Capítulo 48

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Alguns dias depois...

Christopher e eu voltamos de San Diego na noite do dia seguinte ao jantar, e infelizmente tivemos que retornar para a casa maldita onde ainda estamos.

O clima entre nós está ótimo, mil maravilhas. Não poderia estar melhor.

Apesar de ter voltado para essa casa, meus pesadelos não voltaram com força total ao pisar aqui novamente, pelo contrário, tenho dormido muito bem.

Em contra partida, a sensação ruim de continuar habitando e transitando por essa casa — e principalmente por aquele corredor — voltou a tomar conta do meu coração, de mim por inteiro.

Meu corpo inteiro se arrepia — de um jeito ruim — toda vez que tenho que passar por ele, e infelizmente passo por ele mil vezes por dia. O meu coração da uma leve acelerada e respiro fundo toda vez que sem querer olho para a porta do que costumava ser o meu quarto e do Christopher.

É segunda-feira e pretendemos olhar mais algumas casas hoje, dessa vez juntos para tentarmos escolher uma nova e estarmos fora dessa até o final dessa semana, ou o início da próxima.

Christopher está agarrado ao meu corpo. Seus braços estão ao redor da minha cintura, me mantendo perto dele. Uma de suas pernas está sobre as minhas e posso sentir o seu nariz encostado na minha nuca.

Não há a menor chance de eu sair sem que ele acorde.

Violet ainda não acordou, pelo menos eu acho. O choro ainda não soou através da babá eletrônica, mas isso não impede que ela tenha acordado e esteja bagunçando dentro do berço.

Não consigo me mexer nem ao menos para pegar o meu celular na mesinha e olhar as horas.

Será que já é tarde? Ou ainda é muito cedo.

O despertador do Christopher ainda não tocou, mas talvez ele tenha desativado ontem antes de dormir já que não vai para a empresa agora pela manhã.

Apoiei minhas mãos em seus pulsos de forma leve e tentei ao menos afrouxar um pouco para que eu pudesse deslizar por entre os seus braços, mas assim que ele se mexeu e respirou fundo eu parei. Prendi a respiração e fiquei parada igual uma estátua para que ele não acordasse.

Ainda deve ser muito cedo e ele está dormindo tão bem, não quero acordá-lo.

Assim que ele parou voltei a tentar me libertar dos seus braços.

— Pode ficar quieta por favor? Estou tentando dormir, Sra. Ross. - ele disse me fazendo levar um susto.

— Você está me esmagando. - eu disse e ele respirou fundo me puxando para ainda mais perto.

— Melhorou?. - ele perguntou respirando fundo e eu sorri.

— Não. - eu disse apoiando minhas mãos nos seus pulsos outra vez.

— Onde você quer ir uma hora dessas?. - ele perguntou baixo, perto do meu ouvido com a sua voz rouce tomada pelo sono.

— Como você sabe que horas são?. - eu perguntei com o cenho franzido.

— Eu não sei. Mas com certeza deve ser bem cedo, meu celular não despertou ainda. - ele disse passando o nariz atrás da minha orelha.

Christopher ficou em silêncio outra vez e eu não tentei mais afastar os seus braços de mim para poder me levantar.

— Eu perdi o sono. - eu disse depois de algum tempo de silêncio.

— Por que? Teve algum sonho ruim?. - ele perguntou.

— Não. - respondi. — Mas não vou conseguir voltar a dormir. - eu disse respirando fundo. — Eu ia levantar para não acordar você. - eu disse.

— Eu ia acordar de qualquer forma quando não sentisse você entre os meus braços. - ele disse.

The Contract - continuação..Onde histórias criam vida. Descubra agora