Dangerous moments.

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olá pessoal, feliz domingo entediante pra vocês. ainda bem que eu apareci pra salvar esse dia tão chato e desnecessário. como que vocês estão? espero que estejam bem e ansiosos por esse capítulo, eu imagino que sim, considerando o momento em que estamos, hehe.

queria que vocês soubessem que, não, eu não odeio a Alyssa e a Billie, ok? eu só tô falando isso porque prevejo os comentários me acusando de odiar o meu casal favorito da vida depois de ler o que vai acontecer. enfim, eu acho que já falei até demais.

respirem, acalmem esses corações. façam uma boa leitura, não deixem de votar e comentar. me perdoem pelos erros e até já já.

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Ando pelo corredor vazio e escuro, tateando o ar a minha frente para não correr o risco de esbarrar com algo que esteja no meu caminho. O quarto dos meus pais é o último no final do corredor. A fresta de luz por debaixo da porta me faz ter certeza de que o meu pai ainda está acordado, provavelmente, conversando no telefone como ele faz quase todas as noites. Eu sei que isso deixa a minha mãe brava, ela odeia que ele traga os assuntos do trabalho para dentro de casa. Isso deixa o papai muito bravo, e às vezes ele desconta essa raiva toda na mamãe e até em mim. Não, ele não bate na gente, mas qualquer coisinha tira ele do sério e é muito chato quando o papai fica bravo o tempo todo.

Bato duas vezes na porta. Mamãe não está em casa desde ontem, ela está fazendo uma viagem a trabalho com o meu tio Elliot. É o papai quem está cuidando de mim, e tem sido muito mais divertido ficar só com ele do que com a mamãe junto. Minha mãe é muito chata, ela vê defeitos em quase tudo o que eu faço. O meu pai sempre me apoia, ele gosta e me incentiva a fazer o que me deixa alegre, desde que isso não prejudique as pessoas ao meu redor. Papai sempre diz que nós temos que tomar cuidado com as nossas ações para não ferir quem a gente ama. Eu tenho oito anos, e eu não me lembro de ter ferido alguém. Perguntei a ele esses dias, ele me disse que eu sempre fui uma criança muito boa.

— Oi querida — a porta é aberta, ele sorri brevemente quando me vê de pijama, olhando-o com o meu famoso olhar de cachorro sem dono. — Pesadelos?

— Sim, dessa vez a mamãe disse que não queria mais que eu fosse a filha dela — eu estou triste, mesmo que minha mãe e eu não sejamos muito amigas, eu ainda amo muito ela. — Você acha que isso pode ser verdade?

Papai deixa que eu entre em seu quarto. O quarto dele e da mamãe é enorme. Tem espaço pra uma cama bem grandona, uns móveis em que eles guardam várias coisas, tipo os perfumes da mamãe, os papéis de serviço do papai e várias outras coisas que o papai sempre fala que minha mãe deveria jogar fora. Mamãe disse que o papai tem que tirar todas essas tralhas daqui e deixar no escritório, mas o papai fala que é muito mais prático mexer na papelada aqui do que lá. Eu não entendo quando eles brigam por isso.

— Nem de longe, meu amor, sua mãe te ama muito, por mais que ela seja uma megera algumas vezes — ele parece bravo ao falar isso.

— O que é ser uma megera? — Essa palavra é engraçada, parece "meleca". — Você quer dizer que a mamãe é uma meleca? — Digo mais baixo, eu não sei se é uma coisa boa, então eu não posso dizer alto, vai que a mamãe aparece por aqui. Não quero meter o papai em encrenca com ela. — Ela não pode saber, né? — Me sento na cama deles dois, balançando meus pés para fora do colchão.

A cama dos meus pais é muito gostosa, eu sempre consigo dormir muito bem aqui. Tipo, eu tenho vários sonhos bons, na maioria deles eu estou deitada ou correndo nas nuvens. A cama deles é bem parecida com uma nuvem gigante.

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