Dizem que o início de uma nova temporada é um recomeço; mas não seria algo um tanto diferente? Onde você sempre está a prova de ser a perfeição, onde cada pequeno erro é comentado e qualquer murmúrio é motivo para um grande escândalo?
Seria esse o l...
Capítulo contém cenas de relações sexuais explícitas
CHOVE DURANTE A NOITE
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A CHUVA AINDA NÃO HAVIA CESSADO e parecia que não daria uma trégua tão cedo, porém Anthony ainda estava segurando o pulso de Celina, esperando por uma resposta que estava demorando a vim.
A jovem basset não sabia se aceitaria o convite, pois ela não deveria; deveria?
Mas é claro que ela não poderia ceder a aquele pedido, a jovem não poderia passar a noite no quarto de um homem solteiro e ainda por cima com a família do mesmo presente nos cômodos próximos aos aposentos dele. Entretanto, Celina não conseguiria dormir em um quarto, sozinha e com a forte garoa tenebrosa do lado de fora. Ela não conseguiria.
Voltando sua atenção para o rosto do moreno, ela viu-se concordando em dividir o quarto com ele, viu-se ser guiada além daquelas portas de carvalhos tingidas por um forte tom de vermelho e viu-se totalmente paralisada quando ele fechou a porta assim que entraram.
E um raio soou além das paredes da casa, chicoteando e ecoando por todos os cantos do quarto do visconde. Este havia sido o mais estrondoso da noite, e a jovem de fios acastanhados não pode e não conseguiu prender o som ruidoso que subiu por sua garganta, dando um impulso para trás e chocando-se com o homem. Por um curto tempo, ela havia esquecido de que estava alí, com ele e no quarto dele.
- Tudo bem. - Anthony sussurrou aos pés do ou ouvido da Basset ao se aproximar, colocando seu braço esquerdo sobre sua cintura, fazendo uma leve pressão com o intuito de acalmá-la. - Estou aqui, Celina. Não há com o que se preocupar, não aqui. - assegurou, fazendo com que a mulher de costas para si, se acalmasse.
Respirando profundamente, a jovem deu um passo a mais para trás, não deixando nenhum espaço entre ela e o visconde. De maneira inconsciente a castanha impulsionou a cabeça para trás, a apoiou no ombro do mais alto, soltando o ar que havia inspirado. Sentiu a mão que estava em sua cintura, deslizar até a sua barriga, onde se encontrou com a direita. Aquele contato inadequado a estava mantendo calma, a estava fazendo esquecer de seu medo lá fora.
Anthony fechou os olhos e inspirou o aroma que Celina exalava, magnólias, ele podia sentir o cheiro das flores favoritas dela, coisa que era inexplicável. Sentindo as mãos da mais nova contornarem a suas, ele a viu tirar a cabeça de seu ombro e virar para ficar a sua frente, cara a cara.
As pupilas da mulher estavam dilatadas e ele não pôde identificar se era pelo medo da tempestade ou por outra coisa, entretanto suas mãos continuaram em sua cintura, enquanto ele sentia as pequenas e delicadas mãos da jovem apoiarem-se em seu tronco. Os dedos de Celina estavam gélidos e isso o causou arrepios que nenhuma outra mulher o causou, tal gesto não passou despercebido pela jovem castanha.
- Eu não deveria estar aqui... - sussurrou, apenas para ter certeza de que nenhum som passaria pelas paredes. - Mas aqui estou. - seu hálito havia mesclado-se com o do homem à sua frente, conseguindo sentir o frescor que vinha dele.
