Capítulo 50

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Os dias tem passado tão rápido que a impressão que eu tenho é que se eu piscar estaremos no fim de mais um ano.

Violet faz um ano em junho e Izzie e Cristina já me mandaram mensagem perguntando se já tenho em mente o tema da festa.

Vi não é muito fã de desenhos ou filmes, tanto é que sempre que coloco um ela prefere brincar com o coelho de pelúcia que os tios dela deram até dormir.

Então não. Ainda não tenho tema nenhum em mente, tudo o que tenho em mente é que vai ser uma festa só para a família. A parte da família com que Christopher e eu temos de fato algum contato e que realmente gostamos de conviver.

Ainda tenho alguns meses para pensar nisso, mas levando em conta a leve obsessão da Vi pelo coelho, acho que seria viável um tema com vários coelhos para que ela se divirta com ele.

Pensarei melhor e com mais calma nisso.

Acordei completamente nua.

Christopher está agarrado em mim, abraçando meu corpo por trás e posso sentir seu rosto próximo a minha nuca, prendendo meu cabelo tornando qualquer movimento que eu faça com a cabeça doloroso.

O meu celular não despertou ainda, o que significa que é muito cedo. A sua respiração calma me fez ficar com dó de me mover e acabar acordando ele, então me mantive imóvel.

Seus braços estão ao redor da minha cintura e uma das suas pernas está sobre as minhas. Não sei como ele não sente algum desconforto, ou não fica com os braços ou pernas doendo de dormir nessa posição durante toda a noite.

Nós não temos notícias da maluca já faz um tempinho e tem sido ótimo não ter que lidar com ela, tendo que lidar com o julgamento do Christian — que não deve levar muito tempo para receber uma pena.

Pelos crimes que ele cometeu não deve passar o resto da vida na cadeia, mas vai ficar atrás das grades por alguns anos, o que, de certa forma, me tranquiliza um pouco. Eu ficaria muito mais aliviada se ele passasse o resto da vida dele preso, é verdade. Entretanto, o fato de conseguir alguns anos sem me preocupar com ele estar nas ruas planejando me atacar, ou atacar o Christopher, ou pior ainda, a Violet, me tranquiliza um pouquinho.

Além disso, eu já tenho uma medida protetiva contra ele. O que significa que ele não pode chegar perto de mim, ou será preso novamente.

Christopher e eu estamos lidando melhor com isso. Eu já não tenho pesadelos e ele não sente remorso, raiva ou culpa ao andar pela casa, já que nos mudamos. Mas ele ainda me manda mensagem ou liga a cada segundo perguntando onde estou e se eu estou bem. É nítido que apesar de não estarmos mais em completo e total desespero, seguimos com medo.

Eu nunca imaginei que coisas desse tipo pudessem acontecer conosco quando nos casamos, mas da mesma forma que há pessoas que querem o nosso bem, há um número ainda maior de pessoas que querem o nosso mal.

Só não imaginei que uma das pessoas pertencentes a esse número grande que querem o nosso mal seria o Christian.

O meu celular despertou às seis. O barulho irritante dominou o quarto.

— Não... - Christopher murmurou me abraçando.

Eu sorri e me estiquei alcançando o celular, desativando o alarme poucos segundos depois.

— Só mais cinco minutos. - ele murmurou com a voz sonolenta. — Fica só mais cinco minutos. - ele pediu respirando fundo em seguida.

— Você não vai me enganar de novo. - eu disse sorrindo.

— Eu nunca enganei você. - ele disse e eu girei na cama entre os seus braços, ficando de frente para ele.

— Você me enganou ontem fingindo que tinha ficado chateado comigo. - eu disse e ele sorriu ainda de olhos fechados.

The Contract - continuação..Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt