Décima Estrela - Um dia turbulento

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Tive que ouvir um baita de um sermão do reitor

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Tive que ouvir um baita de um sermão do reitor. O pior de tudo foi que além do Marcel continuar perturbando meu pouco juízo, eu não tinha nenhuma desculpa boa o suficiente para escapar daquela bronca.

Acabei só me desculpando e colocando a culpa no estresse. Mencionei que no dia anterior estive no CCH e a expressão rígida do reitor deu uma mudada. Pelo visto, ele estranhou que eu soubesse, já que quando alguém era levado as memórias de ter estado na sede eram apagadas também.

— Seu esforço nas aulas é notório, nunca houve nenhuma reclamação sua — disse quase como se estivesse passando um pano pra mim depois que quase arrancou meu couro fora. — Por isso, vou te dar um desconto. Mas qualquer outro desrespeito desse tipo com a professora haverá consequências.

Assenti com a cabeça depressa e agradeci aos céus por ter conseguido escapar apesar dos esforços de Marcel para destruir minha vida.

Agora que sabe como posso acabar com você, promete me ajudar?

Rangi os dentes assim que me despedi do reitor que fui andando com raiva pelo corredor. Aquele babaca não merecia ajuda nenhuma depois daquele showzinho ridículo.

Lá vai você me ignorar de novo. Sabe, eu tenho várias músicas pra cantar, então não pense que...

— Fica quieto — grunhi com os dentes cerrados pra que ninguém visse eu dando uma de maluco no meio do corredor. — Olha, você precisa entender que o intruso aqui é você. Eu que controlo esse corpo, eu que dito as regras por aqui.

De repente, a voz ficou quieta. Dei um sorrisinho triunfante e estava prestes a continuar seguindo meu rumo aproveitando o novo silêncio da minha mente quando do nada meus pés pararam de me obedecer mesmo eu dando os comandos.

Franzi a testa e eu estava prestes a surtar por estar meio paralisado quando do nada minha mão levantou contra a minha vontade e me deu uma bofetada bem forte no rosto. Fiquei tão tonto que quase desequilibrei. Alguns alunos que passavam que olharam como se eu fosse um doido de pedra.

— Mas o quê...? — Pisquei quase sem cor.

O que dizia mesmo?

— Você me bateu? — rosnei, conseguindo recuperar o controle da minha mão e a fechando num punho.

Meio óbvio, né?

— Como? — Juntei as sobrancelhas sem entender bulhufas. — Achei que você fosse só a droga de uma voz sem poder nenhum.

Não é bem assim, estrelinha.

— Primeiro, não me chame de estrelinha. Só o Derek pode me chamar assim. — Já fui logo estabelecendo as regras pra ele não achar que meu corpo e minha vida eram bagunças pra que ele pudesse fazer o que bem entendesse. — Segundo, nunca mais me espanque desse jeito ou você vai passar o resto dessa sua vidinha miserável sendo só uma voz na minha cabeça que vou fazer questão de ignorar para sempre.

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