"𝓓𝓾𝓪𝓼 𝓹𝓮𝓬̧𝓪𝓼 𝓹𝓮𝓻𝓯𝓮𝓲𝓽𝓪𝓼 𝓭𝓸 𝓺𝓾𝓮𝓫𝓻𝓪-𝓬𝓪𝓫𝓮𝓬̧𝓪!"

131 21 43
                                    

~~ Akemi ~~

— Está mais calma? — perguntou tia Kurenai, entregando-me uma xícara de chá.

— Estou sim, estou bem...

Respondi após beber um gole do líquido fumegante. Depois que ouvi tudo aquilo da minha mãe, eu não consegui ficar em casa, até porque não queria que meus pais me vissem, principalmente minha mãe; se eu pudesse, nunca mais a veria na vida. Novas lágrimas desceram por minha face, respirei fundo com um nó se formando em minha garganta e Kurenai puxou uma cadeira, sentando de frente para mim.

— Akemi, você não precisa me contar o que aconteceu. — Kurenai soltou o ar com preocupação. — Mas eu preciso ter certeza que você vai ficar bem...

— Eu vou ficar bem, tia. — Pus a xícara de chá sobre a mesa. — Eu só preciso dormir um pouco e depois conversar com meu pai. — Levantei-me.

— Não esqueça meu amor — minha tia se levantou, aproximando-se. — Você tem doze anos, eu sei que as coisas não são fáceis, mas deixa os adultos resolverem.

Desviei o olhar; eu sabia que ela queria o meu bem, entendia isso, mas dessa vez não dava para deixar os adultos resolverem. Eu estava envolvida e meu pai estava infeliz por querer o meu bem, não podia simplesmente ignorar isso. Só dessa vez, eu precisava me meter.

Recebi um abraço gostoso e apertado que aqueceu meu coração.

— Posso ficar aqui com você uns dias? — perguntei ainda no abraço. Não queria ver minha mãe nem tão cedo e precisava pensar em como conversar com meu pai.

— Claro, meu amor, o tempo que quiser, Mirai vai adorar — Titia me deu um beijo no topo da cabeça e subi.

~~ Kakashi ~~

"O dia de hoje não está sendo nada produtivo." Pensei, recostando-me na cadeira. Levantei as mãos ao rosto pela milésima vez, olhei o relógio em meu pulso e ainda eram 15 horas.

— Droga! — Peguei o celular e rolei a tela até o contato de Sakura, cogitando em lhe mandar uma mensagem e cancelando nosso jantar, afinal, não tinha mais nada para comemorar.

"Eu não havia conseguido meu sonhado divórcio e não poderia ser nada para ela, mas também não podia faltar com minha palavra. Eu disse para ela não assinar o contrato com o cara, não posso deixá-la na mão dessa maneira, falei que seria seu Daddy"

Larguei o telefone e afrouxei a gravata, em seguida me levantei caminhando até o bar, enchi um copo, com mais whisky do que deveria e já ia virá-lo de uma única vez quando fui interrompido.

— Você não vai fazer isso em pleno dia de trabalho, né? Logo você, o cara certinho e careta...

— Já chega, Obito! — cortei-o, não estava a fim de suas gracinhas hoje.

— Nem preciso perguntar para saber que tem dedo de Shizune nesse mau humor todo. O que ela aprontou dessa vez?

Obito se aproximou e tirou o copo da minha mão.

— Beber desse jeito não vai te ajudar não viu. — Ele tomou meu whisky e bufei com tédio, mas tinha que concordar, então pus gelo em outro copo e coloquei só uma dose ao invés de encher o copo.

— O problema não é ela. — Sentei-me na poltrona ao lado do sofá, onde meu amigo estava.

Obito fez uma cara de quem não acreditava em nada do que eu dizia.

— Bom, é ela, mas não é isso que me preocupa. — Recostei-me na poltrona e bebi um gole do whisky. — O Uchiha me olhou com uma sobrancelha erguida. — Fiz uma promessa à Sakura que não posso cumprir, bem, não foi exatamente uma promessa, mas... — Pousei o copo sobre a mesinha e cocei a barba, que estava começando a crescer.

A sugar Baby (Concluída)Where stories live. Discover now