CAPÍTULO 3

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Porsche se movia lentamente contra o meu corpo ao que se empurrava para dentro de Pete.
Podia sentir meu corpo quente enquanto depositava beijos por seu pescoço enquanto minha própria respiração pesava, a mão quente de Pete tocava minha coxa a apertando, gemidos finos deixavam seus lábios e não precisava estar sóbrio para saber que era eu quem ele queria dentro de seu corpo; 

Acordo em um pulo ao ouvir meu celular tocar acabando por me desequilibrar e cair do sofá em cima de algo quente, me levanto rapidamente ao sentir o algo se mexe. Pete.

— O que está fazendo aqui? — pergunto ao pegar o aparelho meu coração para por um segundo ao ver o nome de Tay brilhar na tela, antes que Pete pudesse responder, uso uma das mãos para tampar sua boca — Oi, Tay. Tudo bem?

Pergunto meio nervoso, meu coração batia rápido contra o peito e minhas mãos estavam trêmulas. Ele sabia. Não, não podia saber. Como ele saberia?

— Por que está ligando tão cedo?

—Sim... — ele responde, parecia calmo. Não estaria calmo se soubesse, pelo contrário, provavelmente já teria colocado fogo nas minhas roupas — ...e na verdade já são quase duas da tarde, por que parece cansado? Estava correndo?

Antes que eu pudesse pensar em uma mentira para responde-lo Pete lambe minha mão para que eu a afastasse de sua boca, com uma careta, me afasto do mesmo voltando a me sentar no sofá:

— Não, e-eu estava no banho — respondo, era o melhor que havia conseguido pensar.

— Ah... Me liga da próxima vez — ele murmura, o tom de voz se tornando manhoso exatamante como fazia quando ele queria alguma coisa ou quando transávamos — Estou com tanta saudade.

— Tá bom... eu também — digo num sussurro ao que meus olhos se voltam a imagem de Pete que agora estava novamente deitado no chão. Sua bochecha estava amassada contra o travesseiro e os olhos serenos fixos a mim. Seus lábios vermelhos entreabertos me trazem mais alguns flashes da noite passada, especificamente, de quando aqueles mesmos lábios vermelhos beijaram os meus. De como (mesmo após tanto tempo) ainda pareciam apaixonados — Voce pode usar meus desenhos se ainda precisar.

— Mesmo? — Tay pergunta animado, tinha certeza que agora ele estava em pé em cima da cama como sempre fazia quando estava feliz.

— É, eu não ia usar mesmo. Fique a vontade.

— Okay, obrigada. Te amo — ele diz meio feliz e desliga a chamada antes que eu consiga responder o que me causa certo alivio. Eu sentia algo por Tay mas não sabia se era exatamente amor.

Dar os desenhos a Tay eram como uma forma silenciosa e indireta de me desculpar pelo feito. Não havia como desfazer aquilo e, sendo honesto, eu não desfaria mesmo se fosse possivel. Estava sim me sentindo culpado mas não arrependido, se é que isso faz algum sentido.
Um suspiro pesado escapa por dentre meus lábios e então me deito encarando o lustre apagado pendurado ao teto. 

— Por que está aqui?

— Estava sem energia ontem a noite, depois que o Porsche foi embora você desceu e me deixou sozinho — Pete responde baixo, parecia envergonhado — Sabe que eu não sou um grande fã do escuro.

Um sorriso leve escapa e então assinto. Pete sempre teve medo de escuro, sempre que íamos dormir juntos ele fingia esquecer a luz do abajur acesa o que era meio horrível já que eu era o total oposto e não conseguia dormir com claridade, por sorte, o pescoço quentinho e cheiroso do garoto tinha o escuro necessário então sempre afundava o rosto ali para ter uma boa noite de sono. 

— Sabe... Podemos só fingir que nada daquilo aconteceu — Pete sugere em um tom baixo — A gente estava bebado e eu nem me lembro de nada mesmo. Foi só a bebida.

DEAR EX-HUSBAND || VEGASPETE (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now