Mariana desceu as escadas perdida, desnorteada. Por um lado, sua filha estava prestes a nascer, por outro, sua mulher finalmente a beijou depois de tanto tempo.
Com Regina no colo, ela preparou uma mamadeira para levar ao hospital e algumas frutinhas também, na correria, no nervosismo.
Atipicamente, a casa estava vazia, apenas haviam seguranças presentes, então Mariana pediu a um deles que preparasse um dos carros para que pudessem sair para o hospital.
Nesse meio tempo, ela voltou ao quarto, e o mais rápido que pôde fez uma bolsa para Regina, que estava agitada com tanta movimentação.
— Ma, me dá a Regina. Você está demorando o dobro do tempo por estar arrumando as coisas com ela nos braços. — disse Ana, ainda deitada na cama, entre contrações dolorosas.
— Eu posso… eu consigo, está tudo bem! — disse com a voz trêmula e falha.
— Nervosa não vai poder me ajudar, Ma. Preciso que se acalme. Me dá a Regina, ela vai ficar tranquila no meu colo.
Mariana foi convencida e entregou a bebê, que no mesmo instante se deitou sobre o peito de Ana e a olhou com uma fofa carinha de choro, acompanhada de um biquinho.
Regina sentia que algo estava diferente, que Ana estava mal.
Em poucos minutos a cama estava ensopada. A bolsa havia estourado.
Para piorar, uma manifestação de apoiadores e opositores à Ana e a Juan Carlos chegou à porta da mansão, tumultuando e gerando caos.
— Ai meu Deus! — Mariana fala pausadamente ao olhar pela janela e ver a cena. Ao pensar em como iria sair de casa com Ana, fez cara de preocupada, se desesperou.
— Era só o que faltava. — Ana fala enquanto faz cara de dor e se segura em partes do lençol da cama. — Você disse a alguém que entrei em trabalho de parto??? — perguntou irritada.
— Disse a um segurança… mas… mas eu só precisava de ajuda para te levar ao hospital… me desesperei! — respondeu nervosa, andando de um lado para o outro.
— Liga pro meu médico, por favor! Precisamos de uma ambulância. — Ana disse tensa, sentindo uma pequena contração logo em seguida. — Aiii. — gritou fraco, tentando não assustar Regina, ela respirou fundo.
— Tá sentindo muita dor já? — Mariana perguntou sem jeito e bem preocupada, aproximando-se da cama, e acariciando o bebê.
— Não, ainda tá dando pra aguentar. — Ana tentou manter a calma. — Mas eu preciso sair daqui logo, eu preciso ir pro hospital, preciso de uma cesária, Mariana. Não consigo e não quero ter parto normal.
— Calma, vai dar tudo certo.
Mariana continuava andando de um lado para o outro, desesperada ao falar no telefone com o médico.
— Amor, a ambulância já está vindo, mas temos que cronometrar as contrações, e você está tendo dor em curtos períodos de tempo… está me preocupando.
— Tá tudo bem, eu tô bem. — ela tentou se manter forte, mas logo sente mais uma fisgada forte no pé da barriga que lhe faz gemer e gritar de dor — AIII! — Ana gritou se contorcendo.
— Eu tô começando a ficar apavorada, meu Deus. — disse com as duas mãos na cabeça. — O que eu faço? O que eu faço? — ela repetia enquanto andava de um lado para o outro naquele curto espaço.
— Mariana, eu tô ficando tonta, me ajuda. — disse estendendo a mão pra Mariana.
— Vou colocar a Regina no carrinho, precisa relaxar para sentir as contrações.
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Me Salvaste - Maryana
FanfictionAna Servín é a viúva do querido e famoso político mexicano Juan Carlos Aguilar, morto em um acidente de carro após se aborrecer com a notícia de que a mulher espera um bebê. Perseguida pela mídia e por todo o povo do país, a ricaça acabou sequestra...