Capítulo 2 - Parte 5

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O resto do dia não foi tão agitado como minha manhã tinha sido, para o meu prazer. Sem mais humilhantes incidentes. Embora eu tivesse que reviver a experiência mais uma vez na hora do almoço para o entretenimento de Christian, estava feliz que ele e Anahí tinham intervalo no mesmo tempo que eu. Era bom falar com as pessoas... Da minha idade.

Ser social era como andar de bicicleta, eu imaginei.

E além de conselhos desnecessários de Christian, que implicavam eu propositadamente correr e trombar em Christopher na próxima vez que eu o visse, não tinha havido quaisquer momentos difíceis. No final do dia, eu sinceramente tinha praticamente esquecido Christopher.

Antes de eu sair do campus, fui até o prédio financeiro para pegar um pedido de estudo-trabalho. Eu não precisava do dinheiro, mas eu precisava de tempo para manter minha mente ocupada. Eu tinha um total de 18 horas de estudo, mas ainda teria uma porcaria de tonelada de tempo livre. Um trabalho no campus parecia a coisa certa a fazer, mas não havia chances de acontecer. Meu nome estava em uma extensa lista de espera.

O campus era realmente bonito, e curiosamente pacífico. Não era nada como o campus enormes de algumas universidades. Situado entre o Rio Potomac e a pequena e histórica cidade de Shepherdstown era como algo que você veria em um cartão. Grandes edifícios com campanários misturados entre as mais modernas estruturas. Árvores em toda parte. Ar fresco, limpo e tudo o que você precisava a uma curta distância.

Depois de dar as minhas informações para a lista de espera, eu girei de volta em direção ao meu carro, desfrutando da brisa quente. Ao contrário desta manhã, quando eu tinha estado atrasada, eu tive uma oportunidade de verificar as casas no caminho para a estação de metrô. Três casas, lado a lado, tinham varandas cheias de garotos em idade universitária. Era provável que fosse uma versão de fraternidade aqui da universidade.

Um cara olhou para cima, cerveja na mão. Ele sorriu, mas depois se virou quando uma bola de futebol voou para fora da porta aberta batendo nas costas dele.

Definitivamente uma fraternidade.

Minha coluna endureceu enquanto peguei o meu ritmo, correndo e passando pelas casas. Eu passei um cruzamento, saí e quase fui atingida por uma caminhonete prata quando ela acelerou na estrada estreita que eu precisava atravessar. Meu coração deu um pulo quando ele pisou em seus freios, bloqueando meu caminho.

Eu dei um passo para trás no meio-fio, confusa. O motorista ia gritar comigo?

A janela do passageiro desceu, e eu quase caí de cara no chão.

Christopher Uckermann sorriu para mim por trás do volante, o boné de beisebol virado para trás. E ele estava sem camisa, - totalmente sem camisa. E pelo que eu pude ver dele, apenas o peitoral, era um peitoral poderoso. E uma tatuagem. Em seu peito direito, uma explosão de sol, chamas arrastando para trás sobre seus ombros em tons vibrantes de vermelho e laranja.

- Dulce Maria Saviñón, nos encontramos novamente.

Ele era a última pessoa que eu queria ver.

- Christopher Uckermann... Oi.

Ele inclinou-se, deixando cair um braço sobre o volante. Correção. Ele também tinha uns bíceps realmente agradáveis.

- Temos que parar de ter encontros como este.

E essa foi a coisa mais certa que ele falou. Eu precisava parar de olhar para seu bíceps... E peitoral... E tatuagem. Nunca pensei que o sol pudesse ser tão... Sexy.

- Você me atropelando e eu quase te atropelando? - ele disse. - É como se estivéssemos em uma catástrofe esperando para acontecer.

Eu não tinha ideia do que responder a isso. Minha boca estava seca, os pensamentos dispersos.

- Para onde você está indo?

- Meu carro. - comentei. - Estou prestes a estourar o tempo. - Não era necessariamente verdade, porque eu tinha sido generosa com os parquímetros para não acabar com uma multa de estacionamento, mas ele não precisava saber disso. - Então...

- Bem, suba, querida. Eu posso lhe dar uma carona.

O sangue foi drenado do meu rosto e apressou-se a outras partes do meu corpo de uma forma muito estranha e confusa.

- Não. Está tudo bem. Estou bem. Não há necessidade para tanto.

O sorriso espalhou-se sobre o lado, revelando uma covinha.

- Não é nenhum problema. É o mínimo que eu poderia fazer depois de quase atropelar você.

- Obrigada, mas...

- Hei! Ucker! - O cara da cerveja saltou da varanda e correu pela calçada, passando-me um olhar rápido. - O que você está fazendo, homem?

Salva pelo garoto de fraternidade.

O olhar de Christopher se desviou de mim, mas o seu sorriso desapareceu.

- Nada, Kevin, apenas tentando ter uma conversa.

Christopher deu um aceno rápido, corri ao redor de Kevin e à frente da caminhonete. Eu não olhei para trás, mas eu podia sentir que ele observava. Ao longo dos anos, saber quando alguém estava olhando para você quando você não estava olhando tinha se tornado um talento meu.

Eu me forcei a não correr para a estação de trem, porque fugir na frente do mesmo cara, duas vezes no mesmo dia, era além do nível aceitável de estranheza. Mesmo para mim.

Eu não sabia que estava segurando a minha respiração até que estava ao volante do meu carro e o motor zumbiu.

Jesus.

Abaixei a cabeça contra o volante e gemi. Uma catástrofe esperando para acontecer? Sim, parecia exatamente assim.

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⏰ Última atualização: Sep 22, 2022 ⏰

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