Capítulo 11 - Aberração...?

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Catra, com seus treze anos de idade, estava feliz da vida que sua mãe tinha deixado sua melhor amiga ir na sua casa. Catra tinha preparado a tarde perfeita: jogos, guloseimas, filmes de terror... Ela queria impressionar sua melhor amiga.

Por algum motivo, que ela não sabia qual, ela sempre queria impressiona-la.

- Não, Diully! A bala de beijinhos é minha! - Catra falou, tomando o pacote de balas da mão de sua melhor amiga Diully.

- Ah, Catra...  Me dá só uma, por favor... - Diully fazia aquela carinha que ela sabia que Catra não resistiria e acabaria dividindo sua bala favorita com ela.

- Humm... Não sei... - Catra disse olhando para o teto.

- Por favor, por favor, por favor! - Diully pedia cutucando sem parar o braço de Catra com a ponta do indicador.

- Tá! Mas só uma. - Diully fez beiço - No máximo quatro!

Diully sorriu. Automaticamente fazendo Catra sorrir também.

- Obrigada, Catra. - Diully agradeceu quando Catra entregou as quatro balinhas na sua mão.

A tarde foi correndo enquanto elas jogavam, olhavam filmes, séries e comiam doces e salgados.

Diully estava amando aquilo, e Catra não estava diferente.

- Aaah! - Diully deu um grito quando se assustou com o palhaço macabro que apareceu na tela da TV. Diully tinha medo de palhaços, mas aceitou quando Catra sugeriu um filme desse tipo porque ela tinha dito que Diully poderia abraça-la se estivesse com medo.

- Ah não, Catra, não gostei! Vamos assistir outro filme. - Diully reclamava agarrada ao braço de Catra.

- Nãooo, eu tô gostando desse. - Catra disse com um sorrisinho no rosto.

- Hum, você tá se divertindo com a minha cara, certo? - Diully falou, com as sobrancelhas erguidas.

- Eu? Claro que não, Diully...

- Aham, sei...

Elas já tinham até esquecido do filme, que agora passava uma cena que se Diully visse ficaria sem dormir com semanas, mas ela estava ocupada demais vidrada naqueles lindos olhos héterocromáticos.

Diully sabia exatamente o que sentia pela amiga, e desejava mais do que tudo que ela sentisse o mesmo quando num impulso prensou seus lábios com os de Catra.

Catra estava parada, não correspondia o beijo, mas também não se afastava. Ela não queria se afastar, mas também não sabia o que fazer.

Ela queria isso, a muito tempo ela queria isso, então, de uma vez, ela pôs as duas mãos nas bochechas de Diully, fazendo um leve carinho com os polegares.

Elas continuaram com os lábios colados, até que o ar faltou e tiveram que se separar.

- V-você gostou? - Diully gaguejou - Foi meu primeiro beijo então...

- Eu gostei! - Catra interrompeu Diully, com um enorme sorriso no rosto. O que ela sentia por Diully, Diully sentia por ela também? - E... Também foi meu primeiro beijo...

Diully sorriu.

- Posso beijar você denovo? - Diully sussurrou.

- Pode. Quantas vezes quiser. - Catra sussurou de volta, ainda com o sorriso no rosto.

Diully tomou os lábios de Catra novamente, mas pularam da cama quando ouviram a porta do quarto se abrir.

- O que. É. Isso. Catrina? - uma voz rouca e medonha perguntou. Diully estava assustada, ela não fazia ideia de quem era aquela mulher velha, e, talvez, um pouco assustadora, mas Catra sabia muito bem quem era.

Gorgeous • CatradoraWhere stories live. Discover now