capítulo 23

167 11 0
                                    

De alguma maneira, não sei como, consigo dormir por uma ou duas horas, porque quando as rodas tocam o asfalto do aeroporto em Nova York, acordo com uma sacudida

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

De alguma maneira, não sei como, consigo dormir por uma ou duas horas, porque quando as rodas tocam o asfalto do aeroporto em Nova York, acordo com uma sacudida. Então, me lembro de onde estou, com quem estou e quem vamos visitar.

Noah. Meu coração aperta-se ao me lembrar dele, deitado na cama do
hospital. Fico me perguntando se seus pais estão lá. Seu irmão chamou Josh, o que foi um bom sinal, mas sei que eles não estarão lhe dando o amor e o apoio de que ele precisa. Me pergunto o quanto ele ficou assustado quando aconteceu, como aconteceu, se terá danos permanentes. Me pergunto se ele vai querer me ver, ver Josh. Me pergunto se este é o começo de uma segunda chance, ou apenas a
despedida derradeira.

Assim que aterrissamos, Josh manda uma mensagem para Bram. Abre um
pequeno e esperançoso sorriso enquanto pegamos nossas malas e seguimos pelo corredor.

- Está preparada? - pergunta.

Faço que sim com a cabeça. Ele segura minha mão brevemente, de maneira
amigável. É confortante. Me dá um pouquinho de força.

É estranho estar em Manhattan de uma hora para outra. Os edifícios icônicos, ruas que parecem túneis porque se estendem infinitas, a vibração e vida do lugar. Já estive aqui uma vez, com Hina, para um fim de semana de mulheres, mas não bastou. Ainda amo São Francisco até a morte, mas, se existe uma cidade que poderia competir por um espaço em meu coração, é Nova York.

O táxi que pegamos para em frente a um hospital de tijolos à vista, e saímos. Só trouxe roupas para uma noite, então minha mala está leve e fácil de carregar.

Esperamos do lado de fora por um tempo, enquanto Josh manda mais uma mensagem para Bram, dizendo que estamos aqui, congelando a bunda. Março em Nova York e março em São Francisco são coisas muito diferentes.

Felizmente, não demora muito para Bram sair, vindo em nossa direção a passos largos e apressados. É quase a imagem escarrada de Noah, um pouquinho mais alto e mais magro, com impressionantes olhos cinza, em vez de verde.

Também tem o cabelo denso e castanho de Noah, mas, na última vez que o vi, estava todo emplastrado. Agora, parece um pouco insano, como se ele o andasse puxando.

Está preocupado. Isso me preocupa.

- Oi - diz Bram, o sotaque de certo modo mais forte que o do irmão. Há um momento embaraçoso, em que parece que ele não sabe se deve apertar nossas mãos ou não. Acaba me puxando para um abraço. - Obrigado por vir, Any. - Depois, faz um aceno de cabeça para Josh: - Obrigado por trazê-la.

- Tudo bem - diz Josh. - Como ele está?

Bram suspira e começa a andar em direção às portas de entrada. Vamos atrás dele.

- Está melhor. Sua concussão está regredindo, mas ele ainda está inconsciente.

Está dopado até não poder mais. Com um monte de morfina, por causa da dor.

se nada der certo até os 30, você se casa comigo? • Noany •Onde histórias criam vida. Descubra agora