A Filha Dele - Satoru Gojou

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08:00 AM

Minha mãe está estranha sempre que a vejo ela está sorrindo para o celular ou está em ligação, meu pai e eu desconfiamos que ela esteja saindo com alguém, afinal ela tá solteira e viva (ainda bem).

— Bom dia mãe - digo entrando na cozinha com o meu pijama da ametista que comprei na shoppe. - Dormiu bem? 

— Bom dia filha, dormi sim e você? - ela diz com um sorriso enorme no rosto em seguida pega a garrafa e coloca café no copo. - 

— Dormi bem também - me sento perto dela e pego um pão de queijo para comer. - Mãe 

— Pode falar filha - ela me olhando, eu respiro fundo e digo. - 

— Se a senhora quiser namorar, ficar ou até mesmo casar com alguém não tem problema ok? A vida é da senhora se estiver com medo de como eu vou reagi- 

— Promete não conta para ninguém? - ela diz baixo como se aquilo fosse uma coisa super secreta, acho que é de família isso. - 

— Relaxa mãe, nasceu aqui morre aqui - me aproximo um pouco mais dela para ouvir cada detalhe daquela fofoca. - 

— Eu estou ficando a Rose - ela diz receosa e me olha com medo. - Olha filha, não me ache uma aberração por—

Interrompi sua fala com um abraço acolhedor, isso não é um problema, ela gosta de mulheres também não e nunca vai ser um problema, mas é a Rose! A mulher ficou com meu pai e agora está ficando com a minha mãe. 

— Não tinha ninguém melhor não? Tipo... Ela meio que - respiro fundo e resolvo não falar nada. - Deixa, vocês estão juntas ou... 

— Fogo no rabo mesmo - ela dá um sorriso sincero, eu acho, só acho que era para essa conversa ser ao contrário. - 

— Não entendo muito disso, mas espero que seja um bom... Fogo no rabo? - falo tentando formular aquela frase da melhor maneira possível. -  

Nesse momento meu pai entra na cozinha com uma cara de fofoqueiro, provavelmente querendo saber o que eu e minha mãe estávamos conversando. 

— Bom dia meninas - ele dá um sorriso largo, anda até mesa e se serve com um copo de suco. - alguma novidade? 

— Não, nada - minha mãe estende o braço e pega a xícara de café em cima da mesa. - E você, tem alguma novidade? 

— Nada também, ultimamente tá tudo parado né? - ele olha desconfiado para minha mãe e dá um gole no copo de suco. - 

— Espero que isso seja suco sem açúcar - ela muda de assunto e ele quase se engasga. - Porque se for eu vou levantar e vou cometer atrocidades 

— AÍ, tudo eu nessa casa! - ele vira o copo de suco tomando tudo num gole só e sai da cozinha. - 

— Vocês são tão... - tento procurar outra vez uma palavra, mas dessa vez eu não acho. - Vocês são vocês 

— Isso é pra ser uma ofensa? - ela me olha uma sobrancelha arqueada, ficou parecido com aquele meme antigo de uma cantora que eu esqueci o nome. -  

— Quê? Não mãe, jamais - faço uma expressão de inocente, mas acho que não convenceu ela, então seguro a risada colando a mão na boca. - Só... Só lembrei de uma piada 

— Tinha que ser cria do seu pai mesmo, raça ruim! - ela vira cabeça para o outro lado e empina o nariz. -  

— Raça ruim? Por que me fez com ele então? - imito a expressão que ela fez anteriormente. - Em? Responde mamãezinha