Capítulo 14 - Namorando

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Seis meses depois...

Camila Cabello  |  Point of View



Eu estava na sala de Alex, Jo e ele estavam me dando mil ordens, hoje eu retornaria a meu apartamento, consequentemente ou obviamente, a minha vida normal.

A casa de férias está mais que florida, frutífera e pena que não tive tempo de lidar com as terras dali, pois ajudei Normani com todo o trabalho da firma.

Após ignorar os pedidos de Lauren de deixar para lá, falei com Alex e ele conseguiu atestados e com a explicação de DJ, conseguimos o emprego de Lauren novamente. Inclusive, ela não está comigo por estar nele agora.

— Preparada? – Jo perguntou sorrindo.

— Estou esperando isso faz tempo.

— Está avisada, Mila. Jo e eu não pegaremos seu caso se retornar aqui. Te deixamos mais de seis meses para reforçarmos sua melhora.

— Eu me sinto bem. Agora me dêem um abraço de amigos e pretendo não enxergar esses rostinhos lindos tão cedo. – Eles sorriram e eu abracei cada um, apertado e demorado.

Ele me entregou uma chave e eu olhei confusa para ele.

— Seu pai comprou uma picape para você. – Ele piscou pra mim. — E é muito melhor que a outra. – E Jo me entregou uma caixinha.

— E um celular. Estão nossos contatos e os contatos que seu pai julgou importante. Bem vinda a vida real. Contas, trabalho e namorada ciumenta. – Ela disse e gargalhei, acompanhada de Alex.

— A Lo está bem agora.

— Sabemos disso. – Ela sorriu, Lauren precisou de umas consultas para amenizar as emoções dela, não sei se ela melhorou ou fingiu melhorar.

Outro abraço e logo eu estava caminhando para o estacionamento, procurando o número de Lauren naquele amontoado de nomes. Desliguei o alarme e uma nave piscou as luzes, meu pai caprichou mesmo. Disquei o número de Lauren e depois de dois toques ela atendeu.

— Amor da minha vida...

— Oi amor... já tem meu número?

— Quem você acha que comprou essa modernidade toda para você? O Alê?

— Ok... então, vou arrumar minhas coisas lá na mansão e queria que você jantasse comigo hoje.

— Me deixa ver... jantar com minha latina sexy em um restaurante chique... provavelmente ela me levará flores...
lógico que aceito. Me pega às oito.

— Ok gostosa. Até a noite.

— Até, pequena.

— Encerrei a chamada e entrei na picape, era tão legal dirigir de novo, eu preferi ser avaliada sozinha, então Jo foi me buscar.

Vida normal... ou quase... estamos de volta.

Terminei de organizar meu apartamento com ajuda de meus pais, perto das seis. Eles estavam mega felizes e já planejando algum jantar na casa deles para comemorar. Avisei que sairia com Lauren e a felicidade aumentou.

Organizei tudo para receber a Lauren após o jantar e liguei para Mani, pedindo ajuda.

Arrumei-me e logo estava no shopping, escolhendo as flores e algo especial.

As oito em ponto estava na frente da porta do apartamento de Lauren, toquei a campainha e ela abriu a porta, gloriosa, linda, uma dádiva na terra.

— Para que campainha?

— Queria que fosse especial... um encontro real mesmo. – Entreguei as flores para ela.

— São lindas, Camz. Vou colocá-las na água e já volto. – Assenti. Não entrei, fiquei arrumando meu vestido e secando as mãos nele sempre que possível.

×××

No restaurante, Lauren contava do dia dela e eu sorria abobada. Após os pedidos chegarem, fui até o lado dela e ela levantou.

— O que houve? – Ela disse e eu sorri pra ela.

— Sente-se, amor. Eu só preciso fazer uma coisa.

— Hum... o que seria? – Ela perguntou sentando e deslizando o pé por minha perna.

— Eu queria tornar nosso namoro oficial. Já te dei o tempo de fugir, mas como não o fez, preciso colocar uma aliança no teu dedo e te apresentar como namorada. Você aceita? – Ela sorriu.

— Podia demorar mais vinte anos e eu não fugiria. Não há motivos para fugir, ficar com você é maravilhoso.

— Eu estava brincando, Lolouca. Eu não pedi antes, pois mesmo que estivesse na casa, não era isso, sabe? – Falei apontando. — Não era real a meu ver. Tão monótono.

— Eu entendo, pequena. Tudo ao nosso tempo e está perfeito. – Ela estendeu a mão para mim. — Claro que aceito. – Deslizei a aliança pelo dedo dela, com dificuldade por conta do tremor. Depois beijei a aliança em seu dedo.

— Eu espero te fazer feliz, Lolouca.

— Espero te fazer feliz também, Camz. – Ela olhou para o lado. — Dois cafés e um bem forte. – O garçom assentiu.

Mandei uma mensagem para Mani, pedi para ela terminar a arrumação no meu apartamento, pois queria surpreender Lo.

Ficamos um tempo ali e depois caminhamos no parque em frente ao restaurante. Paramos perto de um poste e me escorei no mesmo. Estávamos rindo, conversando sobre tudo... era tão perfeito. A puxei para perto e a abracei forte.

— Isso é um sonho? – Perguntei beijando o pescoço dela.

— Se for... estou sonhando junto e não quero acordar. – Eu sorri e mordi ali de leve, depois chupei de leve e ela apertou meus braços.

— Amanhã começo no trabalho.

— Está bem para isso?

— Estou. Vai ser bom... já que minha namorada trabalha, preciso me ocupar com algo pra distrair, sabe?

— Sei...

— Você está bem?

— Sim. Só quero que lembre, antes de qualquer coisa, somos melhores amigas e se você precisar de alguma coisa, sentir alguma coisa, vontade, não importa a hora, você precisa me ligar, me chamar, ok?

— Claro, amor. Fique tranquila.

Repousei minha mão na cintura dela e a outra levei ao seu rosto, acariciando a bochecha dela com o polegar. Dei um selinho nela, outro, outro e outro. Ela sorriu e abraçou meu pescoço. Ela prendeu meu lábio entre os dentes e eu gemi. Aproveitei seu ato e aprofundei o beijo, quando nossas línguas se encontraram, suspiramos juntas, adentrei os cabelos dela com meus dedos e fiz uma pressão entre os fios. Ela apertou minha nuca com seu abraço e logo desfez o mesmo, arranhando a mesma.

Não demorou muito para o calor começar a consumir meu corpo, deslizei minha mão por sua barriga exposta e arranhei sua pele também quente. Nos separamos, recuperei minha respiração, me esforcei para não usar a bombinha e ela desceu os beijos por meu maxilar e arrastou os dentes por meu pescoço. Eu estava muito excitada e completamente arrepiada. Ela começou a distribuir leves chupões por meu pescoço e clavícula. Eu estava completamente aérea e apertava meus olhos com força.

Mas eu estava consciente, eramos um casal normal, namorando no parque e isso me fazia sentir muito mais... viva.

NÃO ESQUEÇAM!

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Caindo na RealWhere stories live. Discover now