• 3 Dias •

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Acordei.

Infelizmente acordei na realidade que eu desejava não ser a real.

Esperava poder acordar e ver ela deitava ao meu lado, dormindo ou mexendo no celular por ter acordado tão cedo e ficou com preguiça de levantar.

Esperava poder acordar e ouvir o bom dia dela com um sorriso meio sem jeito.

Mas infelizmente acordei com o espaço de sua cama, ao meu lado, vazio, frio.

Essa situação me dá vontade de nem levantar, mas a vida não pode parar.

As horas foram passando lentamente, aumentando a angústia e a preocupação em nós. Até agora os policiais ou detetives entraram em contato conosco. Não deixei de desejar que ela aparecesse de surpresa na porta para nos aliviar, mas isso nunca aconteceu.

Todos estão sendo consumidos negativamente, Laura não sai da cama desde que voltamos ontem. Ela não quer comer, beber, nem conversar com ninguém. Tobias, Sophie, Hayden e Chris ainda tentam animar ela, mas sem sucesso algum.

Eu sinto tanta sua falta, Moony...


•POV: Sn Scarborough


Acredito ser já o terceiro dia que estou aqui. Não sinto fome, não tem como fugir daqui, ninguém sequer ouve meus gritos de ajuda. Me alivia o fato de Hans não ter me estuprado ou me assediado, mas ainda sinto medo, receio de que isso possa vir a acontecer.

Amber não veio mais aqui, até que ela me poupou de bastante estresse, mas ainda assim...

O motivo de tudo isso me atormenta pra caralho.

Eu saindo de cena, ela tem tudo pra conseguir fazer a cabeça do Per, manipular ele. Embora eu saiba que ele me ama, em um momento de vulnerabilidade, instabilidade emocional, ele pode acabar caindo no papinho dela. E eu posso até estar errada, mas, se isso acontecer, ele não vai ser feliz, porque sempre vai ficar lembrando do que ela fez anteriormente e vai ser desgastante e estressante demais pra ele.

Per tinha razão o tempo todo sobre o Hans e eu ignorei...

De qualquer forma, eu só espero poder sair daqui logo. Tenho que pensar em algo que possa funcionar.

Minha mãe, ah... Ela deve estar morrendo de preocupação. Me dói o coração só de imaginar o que ela pode estar passando.

Logo sou tirada de meus pensamentos quando a porta se abre e Hans entra, como sempre, com uma bandeja em mãos.

— Você precisa se alimentar... - ele diz, mas eu o ignoro e nem sequer encaro seu rosto.

Ele permanece por mais alguns minutos parado na mesma posição, e então deixa outra bandeja em frente ao colchão no qual estou sentada e sai do quarto.

Que inferno!


Moony Ghoul | Per Eriksson (Sodo) x LeitoraWhere stories live. Discover now