Décima Terceira Estrela - Uma fuga não tão solitária

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Que tal fazermos um acordo?

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Que tal fazermos um acordo?

Eu estava de pé na porta da faculdade esperando o horário da minha primeira aula. Derek foi pro grupinho dos populares assim que chegamos e como eu era um pária social quando se tratava de fazer amizades, tive que ficar remoendo minha solidão ali mesmo.

Tá me ignorando de novo, estrelinha?

— Já falei pra parar de me chamar assim! — rosnei através dos dentes cerrados.

Uma garota passou por mim e acabou me olhando de um jeito estranho como se eu tivesse escapado do hospício mais próximo. Senti o infeliz do Marcel gargalhar alto na minha cabeça.

Paro se me ouvir e aceitar meu acordo.

— Que tipo de acordo? — Dei o braço a torcer, mas tomei o cuidado de falar o mais baixo possível pra não dar bandeira.

Podemos ir para a minha casa. Ver se encontramos alguma coisa. Não quero ficar aqui de braços cruzados vivendo essa sua vidinha chata.

— Bela maneira de me convencer a te ajudar. — Cruzei os braços bem irritado por seu jeito nada agradável de falar comigo. — Se você se comportar, talvez eu vá depois da aula.

Não. Tem que ser agora porque não vai ter ninguém e eu preciso ver se encontro alguma coisa, um documento ou sei lá. Vai saber se algum parente meu assinou um termo que permitia que fizessem uma droga dessas comigo.

— Duvido muito. — Inflei as narinas porque ele não entendia a própria estupidez, o que só o deixava ainda mais estúpido. — Se está aqui foi por culpa sua mesmo. Você que aceitou ser uma cobaia para o governo, então que lide com isso.

Mas eu não esperava que fosse perder meu corpo e muito menos a minha vida. Também não esperava que fosse ficar preso no corpo de um garoto que eu particularmente não suporto.

— Você fala como se eu fosse um grande fã seu. — Fui incapaz de não revirar os olhos. — Olha, o que esperava? Christian é um lunático sem o mínimo de inteligência e apesar de ser um bicho gostoso pra caramba, eu diria que aquele sorriso dele seria capaz de provocar o próprio apocalipse. Ele já mentiu pra geral, o que impede aquele idiota de fazer isso de novo? O que você esperava que fosse acontecer?

Eu queria ajudar as pessoas a serem curadas.

— O problema é que elas não estão doentes, Marcel — falei, o que eu já estava cansado de afirmar por aí. Só torci em silêncio para que o óbvio finalmente entrasse naquela cachola murcha.

Claramente alguma coisa nesse procedimento do CCH deu muito errado.

— Ah, você jura? — Suspirei. — Ok, vamos dar um pulinho na sua casa. Só que você vai ficar me devendo uma.

Quando eu recuperar meu corpo, bato uma pra você, estrelinha.

— Eca, deixa pra lá. — Pigarreei e mesmo que eu quisesse, era impossível esconder meu rosto ficando quente e vermelho.

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