61 - Como eu poderia te esquecer

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OS QUATRO JUNTARAM as cabeças em volta do celular à espera da resposta que nunca veio. As letrinhas 'digitando...', 'digitando...', 'digitando...', permaneceram piscando, mas nenhuma resposta foi enviada.

-O que isso quer dizer? Matt, - Ella agarrou a blusa dele, desesperada. - você é homem. O que isso quer dizer?

-Ahn, - ele trocou olhares com suas namoradas. - quando um cara recebe uma foto safada e não responde... não é bom sinal. Desculpa, gata.

Ella se afundou na cadeira soltando um gemido. A foto mostrava sua linda e recente tatuagem "you & me" logo abaixo de seu seio esquerdo. E a bendita imagem pegava um bom pedaço da parte inferior de seu peito.


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Um convite aberto. Um convite que foi recusado categoricamente por seu ex-noivo. Mostrando que ele realmente tinha posto um ponto final bem grande na história deles.

-Ok, crianças. - disse Eddie voltando para a sala, colocando novas luvas esterilizadas. Seu sorriso enorme enfeitava seu rosto redondo. - Quem vai fazer primeiro a próxima tattoo?

A morena tomou a garrafa de tequila das mãos de Matt e deu um grande gole, enquanto sua mão trêmula foi para o alto. Mostrando que ela seria a primeira a tatuar uma das frases melosas que Lydia escreveu para que Eddie fizesse o rascunho.

Naquela noite, além do orgulho ferido, Ella saiu com duas novas tatuagens. A estúpida e vergonhosa: "you & me". E a nem tão estúpida assim: "no matter what".

Lydia e Maddie tatuaram em seus antebraços esquerdos, respectivamente: "no matter where" e "no matter how". E Matt - depois de xingar muito e chorar um pouco - finalizou com: "no matter when".

E Chloe depois que tivesse o bebê, tatuaria: "friends forever".

Ella não quis pensar muito sobre a parte de Chloe. Mas a tatuagem toda era muito fofa e fodidamente sentimental. Do jeito que ela estava.

Que se fodesse o resto. Tinha seus amigos e era isso que importava. Tinha até um lembrete eterno deles em seu corpo.

A morena se abraçou tentando afastar o vento gelado, enquanto caminhava de volta para casa. Recusou a oferta de dividir o táxi com os amigos. Queria pensar - ou melhor, chorar sozinha - sobre o porquê de Henry não ter respondido sua mensagem.

O ar gélido aliviou o embrulho em seu estômago e a leve dor de cabeça que começava a sentir. Cambaleou vez e outra até chegar em casa.

Secou as lágrimas bem a tempo de ver sua vizinha Ava dar pulinhos em frente ao portão de sua casa. Bem, casa do Henry.

A loira estava tentando, sem sucesso, olhar para dentro do quintal.

-Perdeu alguma coisa na minha casa, Ava? - rosnou dando um baita susto na mulher.

VOCÊ E EU (HENRY CAVILL)Where stories live. Discover now