O calor depois do Frio - (Trilogia/ livro final)

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Autora on.

Melvino olhava boquiaberto para o vampiro a sua frente. Ele não sabia se era o feitiço ou se ele era realmente burro. O bruxo olhou para o loiro que estava sentado ao lado de Antony, o silêncio que ficou na sala que ouviu o vento canta lá fora.

- Oh meu deus..- Melvino abaixo a cabeça com total descrença.

- O quê?!..- Antony perguntou ao se defender.

- Senhor! Como podes um filho teu, uma criação sua, ser tão cega?..- Brian perguntou ao se ajoelhar no meio da sala enquanto olhava para o céu.

- Não sou cego..- Antony se defendeu franzindo a testa.

- Tão surdo?..- Brian questionou ao se levantar do chão.

- Não sou surdo..- Antony não estava entendendo seu amigo.

- Tão burro?..- Brian abriu os braços para o céu.

- Eu não sou burro..- Antony estava perdendo a paciência com o loiro.

- Então é babaca apenas..- Brian falou o encarando por cima do ombro..- Qualquer um notaria os menores sinais, mas você ignorou até o maior deles.

- Eu não percebi..- Antony se levantou da cadeira..- E por que ela não me disse então?!. Se ela sempre aparece nos lugares em que estou, por que ela não me diz?.

Antony começou a andar em círculos passando e puxando os próprios cabelos.

- Você foi amaldiçoado a não sentir a presença dela, então é possível que ela não sinta a sua..- Melvino falou lentamente desviando o olhar do livro em que estava lendo.

- É meu amigo, é sua culpa que você não soube segurar suas calças. Foi amaldiçoado, a bruxa que lançou está morta e agora sua possível companheira está sofrendo pegando você com outras mulheres..- Brian falou ao se sentar novamente na poltrona.

Antony gemeu apertando o nariz. Ele se lembrou de todos os sinais, mas não os compreendeu até agora.

- Eu tenho que ir, eu preciso tomar um ar..- Antony caminhou para a porta..- Obrigado por me ouvirem e pelos maravilhosos elogios.

- De nada..- Os dois responderam juntos.

Antony saiu da casa de Melvino e andou até à cidade. Depois de todos esses anos ele finalmente achou sua companheira, ele foi burro em ignorar os sinais ou as reações corporais mais obvias possíveis. Ele não sabia se estapeava a sí mesmo ou se devia procurar um especialista.

Antony sabia que devia se aproximar dela lentamente mas também devia mostrar respeito e talvez desculpas.

Ele sabia o endereço dela devido ele ter que levar pessoalmente alguns documentos para ela. E por sorte, ele tinha um com ele para mostrar a ela era o destino ou uma simples coincidência.

Antony gostava de usar sua velocidade de vampiro, mas apreciava dirigir um carro.

Demorou cerca de cinco minutos para ele chegar em uma casa de frente a um enorme lago. Antony olhou ao redor vendo que tudo estava normal e o carro estava na garagem. Ele havia parado de andar assim que percebeu algo estranho, ele a viu no lago com William. Antony queria apreciar a vista dela, mas foi uma sombra entrando na casa que o chamou.

Antony se encostou na árvore que tinha em sua frente. Havia um homem de preto dentro do quarto de William, e ele não parecia nada familiar ou amigável. Dando em conta que se esconder em um quarto e estiver armado até o pescoço, ser amigável precisava de especialista urgente.

Antony o observou vendo ele se esconder atrás da porta de William. E olhando para longe, ele viu Ayla enrolada em uma toalha com William em seus braços. Ele foi rápido em sinalizar para ela correndo para a porta do quintal.