Fadada a carregar uma herança de família após uma tragédia, Agnes Howe é uma bruxa da qual teve que se adaptar ao Reino do Sonhar para escapar de um destino cruel.
Convivendo com diferentes seres místicos, incluindo o Sonho dos Perpétuos, a jovem a...
Andando pelo reino de seu irmão, a Morte caminhava ao lado de Agnes enquanto Morpheus seguia atrás das duas.
Mesmo sendo um acordo de que, um Perpétuo não influencia nos deveres ou assuntos do outro exceto se houver um pedido, a Morte acabou não tendo escolha porque assim como ela, sua família estava ligada de algum modo a menina.
E observando a Howe, a irmã mais velha de Morpheus apenas sentiu que deveria explicar tudo a garota, até mesmo o que ela ainda não sabia.
— Agnes, você sabe como minha família surgiu?
A garota assentiu, lembrando-se da história que sua mãe lhe contava ainda quando era criança, ou quando a colocava para dormir.
— Vocês são sete entidades, ou algum aspecto da vida humana. São filhos da Noite e do Tempo, e nasceram em uma ordem, tendo algum objeto que os representam. Primeiro, o Destino com o seu Livro, depois você — ela olhou para a Morte — com o seu ahnk. Depois veio o Sonho, que escolheu seu símbolo para ser um elmo. Logo em seguida, Destruição e sua espada. Há também os gêmeos que são Desejo e Desespero, um coração e um anel. E por fim, Delírio, com uma nuvem colorida. Também sei que são imortais, podendo morrer apenas o corpo em algum momento, mas sempre renascendo em outro continuando as missões.
Tanto Morte como Sonho sorriram com a explicação da menina.
— Fez bem a lição de casa — Morte elogiou a garota — E sabe onde sua família, ou melhor, você se enquadra nisso?
Agnes parou olhando os dois Perpétuos.
— Sei que estamos ligados, e que minha família surgiu depois de vocês.
A Morte assentiu.
— Quando surgimos, posteriormente, logo em seguida veio o Criador e houve o ocorrido com o Portador da Luz. E então veio o desequilíbrio da balança, porque as únicas opções eram seguir de um lado ou de outro. Nunca havendo um meio termo, algo que pudesse ser tanto bom quanto ruim.
Agnes compreendeu onde a Morte queria chegar com aquela explicação, até mesmo porque ela podia sentir.
— Então, surgiu minha família.
— A sua essência — corrigiu Sonho, abrindo um livro na direção da garota, que estava queimado em boa parte dele, menos no meio onde o desenho de uma mulher flutuava em meio a tantos símbolos — A primeira portadora da Magia, o equilíbrio do bem e do mal foi criada.
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A Howe observou o desenho lembrando que já havia visto ele anteriormente, mexendo nas coisas de sua mãe após o ritual quando conseguiu sua forma de gato.
— Sua essência fez um acordo, de que para ter o equilíbrio total contaria com a ajuda dos Perpétuos, já que o Portador da Luz gostava de criar tentações que quebrasse a balança — explicou a Morte — Por um tempo, a sua essência de Magia foi adorada pela humanidade. Sua família cresceu e se espalhou, recebeu muitos nomes. E algumas chegaram a ficar loucas, por não aguentar a pressão, ainda que muito novas. Então, veio o que você conhece.
