capítulo 14

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NOAH VOLTA A SEGURAR MINHA MÃO e me conduz pelo corredor até seu apartamento no primeiro andar

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NOAH VOLTA A SEGURAR MINHA MÃO e me conduz pelo corredor até seu apartamento no primeiro andar. Ainda que eu já tenha passado milhões de vezes por estas paredes brancas com as chamativas placas douradas com o número dos
apartamentos e o piso de lajotas, agora tudo parece diferente.

Parece novo.

Tudo isto é muito novo.

Paramos bem em frente à sua porta, e quando ele enfia a chave na fechadura, pergunto:

– E se isto for um erro?

Ele para e vira o rosto para me olhar:

– Você acha que isto é um erro?

Mordo o lábio por um momento e tento escutar meu coração. Você acha que isto é um erro?

– Não – respondo devagar, e o coração se acelera em resposta. – Mas não
significa que não esteja assustada.

Ele destranca a porta, abre uma fresta e então se vira todo para me olhar. Sua testa está franzida, os olhos ternos e perscrutadores.

– Baby Blue... Sou eu.

– Eu sei. Mas e se não der certo?

– Vai dar – ele diz, mas não sei se tenho a mesma segurança.

– Só não quero que acabe sendo um desastre, que estrague o que a gente tinha. Não quero perder você.

Ele pega a minha mão e me puxa para ele:

– Você não vai me perder. – Noah me encara. – Juro.

Quero muito acreditar nele. Preciso acreditar nele.

– E se você me perder?

Ele sorri para mim e aperta minha mão com força.

– Então, só vou segurar mais forte.

Sou puxada para junto dele, e ele abre a porta, me fazendo entrar.

Todas as luzes estão apagadas, menos uma na cozinha, à esquerda. O
apartamento brilha com a luz fraca, o piso escuro, de nogueira marrom, as paredes pintadas de cinza escuro. Tudo agora parece mais misterioso, mais perigoso. Este não é mais o apartamento do meu amigo, é o apartamento de um homem que ainda não conheço muito bem.

Ele fecha a porta atrás de mim e vem em minha direção até que estou contra a porta. Põe as mãos de cada lado da minha cabeça imobilizada, e me olha, os lábios a poucos centímetros dos meus, nossos narizes quase se tocando.

Não respiro. Não me mexo. Só olho fixo para seus lábios cheios, seus olhos intensos, que desejam, desejam, desejam. Súbito, tomo consciência do homem grande que ele é, como se isso nunca tivesse me ocorrido antes. Suas mãos, seus braços, seus ombros, seu peito, sua altura. Ele é tão grande, e me sinto tão pequena, tão fácil de ser possuída.

se nada der certo até os 30, você se casa comigo? • Noany •Where stories live. Discover now