Dois⚡

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P.O.V Tom Riddle.

O desprezo que eu sentia por estar de volta em Hogwarts era um eufemismo, ser escoltado por um esquadrão de aurores fedia a imagem de heroísmo que o Ministério tentava implantar mas era possível sentir a magia das trevas correndo por ali, mesmo estando preso por algemas de contenção de magia -que era outra ilusão de poder do Ministério- meu núcleo de poder estava agitado, era difícil passar séculos com a magia e alma despedaçadas e com a primeira respiração de um bebê fazê-los voltar em um único rompante, faz exatamente uma semana que meu alfa atingiu a maior idade e com isso  minha magia tinha se restaurado ... Foi uma linda noite, uma linda explosão.
- Olá Tom.- A voz de Dumbledore chega aos meus ouvidos.- Vejo que voltou a sua antiga forma.

Um som que fica entre um rosnado a uma risada de escárnio saí da minha garganta.
- A magia favorece alguns.- Digo com nojo enquanto o avalio de cima abaixo.- Aparentemente você não foi um deles.

Dumbledore da sua risada paterna que conseguia conter por baixo daquela barba branca a praga que ele era ao mundo.
- Seu senso de humor continua o mesmo, Tom!- Responde ele de maneira alegre me fazendo revirar os olhos com desdém, enquanto ele foca sua atenção no homem pomposo do Ministério.- Senhor Ministro, é um prazer recebê-lo em Hogwarts.
- Professor Dumbledore! - Responde o mesmo de forma carismática. - É um prazer estar aqui, apesar das circunstâncias anormais.
- De fato.- Responde Dumbledore com um sorriso pequeno.
- Posso saber o motivo de querer manter Voldemort em Hogwarts?
- Harry Potter.- Responde Dumbledore com um tom estranhamente apático, ele usava essa voz para falar do Eleito, isso dispara um alerta em minha mente, Dumbledore fedia a um alfa mentiroso, possessivo e fracassado que almejava coisas que jamais teria.- Ele assumiu a responsabilidade pelo seu ômega, dessa forma, Tom permanecerá em Hogwarts até Harry se formar.

Aquele alfa estúpido tinha feito o que?

Esse foi o primeiro pensamento que veio em minha mente, aquela criança tinha assumido a responsabilidade legal por um assassino? Ele não seria estúpido a esse ponto, não é?
- Tom, meu rapaz, vamos até minha sala.
- Eu tenho outra opção? - Pergunto seco.
- Azkaban.- Responde um dos autores que estava me escoltando.
- Eu gostaria de vê-lo tentar.- Digo mantendo minha expressão neutra, era possível ouvir com exatidão quem havia engolido em seco, o medo era o único aroma presente ali naquele momento, era quase terapêutico.
- Se acalmem senhores, eu o guiarei até minha sala.- Dumbledore intervém pelos aurores, que não exitam em me deixar sob a responsabilidade do velho, uma expressão de nojo cruza meu rosto ao sentir seu cheiro perto de mim, porém tão rápido quanto essa expressão veio ela se foi, voltando para característica expressão de apatia quando sinto sua mão gelada em meu ombro.

Noto que a pele de sua mão está  necrosando, alguém resolveu brincar de casinha com arte das trevas. Parece que o Lord da Luz está sentindo o desespero bater em sua porta.

- Senti sua falta durante esses anos, meu garoto.- Sinto sua voz soar perto da minha orelha ao mesmo tempo que a pressão em meu ombro aumenta.

  Ignoro sua fala e continuo seguindo até sua sala, lugar em que estive várias e várias vezes ao longo do meu período estudantil.- Onde você esteve escondido durante todos esses anos?- Continua ele, sua voz soando cada vez mais próxima da minha orelha, faltava poucos centímetros para seu nariz encostar na minha nuca.-Responda-me!
- Use essa voz novamente que eu arrancarei sua língua e enfia na sua garganta.- Respondo com uma calma sínica.

Sua risada baixa continua tendo o mesmo efeito em mim, ódio mortal, antes que Dumbledore possa responder uma cabeleireira loira quase prateada o faz se afastar de mim com uma agilidade impressionante para sua idade enquanto o garoto corre para perto de nós, parando estranhamente próximo de mim.

Meu Malvado Favorito Where stories live. Discover now