Cap. 18

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pov; sn

– Rafe! Você não pode dormir aqui.

– Só hoje, Sn. Por favor. Você ta ligada, não ta? Que eu e Sarah não estamos muito... Muito unidos...? – Ele disse tentando achar uma palavra que não me fizesse dar uma bronca nele.

– Ela é sua irmã, Rafe. Eu não... Eu não posso acreditar que você tenha a machucado!

– S/n... eu não ligo. Eu não to nem ai que ela seja minha irmã. Você acha que ela não me trocaria por qualquer um desses pogues? Eu to pouco me fodendo para ela, S/n. - Rafe disse chegando perto de mim, perto demais.

– Rafe...

– Olha, S/n. Eu to cansado. Cansado de ter que ouvir essas merdinhas de vocês. "Ai Rafe, ela é sua irmã e nhenhenhe" "Ai Rafe isso" Ai Rafe aquilo" – Ele dizia bravo imitando uma voz que me fez ter que me concentrar para não soltar uma risada.

– Ah, é? E quem além de mim já te disse isso?

– Meu... Meu pai.

– Então talvez seja porque você não está nos dando ouvidos. – Disse indo até o banheiro. – E acho bom você dar um jeito de ir até sua casa.

Tomei um banho e quando sai encontrei Rafe dormindo em minha cama. Que merda. Mexi um pouco no meu celular, no fundo eu só queria adiar a hora de me deitar.

Arrumei a coberta sobre nós e deitei o mais longe possível dele, o que foi inútil, já que alguns minutos depois ele começou a se mexer e então se agarrou em minha cintura. Ele colocou sua cabeça em meu pescoço e senti uma respirada profunda e então, o peso de seu corpo caiu sobre mim.

Tentei me soltar, mas seus braços estavam envolvidos em minha cintura de maneira que era praticamente impossível e então apenas desisti.
Eu passei metade da noite em claro com os olhos abertos. Não era fácil dormir  sabendo que estava de conchinha com Rafe Cameron.

Acordei com minha tia batendo na porta, avisando que o café da manhã estava pronto. Fui me sentar na cama, ainda sonolenta mas me toquei que estava "imobilizada". Ao lembrar que Rafe estava aqui despertei automaticamente. Minha tia iria me matar.

– Rafe. Rafe. – Eu cochichava para ele sem que desse chance de minha tia ouvir, mas não adiantava.

Então comecei a balançar meu corpo, já que não conseguia o cutucar com minhas mãos. Rafe deu uma respirada longa, o que me fez parar achando que ele estava acordando, mas logo percebi que não. Já que ele apenas soltou seu peso sobre mim novamente e apertou com (muita) força suas mãos em minhas coxas.

Pude ouvir uma pequena risadinha rouca, mas ele ainda estava de olhos fechados.

– S/n... – Ele falava rouco em meio de seu sorriso.

– Rafe...? Finalmente acordou! – Me virei a ele, já que estava acordado provavelmente já iria me soltar. O que na verdade não estava acontecendo. Ele estava sonhando...?! Rafe agarrou minha cintura e então estávamos a milímetros de distância. Minha pele arrepiou e meus olhos corriam pelo seu rosto, entre seus olhos e lábios. Droga, eu não consigo mandar nem na minha visão?

Consegui soltar minhas mãos e então o chacoalhei.

– Rafe!

Então ele abriu seus olhos e ainda estava com um sorriso nos lábios.

– Nossa, porque chegou tão perto? – Ele disse e soltou uma risadinha. A voz dele rouca e ainda de soninho era tão... Tão nada! Ai meu Deus...

– Eu cheguei? Você - A tenha santa paciência! Fica quieto, a minha tia ta ai e ela não pode te ver! – Disse dando ênfase ao não, algo que precisava ser deixado bem claro para Rafe.

Rafe Cameron-PossessiveOnde as histórias ganham vida. Descobre agora