É estranho como sinto que já não me conheces,
Me abraçar ou acariciar agora já não te satisfaz ou engrandece.
E há temores. Desventuras. Inseguranças que prefiro calar.
E me dói que tentes resgatar algo que nos unia,
Que já não está,
Você não deveria desafiar leis universais e irrefutáveis;
Não quando se abdicou do dever de cuidar,
Hoje te brindo a realidade.
Tu gostas de mim, mas eu te amo;
Tua presença já não me alegra,
Me destroça. Me mata.
Me faz sentir que sou apenas "uma metade".
Chega de tentar e não conseguir te ganhar;
Tudo se perdeu e temos que aceitar,
Te deixo livre pra em outros braços repousar.
Sem rancores, ódio ou dissabores;
Sei que não me queres machucar.
Mas já não há borboletas, nem arco íris pra vislumbrar.
Nem tuas mãos procurando me encontrar,
Vá. Não insista em me resgatar!
Dói mais te ter aqui comigo,
E ainda assim você não estar.
E não conseguir com o meu corpo te aquecer do frio,
É um martírio que tem que acabar.
Tu me queres, mas eu te amo;
E bem sabes que isso não vai funcionar.
Façamos então um pacto para nos libertar,
Que o amor seja o caminho e nunca uma forma de nos aprisionar.

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Fragmentos de Uma Alma Apopletica.
PoetryAqui deixarei pequenas partes da minha alma e expressarei emoções.