Capítulo 21- Você vai embora hoje, né?

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Sofia: - Você já pode parar de fingir. Estamos só eu e você, aqui. - fala a fuzilando com o olhar.

Natalie: - Do que você está falando? - pergunta sem entender. - O que você acha que é fingimento?

Sofia: - TUDO! Você está aqui por causa que o salário é muito bom. E não para cuidar de mim. E pelo visto, você é uma morta de fome, que também quer comer de graça, e ainda comida boa. - fala a olhando de cima a baixo.

Natalie: - Olha, eu não irei permitir que me ofenda. - a olha, triste. - Estou aqui pelo emprego, pelo salário sim. Mas não estou fingindo nada. Vou ganhar para cuidar de você e é isso que irei fazer. Queira você ou não. Só saio daqui, quando a sua mãe não quiser mais meus serviços. Quando você, não precisar mais de mim.

Sofia: - Eu já não preciso de você. Já sou grandinha. Sei tomar banho, fazer minhas tarefas e comer sozinha. - fala com expressão de raiva.

Natalie: - Que bom, que você sabe fazer tudo isso. Mas você ainda tem muito, o que aprender. Vai ser uma missão difícil. Mas não será impossível. Agora vai tomar banho. Por favor! Vou separar a sua roupa.

Sofia: - E você acha mesmo que eu irei vestir a roupa que você separar? - pergunta com desdém.

Natalie: - Acho não. Tenho certeza. - fala com firmeza.

Sofia: - Okay... se você está dizendo... - Debocha.

[...]...

Natalie...

Expectativas são sempre ruins. Vocês concordam? A gente cria expectativas em TUDO. Agora me digam: TUDO, sai como realmente queremos? Não, né? Pois é... Quando fui para a entrevista, pensei em passar, Começar a trabalhar, ganhar meu salário, ajudar a minha família. Pensei que eu iria cuidar de uma criança fofa, de 8 anos. Que eu logo conquistaria a amizade dela e eu seria como uma tia, para ela. Pensei que eu jamais teria um contato tão próximo com a Patroa, por ela ser uma Juíza e tals... E vejam só como as coisas estão acontecendo: passei na entrevista, comecei a trabalhar, ganhar meu dinheiro, estou conseguindo ajudar a minha família. Mas a menina era o contrário de fofa. Por um momento, achei que eu não daria conta de tanta frieza, rebeldia. Já a Patroa, não demonstrava muito afeto por pessoas. Mas hoje, sinto que as coisas estão mudando, nesta família. A pessoa que eu pensei não conseguir ficar próxima, talvez, sinta algo por mim. A menina, eu soube que ela me vê como uma mãe. (Segundo a mãe dela me falou). Ela está chateada comigo, por achar que eu irei abandoná-la, caso eu comece a namorar com alguém. E como ela me viu conversando com uma pessoa aqui no hotel, ela já pensa que vamos namorar. Crianças... falando nela... acho que são elas, na porta.

Natalie: - Oi, Bom dia! - fala num clima estranho, olhando para a Pri. - Bom dia, Sofia! - a olha.

Sofia: - Bom dia! - responde seca.

Felipe: - Bom dia, dona Priscila! Bom dia, Sofia! - as cumprimentam.

Sofia: - Bom dia, Felipe!

Priscila: - Bom dia! Dormiu bem?

Felipe: - Dormi muito bem. - sorrir.

Priscila: - Fico feliz, em saber. Está pronto, para o nosso passeio? - pergunta carinhosa, impressionando a Natalie.

Felipe: - Estou. A gente vai agora?

Priscila: - Vamos sim... Já estão prontos, né? - Olha para a Natalie.

Natalie: - Estamos sim. Vamos. - pega a bolsa.

Então elas vão até o estacionamento, entram no carro e vão em direção ao Cristo redentor. Assim que chegam, veem várias pessoas, tirando foto.

A JUÍZA E A BABÁ Where stories live. Discover now