『Chapter 003 - Pheromones』
Rosinante saiu da sala do diretor, e andou pelos corredores da escola até chegar em um jardim. Lá se sentou num dos bancos e suspirou frustrado.
O ômega bagunçou os próprios cabelos após tirar seu tão frequente gorro vermelho. Isso só podia ser brincadeira.
Seu corpo tremia levemente, e sentia seu coração palpitar cada vez mais rápido em seu peito. Parecia que iria explodir. Faziam mais de dezoito anos, e só agora o reencontrou. Preferia não tê-lo reencontrado.
Aquele maldito só havia causado dores a si no passado, porque seria diferente agora?
—Céus... Eu preciso me acalmar... – sussurrou para si mesmo
Aos poucos foi se acalmando, precisava se acalmar, detestava como seu corpo reagia tão bem ao do outro, sinceramente, era humilhante reagir a ele mesmo depois de quase vinte anos.
Alguns minutos se passaram, ao ver que estava mais calmo, se levantou para encontrar com o marido, mas deu de cara com seu pior pesadelo, engoliu em seco desviando o olhar, passou pelo mesmo andando até a porta que dava para o corredor.
—Rosinante... Precisamos conversar – a voz estava rouca. E um pouco mais grossa, era de se esperar, faziam muitos anos
—Não, não precisamos... – respondeu de costas, ouviu os passos do alfa indo até sua direção, sentiu seu corpo inteiro se arrepiar quando ele tocou seu pulso o fazendo ficar frente a frente a si – você fez sua escolha a mais de dezoito anos atrás, agora me deixe em paz! – sequer olhou nos olhos do mesmo, apenas tentou se afastar do loiro
—Eu sei, mas precisamos conversar... Você querendo ou não – Rosinante riu com a frase
—O que? Vai querer bancar o pai do ano quando seu filho já é quase um adulto? – riu sarcástico – faça-me o favor – encarou o mesmo com raiva
—Eu não vou bancar o pai do ano, quero apenas conversar com você... Só isso – manteve a calma
—Conversar o caralho, eu nem sequer queria ver sua cara de novo! – esbravejou irritado
—Rosi... – tentou tocar novamente a mão do mesmo que apenas lhe deu um tapa
—Não... Não me toque, você nunca mais vai tocar essas mãos asquerosas em mim – tremeu os lábios, estava segurando as lágrimas
O alfa loiro trincou o maxilar. Encarou o antigo parceiro, não iria machucá-lo, isso era óbvio. Jamais se perdoaria caso machucasse Corazon, mas ainda era um alfa dominante.
—Porra! Não consegue sequer me ouvir? – deu um passo em direção ao mesmo que recuou, conforme avançava, o ômega recuava – só me escuta... – pediu prendendo o menor contra a parede
Corazon engoliu em seco, não tinha escapatória. Instintivamente, o alfa soltou os próprios feromônios, para relaxar o ômega a sua frente.
—Para... – ofegou ao sentir o cheiro gostoso de café. Sempre ficava a mercê dele quando sentia esse maldito cheiro, da mesma maneira instintiva seus feromônios foram liberados. O cheiro de licor de morango se misturando com o cheiro de café. Era meio inebriante para os dois. – Doffy... – chamou baixinho. O fundo da sua mente gritava para socar a cara daquele maldito, mas o fundo do seu coração ainda o amava.
Como se Deus pusesse a mão no ombro de Rosinante e desse uma luz ao fim do túnel para o mesmo. Mihawk apareceu para o salvar.
—O que está acontecendo aqui? – sua voz soou séria. Doflamingo se afastou do ômega, que ainda ofegava baixinho – você está bem, Cora-san? – andou até o marido, ele negou fraquinho segurando os braços do Dracule – o que você fez com ele? – encarou o alfa loiro com feição séria
—Foi instinto – respirou frustrado – merda! – xingou baixinho saindo dali
—Ei... Ele fez algo com você? – perguntou encarando o menor que discordou
—Eu só... Meu corpo ainda reage aos feromônios dele... Ele liberou os feromônios e eu perdi total controle sobre mim mesmo – encostou a cabeça na parede após regular a respiração – inferno! Pensei que nunca mais veria ele – encarou Mihawk – hoje não está sendo um bom dia para nós. Não é mesmo, Hawk? – o moreno concordou rindo fraco
—Infelizmente, sim – abraçou o ômega – Deus está conspirando contra nós dois – comentou fazendo o ômega rir
—Vamos, temos que nos despedir dos meninos e da Lammy – se recompôs e andou até o corredor ao lado do marido
—Lammy já acordou, e está conhecendo a colega de quarto – Mihawk comentou – acho que se chama Nami, achei os nomes quase idênticos – Corazon riu fraco
—Também achei, e Zoro? Já conheceu o colega de quarto? – Mihawk concordou
—Até que se deram bem... Acho que se chamava Ace – deu de ombros – quanto tempo você acha que eles vão durar aqui? – perguntou
—Ótima pergunta, espero que até o final do ano letivo – riu fraco – eles só me dão prejuízo – choramingou o Trafalgar
—Realmente, mas ainda assim, amamos esses pestinhas – passou o braço pelo ombro do mesmo
—Pois é, ainda são nossas crias. A única que não causa prejuízo e dor de cabeça é a Lammy – comentou, Mihawk não pôde discordar.
—Cora-san, nós dois estamos em uma situação complicada – encarou o ômega – você sabe bem disso, eu amo você, e sei que você me ama... – disse calmo
—Mas eu ainda amo aquele maldito, e você ainda ama ele – sorriu triste – eu sei em que situação estamos – suspirou frustrado
—Te conhecendo como conheço, você não vai aguentar ficar longe das crias por muito tempo, e se quando você vir visitá-los o Doflamingo fazer aquilo de novo, se o Law ver, você sabe que não vai dar bom – o outro concordou – eu sei que você jamais ficaria com ele, ainda estando casado comigo, mas você ainda reage aos feromônios dele. E agora ele sabe disso, Cora-san – parou em frente a uma porta – sei que se tivermos que nos separar, vai ser ruim para nós dois. Porque um pedaço nosso se ama, mas caso isso aconteça, ainda vamos ser amigos – acariciou o rosto do ômega, que concordou
—Se nos separamos, isso vai vir de você, eu nunca mais vou me entregar para aquele maldito – segurou a mão do mesmo sorrindo – vamos esquecer isso por enquanto, em casa conversamos, ok? – propôs tendo o alfa concordando
—Aparentemente, esse é o quarto do Law – apontou para a porta – é separado dos outros – deu de ombros
—Não quer ir ver o Zoro? Vou ficar aqui até você voltar, e se eu sair do quarto vai ser com o Law. Não precisa se preocupar, Hawk – deu um selinho no mesmo e bateu de leve na porta.
O Dracule saiu devagar, indo até onde o esverdeado se encontrava. Quem atendeu foi um garoto com uma pequena cicatriz abaixo do olho esquerdo, ele sorriu.
—Oi, como posso ajudar? – ele perguntou animado
—Vim ver meu filho, ele vai dividir o quarto com você, suponho – sorriu
—Você é o pai do Tral? – sorriu largo – entra! – deu espaço para o mais velho que concordou entrando.
»Capítulo Revisado«
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Choices - One Piece AU
FanfictionPassado, presente e futuro. Um alimenta o outro, as escolhas moldam nossos caminhos. Escolhas certas e erradas, todas tem sua consequência. ⚠️Plágio é crime⚠️ Os personagens não são meus, apenas a obra. Personagens de total autoria de Eiichiro Oda...