

Jéssica: Credo, não joga agoro em mim!

Fátima: É só a lei da vida, vou pegar uma roupa das minhas por que se depender de você, ela morre!. A mulher vai até o quarto e pega uma roupa de frio e entrega para Everton que logo coloca em Maraisa e a cobre com os cobertores.

Helena: Bom, a temperatura dela já aumentou mais, ela está melhorando, talvez ela demore um pouco para acordar, não sabemos quanto tempo ela ficou na chuva, tem certeza que não quer levar ela no médico?

Everton: Tenho, a temperatura dela já subiu um pouco, vou ligar para o nosso médico e pedir algumas orientações, mas hoje ela dorme aqui!

Fátima: Eu vou preparar uma sopa de legumes para quando ela acordar ela comer!

Helena: Boa idéia!. Como a porta estava aberta, Jéssica estava vendo todo o cuidado com Maraisa, Fátima passa por ela e segue para cozinha.

Jéssica: Estou vendo que vou ter que agir sozinha já que a tia Helena não vai me ajudar!. Ela volta para o quarto. Everton pega alguns materiais e olha o ferimento dela, no momento ele só conseguia ver que já não estava mais saindo, fez a limpeza, tirou uma foto e fez um curativo, mandou mensagem para seu médico, mostrou a foto a ele e logo foi indicado levar Maraísa ao hospital para fazer raio x e se certificar que não haveria nenhuma fratura.

Mais tarde, Everton estava deitado ao lado de Maraísa, ele vestiu um moletom e a puxou para si para esquentar ainda mais. Ele estava assistindo tv, a chuva continuava a cair, e quanto mais tarde ficava mais frio se tornava. Maraísa começa a se mexer e soltar um leve gemido, ela abre os olhos devagar, passa a mão no rosto e olha para Everton, ela logo tenta se sentar mas se sentiu mal.

Everton: Vem cá (ele puxa ela para si) Fica calma, eu encontrei você caída no chão com um ferimento na perna e muito gelada, seu lábio estava roxo e suas unhas também, te trouxe pra cá!

Mara: Não precisava, já que me encontrou poderia ter me levado para casa!

Everton: Para de reclamar!. Alguém bate na porta e logo é aberta, Helena entra no quarto ligando a luz e Fátima vem logo atrás dela com uma sopa sendo trazida na bandeja.

Helena: Ah minha querida, que susto você nos deu!. Maraísa sentou na cama.

Fátima: Olha eu trouxe uma sopa deliciosa de legumes e você vai comer sim por que tem que esquentar seu corpo!

Everton: E amanhã pela manhã nós vamos no médico fazer raio x de sua perna para ver se não tem nenhuma fratura!. Maraísa olhou para os três, sorriu de lado ainda fraca, sentiu-se muito bem ali, parecia sentir que estava na sua própria casa. Ela começa a comer a sopa.

Fátima: Sua mãe me ligou agora a pouco, eu contei para ela o que tinha acontecido com você, mas já deixei ela tranquila, falei que estava fazendo sopa para você, ela disse que sua irmã ligou para ela dizendo que estava sentindo algo ruim e que era pra procurar por você por que ela te ligava e você não atendia!

Mara: Na verdade eu nem sei onde está meu celular!

Everton: Deve está no escritório!

Mara: Deve ter sido, depois da discussão que tivemos!

Everton: Mas que já ficou tudo resolvido!

Mara: Não, ainda não ficou resolvido e você sabe o que fazer para resolver isso!

Everton: Tá bom, agora termina de comer que você precisa descansar!. Ela termina de comer e se deita de novo, Everton colocou o termômetro nela e agora a temperatura has estava estabilizada. Ele abraça ela mesmo ela tentando resistir e dormem.

Destinos Where stories live. Discover now