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|| Diego Alcântara ||

📍Rio de Janeiro, Nova Holanda, Quarta-feira, 21:00.

Já se passaram dois meses desde que conheci a família da preta, e entramos em novembro daquele jeitão.

A Gabi tá surtando com toda a correria da organização do casamento, mesmo que a Ângela e a Marta que estejam de responsáveis em tudo.

Fiquei mais de mês quebrando cabeça pra ajustar a vida dela e do Coringa pra eles não precisarem ficar no Alemão.

Porque desde que a minha gatinha voltou pro Vidigal, ela me disse que não saia mais dali.

Por sorte os dois já tinham o mesmo pensamento que o meu, então ficou decidido que depois do casamento, o comando do Alemão vai pro cabelinho, e o palhaço assassino vai ser meu sub na facção e meu gerente aqui no morro.

Me espreguiço no banco do carro esperando minha gata pra gente ir jantar no restaurante de granfino que ela curte.

Nossa relação tem ficado cada vez melhor, não sei como eu vivia sem ter ela na minha vida antes, bagulho doido o quanto eu sou amarradão na dela.

Vejo meu cristalzinho sair de casa toda perfeita, num vestido justinho preto que realça todo o corpo gostoso que ela tem, e trancar tudo enquanto fala com alguém no telefone.

Desço do carro, me escorando na porta do passageiro, com os braços cruzados na altura do peito, deixando um sorriso de canto escapar quando ela me olha e abre um sorrisão pra mim.

Ela se aproxima caminhando devagar enquanto se equilibra no salto enorme, e se despede da amiga dela desligando o celular.

Puxo a mesma pela cintura, colando nossos corpos, e ela ergue o corpo abraçando meu pescoço.

Diego: se liga - digo dando um selinho nela - deveria ser pecado ser linda desse jeito preta - ela sorri escondendo o rosto no meu pescoço - coé, bora?!

Laila: amor, antes a gente pode passar na casa do Caio pra buscar minha chapinha que ficou lá semana passada? - ela pergunta fazendo biquinho me fazendo sorrir e concordar com a cabeça.

Assim como eu to sempre com a gabi, os moleques e meus netos, a preta segue com os encontros semanais com os amigos dela.

Semana passada os três malucos resolveram fazer uma sessão de beleza na casa do Caio, e ficaram parecendo uns palhaços.

Ela entra no banco do passageiro e eu entro no meu lugar, ligando o rádio e deixando ela colocar na playlist que ela montou no meu Spotify.

Mandadona, até dizer que eu tô desatualizado me disse, e o pior, sei nem ficar bravo com essa praguinha.

Faço o que ela pediu, e enquanto ela retoca a maquiagem no espelho do carro, eu desço pra pegar o treco dela com o otário que ela chama de amigo.

Volto pro carro, colocando as coisas dela no banco de trás, e entro de volta no carro deixando um beijo no pescoço da mesma que se arrepia toda.

Coloco minha mão na coxa dela, fazendo carinho ali com meu polegar, e percebo ela sorrir com o meu gesto.

Sinto a mãozinha dela em cima da minha, entrelaçando nossos dedos, e puxando nossas mãos pra dar um beijo leve em cima delas.

Dirijo na maior tranquilidade até a barra, e  paro em frente a faixada dourada com os letreiros "ça-vá".

Ela dá um gritinho animado me fazendo sorrir e desço do carro entregando a chave pro manobrista.

Perdido no Paraíso Onde histórias criam vida. Descubra agora