Dias Tórridos. Part 42

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Em dias tórridos o sol já não é atraente,

É prejudicial e não há nada de chamativo. Envolvente.

Tenho sede, mas não têm água.

Tenho fome, mas tudo meu paladar desagrada.

Em dias tórridos o sol me esmorece,

Não resta uma alegria,

E nem uma misera prece.

Antes fosse só o sol a queimar essa carne. Pele.

Mas, há dentro do peito um aperto. Um ardor.

Uma faca que rasga e dilacera a minha alma.

Meu espírito não se intimida,

Revoltoso, teimoso insiste na fé invisível,

No arco-íris ilusório, raro e seletivo...

E surge uma chuva de esperanças,

Com o amor mostrando suas facetas

 E como amar é um verbo que em toda oração é bem vindo.

Fragmentos de Uma Alma Apopletica.Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz