Meu Destino É Você - Sterella

138° Capítulo

STÉFANI

Fazia mais de meia hora que eu estava ali, naquele quarto sem notícias, todos estavam nervosos, para não dizer desesperados.

Além da Carlinha, Gabriel e Márcia, estavam agora Bragança, minha mãe, Lucas, Vitória e Murillo.

Stéfani: Foi horrível vê-la fechar os olhos aos poucos, ela nem viu as crianças.

Carla: Para de falar assim, parece que já se despediu dela.

Márcia: E essa falta de notícias. - A porta se abre e Maurício saiu dela.

Márcia: Como está minha filha e os bebês?

Mau: Os bebes nasceram saudáveis, são lindos, a mãe deve ter falado, estão na incubadora, todos sabiam que seria assim, são prematuros ainda, vão ficar alguns dias incubados, mas podem ir vê-los no berçário.

Stéfani: E a Mirella? Como minha esposa está?

Maurício nada fala, o que deixa todos mais nervosos ainda, eu vou para cima de Maurício sendo segurada por Carlinha e Bragança.

Stéfani: Você não quer falar nada por que minha mulher morreu, é isso?

Mau: Vou dar todas as informações. Ela nesse momento está na UTI.

Todos se desesperaram, Márcia se abraça ao filho em prantos, todos ali se desesperaram.

Stéfani: Como você deixou isso acontecer? - Grito.

Mau: Infelizmente não está em minhas mãos ou em qualquer outro médico Stéfani, o coração dela parou alguns segundos, conseguimos fazê-la voltar sim, mas preferimos mantê-la numa UTI pelo menos nas primeiras 12 horas, entendam tudo que está sendo feito é para o bem dela.

Márcia: Minha filha corre o risco de morrer Maurício?

Mau: Não vou mentir, ela está sujeita a diversas situações, por isso que a colocamos numa semi intensiva, vamos ficar monitorando tudo o que acontece, tem uma enfermeira lá com ela, estarei atento também, por favor, não desanimem, confiem, primeiramente em Deus e depois em mim, vou devolvê-la bem e saudável. – Saindo em seguida.

Todos estavam atônitos com a noticia, Márcia se agarrou ao filho e chorou, nunca imaginou que sua filha fosse passar por essa situação, Carla se agarra na Bragança, eu andava de um lado para o outro, teriamos que ter força, por ela, pelos bebês e pelas crianças que estavam em casa.

Stéfani: Meus filhos são tão lindos, pequenininhos mas lindos, ela sorriu ao ouvir o choro dele, depois o dela, aos poucos o riso dela foi se desfazendo, então, o olho fechou e eu não vi mais nada, me tiraram de lá. - Eu falo entre o choro.

Gabriel: Calma Sté, tudo vai ficar bem

Stéfani: Aqueles sonhos dela, achávamos que eram bobagens, mas era um aviso.

Carla: Era para eu ter avisado a ela que a cozinha estava sendo lavada.

Lucas: Carlinha não se culpe, se não acontecesse hoje, aconteceria na segunda, ninguém sabe como seria.

Uma enfermeira entra

Enf: As crianças estão na incubadora, porém da para vê-los através do vidro no berçário.

Stéfani: Obrigada.

Seguirmos para o local indicado, ao chegar lá ficamos encantados com os bebês, apesar de pequenininhos já eram lindos.

Stéfani: Falta a mãe de vocês aqui, mas logo ela volta e vai amar muito vocês meus filhos.

Ficamos ali cerca de cinco minutos e seguimos para o quarto, já se passava das 20 horas quando Maurício vai até o quarto.

Stéfani: Aconteceu algo?

Mau: Quero que me acompanhe, se possível.

Todos se olham, não falam nada, eu que estava sentada em um sofá que tinha ali o sigo, ao sair do quarto seguimos para sala de preparação.

Stéfani: Pra onde está me levando?

Mau: Não faça perguntas sim?! Vista a roupa e me siga.

Eu não perguntei mais nada, vestir a roupa e depois de prontos saímos, paramos em frente a uma sala.

Mau: Não a deixe nervosa.

Stéfani: Vou vê-la?

Mau: Sim, ela está meio que sedada porém acordada, então...

Stéfani: Pensei que ela estivesse em coma.

Mau: Claro que não, está aqui por precaução, claro tive que sedá-la, ela estava agitada depois que acordou, então por favor, não a deixe nervosa, vou ficar com vocês.

Entrarmos na semi intensiva, eu a avistei ali, naquela cama, com vários parelhos em volta dela, uma enfermeira a acompanhava, por coincidência a mesma que estava com eles na sala de parto.

Stéfani: A senhora.

Enf: Sim, estarei a acompanhando.

Ao ouvir a minha voz, ela vira o rosto, abre o olho lentamente, eu sorrir e choro de emoção, pego em sua mão.

Stéfani: Meu amor, estar tudo bem... – Ela tentou falar algo – Não fale, estou aqui, sua mãe e todos estão lá no seu quarto te esperando, os bebês estão bem minha vida... – Ela abriu um sorrisinho torto – O que queremos agora é que você fique bem logo, para curtirmos todos juntos nossa família linda.

Mau: Stéfani vamos, amanhã você volta, quero trazer a senhora Márcia para vê-la também.

Stéfani: Ok. Amanhã volto para te ver minha vida. – Eu olho para senhora – Enfermeira, será a senhora que ficará com ela durante a noite? – Ela diz q sim com a cabeça – Cuide bem dela, deixarei aqui uma parte do meu coração com você.

Enf: Pode deixar, cuidarei sim.

Eu mais uma vez olho para minha esposa e saio, depois de me livrar do que vestia seguir de volta para o quarto encontrando todos ali, Maurício chama a Márcia e saem, chegando minutos depois, ela ficou com a filha menos de cinco minutos.

MÁRCIA

Voltei para o quarto, onde todos estavam mais esperançosos.

Carla: Como ela está dona Márcia?

Márcia: Ela estava muito sonolenta, mas a Stéfani não falou para você? ela ficou mais tempo com ela, falar nela, não a vejo...

Gabriel: Está babando as crias. – Rindo

Mau: Vou me retirar, qualquer novidade eu aviso a vocês.

Márcia: Não deixe de nos avisar.

Stéfani entra no quarto, o olhar já não era perdido, havia um pequeno sorriso em sua face, me abraçou e sorriu.

Stéfani: Ela vai ficar bem.

Márcia: Vai sim.

Stéfani: Agora, podem ir descansar, e a senhora sogra, pode ir para senhora descansar e também tem as crianças.

Márcia: Sim, preciso descansar, mas amanhã de manhã estarei aqui.

Murillo: Eu levo a senhora, amanhã também estarei aqui, só você ficará Stéfani?

Carla: Eu fico também, mas Stéfani você não trouxe nada.

Stéfani: Então vou rápido em casa pego alguma coisa e volto, aproveito e tomo um banho rápido, levo a senhora.

Se despedimos e saímos, Gabriel estava no carro de Stéfani, então ele nos levou antes de seguir viagem para casa.