CAPÍTULO 38 - DIA 30

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POV CHAY

          To receoso. Eu não esperava que fosse assim. Concordei com Mel porque não tive como discordar. Um mês, cara. Já pensei em enlouquecer e cancelar tudo o que eu tinha de compromisso esse mês só pra conseguir ir com ela nessa viajem, mas eu não podia. Mel, no minimo, me acharia um tremendo emocionado e eu seria um tremendo de irresponsável. E isso não era nem de longe o que eu queria.
        Dormimos juntos aquela noite e logo pela manhã a levo pro seu flat, como combinado.

— Pronto, a dama ta entregue. – beijo sua mão, ainda no carro.

— Obrigada, meu motorista. – sorri pra mim.

— Será que eu posso te dar um beijo? – pergunto desconfiado.

— Você ainda pergunta? – sorri.

        Minha boca vai de encontro a sua, e tudo o que penso é em como vou conseguir ficar sem ela.

POV MEL

         Comecei a me odiar por ter que deixar um homem desse longe de mim. Não acho que Chay aceitou isso 100%, mas como um bom entendedor, ele apenas concordou. Suspiro antes de me jogar no sofá e quando vejo a tela do meu celular me dou de cara com a data: dia 25 de junho, 5 dias pro aniversário do bonito. Minha cabeça da um nó, e simplesmente não sei como desejar parabéns pra ele. Embarco pra minha viagem só no dia 2, tecnicamente eu tenho o dever de presentea-lo. Só não sei como ou com o que, ainda.

POV CHAY

        Me encontrei com Mel apenas em nossa última reunião, depois daquele dia. Amanhã é meu aniversário e apesar de estar feliz com a data, o desanimo tomou conta de mim. Daqui pra frente é sem reuniões e, sem ela.    
        A Capptive fez questão de produzir uma festa de encerramento pra nossa equipe e tentei entrar no clima de despedida. Eu e Mel passamos a noite curtindo juntos e não nos importamos tanto com isso, já que a maioria já sabia do nosso envolvimento. Queria aproveitar ao máximo a presença dela, e acho que ela também. Perto de dar meia-noite, Mel praticamente  e arrasta pro terraço do prédio, e como sempre, eu apenas a obedeço.

— Porque me trouxe aqui? – pergunta enquanto seguro sua mão.

— Queria fugir um pouquinho dessa gente toda. – diz colando seu corpo ao meu.

— Certeira, eu também queria. – sorrio, aquilo me parecia um ótimo motivo.

       Selo nossos lábios com desejo e por menos que seja nosso tempo ali em cima, valia a pena só por poder beija-la.

— Queria que o tempo parasse agora, nesse exato momento. – digo distribuindo beijinhos em sua bochecha.

— Mas não pode, não agora.

— Achei que você ia concordar comigo...

— Não, na verdade concordo. É que agora eu quero te levar lá embaixo denovo, vamos? – diz nervosa.

— O que você ta aprontando? – desconfio.

— Confia em mim?

— Confio. Mas você ta estranha.

— Anda, vem. – diz me dando um selinho e me muxando pelas mãos.

       Quando chegamos em nosso andar, estava tudo escuro. Não pude olhar a expressão de Mel, mas depois de alguns segundos a luz acendeu e um coral de "supresa" soou, aparecendo junto a todos. Sorrio feito criança depois da minha boca ter formado um enorme "O" sem acreditar. No centro da sala havia um bolo redondo bem decorado escrito "Parabéns Chay" e vários doces em volta.

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