❦ 𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝟏𝟓 (𝕻𝖊𝖓𝖚́𝖑𝖙𝖎𝖒𝖔)

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     MESMO COM O fim do beijo, ambos permaneceram na mesma posição, seus narizes se tocando por muito pouco

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     MESMO COM O fim do beijo, ambos permaneceram na mesma posição, seus narizes se tocando por muito pouco.

— Me transforma. — Emilly sussurrou.

— Não estrague tudo. — Caius rosnou baixo, sem fazer qualquer movimento ou menção de um.

— Então me transforma. — ela insistiu.

— Por que os humanos tem tendência a seguir caminhos arriscados?

— Porque o perigo as vezes é melhor?

     O rosto de Caius se endureceu e ele se afastou. Aquilo fez Emilly rodar os olhos e bufar alto, desejando que ele não tivesse feito aquilo, mas ao mesmo tempo reconhecendo o frio que se instaurou em si.

     Caius permaneceu longe por alguns momentos, pensando seriamente no que estava fazendo e o que isso implicava para ele.

— Não quer me transformar. — ela acusou.

— Não é tão simples como pensa, humana. — ele resmungou — Existem leis. Se eu te transformar, serei totalmente responsável por qualquer coisa que você fizer.

— Sou uma boa garota na maioria das vezes. — a ruiva sorriu.

     Ele rosnou novamente, não compreendendo como Emilly podia estar tão calma em seguir um caminho que poderia levá-la direto para os braços da morte.

     Por que?, ele pensou. Por que humanos são assim? Viu todos ao seu redor temerem a transformação. Sulpicia temeu, Chelsea ficou amedrontada, Jane e Alec choraram durante o processo... Athenodora quase morreu. Grande parte dos humanos que passavam pela transformação morriam antes mesmo que fosse completada, por vezes devido a fraqueza ou o descontrole do próprio vampiro.

     No entanto, lá estava ele, ouvindo da bisneta de uma mulher que ele viu apenas três vezes, o pedido de virar um ser como ele.

     Céus..., Caius pensou. Ela sabia no que mais aquilo implicava? Ela tinha conhecimento de que viraria um monstro? Um ser desprovido de alma ou salvação? Uma pessoa eternamente presa no tempo, destinada a ser destruída apenas pelo fogo?

— Você não tem pessoas a quem se apegar? — ele questionou.

— Nunca tive muitos amigos. — Emilly deu de ombros — E depois da morte da Vovó Flora, não tem mais nada que me prenda entre os humanos.

— Está dizendo isso por que ainda está de luto. — ele rebateu friamente, esperando que estivesse certo.

     Emilly franziu a testa, e a expressão despreocupada logo deu espaço a um olhar duro, respiração pesada e uma curvatura para baixo nos lábios.

— Não quero ser transformada por que estou de luto. — negou firmemente — Eu realmente quero ser transformada. O que vou fazer sendo humana? As viagens não tem graça se eu não puder mostrar tudo para a vovó Flora. O trabalho não tem graça se não tiver ninguém que eu possa abraçar.

EMILLY | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲                 ⁽ᶜᵒᶰᶜˡᵘᶤ́ᵈᵃ⁾Where stories live. Discover now