Capítulo 8

285 19 5
                                    

Pope

Enquanto nos dirigirmos a peixaria o nervosismo aumentava. Não fazia ideia de como meus pais iriam me receber. Assim que a Kombi estacionou a alguns metros, saí seguido por Cleó já que sua casa era próxima a peixaria e provavelmente seus pais estariam lá junto aos meus. A morena segurou minha mão, o que aliviou o nervoso em partes.
Assim que o pequeno sino tocou alertando que alguém havia entrado na porta, senti os olhos dos meus pais direcionados a mim. Minha mãe parecia em completa surpresa e meu pai não esboçava reação alguma.

- É... Oi? - eu quebrei o silêncio

-Filho! - minha mãe parecia finalmente ter caído na real. A mesma correu até mim me abraçando e distribuindo beijos por meu rosto - que saudade estávamos de você!

Meu pai encarava a cena ainda chocado, mas assim que eu abri um pouco os braços o mesmo se direcionou até mim e me abraçou

- Eu senti sua falta. - meu pai disse enquanto me apertava

- Desculpa. Muita coisa aconteceu.

- Você está bronzeado. Por onde andou? - minha mãe pontuou enquanto me encarava

- Eu não tenho muito tempo aqui. Vim dar um oi e dizer que eu amo vocês mais que tudo.

- Pope, eu senti muita raiva de você quando você sumiu. Praguejei você por meses, até finalmente entender que eu criei você pra isso. Te criamos pro mundo filho, exigir você aqui conosco sempre seria um erro, seria egoísmo. Onde quer que você esteja, saiba que nós te amamos e te apoiamos e que nos orgulhamos demais de você. Você é a nossa estrela e sempre vamos te esperar de braços abertos. Seja feliz meu filho - meu pai disse e nesse momento eu já não conseguia controlar as lágrimas

Cleó já estava chorando no colo de sua mãe que a abraçava com força. Todos nós precisávamos disso, de um colo de mãe pra provar que por mais adultos que sejamos um carinho nunca é demais.

Aproveitei o pouco de tempo que tinha pra ouvir meus pais contando como usaram o dinheiro pra reformar toda a peixaria, e que agora estavam exportando pra fora de Outer Banks. Os pais da Cleó montaram uma loja de pranchas e estavam bombando.

Ouvimos o sino tocar novamente e a Mariana aparece na porta com uma cara de sem graça

- Oi, desculpa, eu posso usar o banheiro? - Mari disse

- Claro que sim, a segunda porta a direita - minha mãe respondeu

Percebemos que já estava na hora de partir, nos despedimos com um abraço forte e a promessa que eu mandaria notícias.

Ao voltarmos pra van Mari me parou no caminho.

-Desculpa interromper. Eu realmente estava quase fazendo xixi no mato

- Relaxa Mari! - bati na mão da mesma que parecia receosa por achar que havia incomodado.

Enquanto John B dirigia ao píer, Kiara pegou um ukulele e começou a tocar algumas músicas que nos deixava feliz.

Damned Souls - Jiara (LIVRO 2) Where stories live. Discover now