✨ 17. Fim do Sofrimento ✨

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Escrita com
Carolleite26 ♥️✨

Toda sua florzinha
chrispires26 ♥️

Liz: Vale eu sei que está furiosa com o seu pai, mas dessa forma só vai fazer o estado da sua mãe piorar mais ainda - toquei em sua mão lhe segurando - primeiro vamos ajudá-la, depois vamos resolver isso, está bem? Veja como ela está, não fala nada, apenas chora - falei com calma.

Valentina: Ele me deixa assim, tem razão, minha mãe é a prioridade nesse momento - demos banho na minha mãe, colocamos o pijama, a levamos para deitar na cama, enquanto Liz foi buscar um chá para ela eu tentava conversar, saber o que aconteceu, se ele voltou a agredi-la - mãezinha fica calma, ele não vai mais te machucar, nunca mais vai colocar um dedo em você, eu não vou deixar, pode contar o que ele fez, vamos colocá-lo na cadeia onde é o lugar dele - como poderia prometer protegê-la se estávamos na mesma casa? Com certeza ele não iria embora, adorava dizer que a fazenda era dele, que ele mandava em tudo, nós precisávamos sair, se nos vissem sair ele nos proibiria, o melhor era ligar para o Gui e foi o que eu fiz.

Estava quase chegando na fazenda, mas tive que parar o carro ao ouvir a chamada da minha irmã. Conectei o celular e voltei a dirigir enquanto falava com ela.

Guilherme: Oi abelhinha, está tudo bem? Já estou chegando em casa.

Valentina: Nada está bem, então precisar vir o mais rápido possível, precisamos tirar a mamãe daqui, ele voltou a bater nela, eu mesma vi a marca, ele iria fazer de novo, mas ela gritou e o Ale veio ver o que estava acontecendo, foi horrível Gui, nossa mãe estava transtornada batendo nele, ele fazendo pouco caso, ela não fala nada, somente chora, Gui estou com medo.

Guilherme: Eu não acredito Valentina, aquele covarde vai me pagar, pode ter certeza disso - apertei o volante e acelerei ainda mais o carro - organize algumas coisas, daqui a dez minutos chego... vamos tirar nossa mãe desse inferno... vai ficar tudo bem meu amor, já estou chegando... isso vai acabar hoje... preciso desligar agora - me despedi dela e desliguei... agora mais do que nunca precisava chegar em casa e proteger as duas.

Assim que desligamos fui fazer o que o Guilherme pediu, peguei uma pequena mala e fui colocando algumas roupas da minha mãe, produtos de higiene pessoal, se faltasse algo voltava para pegar o que não podia era deixar minha mãe voltar para esse inferno, teríamos o apoio do Vicente que saberia como conquista-la, daria o amor que ela realmente merecia, chega de tanto sofrimento.

Quando retornei para o quarto com o chá de minha sogra vi que a Valentina preparava uma mala para ela, tentei argumentar com ela, mas era impossível e eu entendia muito bem. Se fosse a minha mãe eu estaria do mesmo jeito, só desejaria tirá-la dali. Mas as coisas não funcionavam dessa forma. Não sabíamos o que se passava entre os dois, eu sei que o estado dela dizia muita coisa, mas a interpretação que fazíamos poderia sim ser equivocada. Dei o chá a ela, mas a mesma recusou. Me sentei ao seu lado e fiquei segurando em sua mão, lhe dando todo o meu apoio.

Na sala...

Assim que entrei em casa encontrei com o Alejandro andando de um lado ao outro nervoso.

Guilherme: Alê... não dá mais para sustentar isso e com ou sem o seu apoio nós vamos tirar a mamãe dessa casa... eu já sei, a Valentina me ligou... ele agrediu a nossa mãe, como eu e a Valentina te falamos, mas você não acreditou... dessa vez não dá mais para inventar desculpas... ele fez e a prova está no corpo dela... na forma em que ela está... aquele covarde se escondeu depois do que fez, mas isso não vai ficar assim... não vai - bufava com ódio - essa é a hora de mostrar que você está do lado da nossa mãe e não de um covarde que bate em mulher.

Alejandro: Não sabemos o que de fato aconteceu para eles brigarem, eu conheço o papai e nunca iria levantar a mão para a nossa mãe, se isso acontecesse eu mesmo a tiraria daqui - falei calmo, Guilherme apenas queria uma desculpa para levar a mamãe e isso eu não deixaria - vamos todos nos acalmar, para então conversarmos com os dois.

Guilherme: Eu não vou me acalmar Alejandro, é impressionante como você defende esse homem - sorri sem vontade - com você eu não vou discutir, é o queridinho do papai, fica com ele e aproveita bem, até o dia em que ele te virar as costas como fez comigo e com a Valentina e agora com a mulher que o amou - saí dali e fui para o quarto de minha mãe - Valentina... está tudo pronto? - lhe abracei e fui até a cama, ignorando a Liz - estou aqui mãe, vamos te tirar desse inferno - beijei sua testa e lhe peguei em meus braços - vamos Valentina, não quero ver aquele covarde - falei saindo com a minha mãe.

Valentina: Vamos, estou com a mala aqui e qualquer coisa volto para buscar o que faltar, apenas vamos, não quero que aquele homem venha impedir de tirarmos ela daqui, chega de tanto sofrimento.

Guilherme: Ele não vai, isso não - falei descendo as escadas com ela.

Liz: Guilherme você não pode fazer isso, não pode tirar sua mãe de casa dessa forma. Valentina, vocês precisam parar e pensar na situação... as coisas não se resolvem dessa forma - falei indo atrás deles, pouco me importava com o que eles iriam fazer.

Guilherme: Não é sua família, não é sua mãe, você é igual ao Alejandro que preferem vê-la sofrendo e sendo maltratada do que ir contra Victoriano, tudo isso é medo Liz. Claro, não tem para onde ir, não tem família, é apenas uma sangue suga, agora fica quieta e não atrapalha.

Liz: Está enganado Guilherme... sua mãe e seu pai se amam, muito... diferente de você, eu enxergo as coisas... eles precisam se entender, seja para seguirem casados ou para um divórcio... isso só vai depender dos dois e não de vocês... não é fugindo que vai resolver as coisas... não como você faz e me dói muito ver que pensa isso ao meu respeito - senti as lágrimas começarem a sair - eu te amo Guilherme... amo os nossos filhos, mas você está me destruindo... pouco se importou com o filho que nós perdemos... com a dor que eu senti... me deixou aqui sozinha... sofrendo... sabe-se lá onde você estava, com quem estava... a sua família está aqui Guilherme... aqui, assim como a família da sua mãe e você está fazendo a mesma coisa, arrancando ela... lhe causando uma dor ainda maior do que a que ela está sentindo... tomara que a história não se repita e que os seus filhos não te odeem por toda dor que está nos causando.

Alejandro: Guilherme... ao menos uma vez na vida escuta a sua esposa, ela tem razão no que fala - me destruiu vê-la daquela forma, sofrendo e ele sendo um canalha com ela.

Guilherme: Eu não estou fugindo, realmente não me importa que tenha perdido esse bebê que nem sei se era meu mesmo, pare com o teatro Liz, eu não amo você e sabe muito bem disso, na verdade quero que vá arrumando suas coisas, não quero que esteja aqui quando minha verdadeira mulher chegar, Alejandro - ri irônico - não tenho porque dar ouvidos a um nada - sai indo para o carro.

Vi ele sair após falar aquela verdade e me sentei de vez na escada. Ainda que desconfiasse, não imaginava que ele fosse capaz de fazer isso comigo, com os nossos filhos. Apoiei minha mãos em meu rosto e chorei, chorei sentindo um desespero sem fim me possuir. O que eu iria fazer agora? Os meus filhos? Eu não conseguiria viver longe deles, mas também não teria como os manter. Não tinha nem para onde ir. O que eu fiz da minha vida? O quê?

Alejandro: Liz, sabe que não está sozinha - sentei ao seu lado e a abracei - vou fazer de tudo para te ajudar, Guilherme é um idiota não merece que fique assim por ele.

Liz: Alê - deitei minha cabeça em seu ombro - o que eu vou fazer? Seu irmão é um idiota... como ele pode questionar a paternidade do filho? Como? O único errado nessa história foi ele... mesmo suspeitando eu... eu não imaginava que pudesse ser verdade... que ele tinha outra... os meninos... o que eu vou fazer? O meu pai não vai me aceitar em casa... eu... não deveria estar passando por isso... não nesse momento... ele deveria cuidar de mim... mas não... ele só me destruiu e está fazendo o mesmo com a sua mãe - chorava sofrida - os seus pais não merecem isso... eu sei que o seu pai não seria capaz de machucar a mulher que ama... não mesmo.

Alejandro: O rei dos idiotas, ele está somente arranjando desculpas para sair de bom moço, não vai precisar se preocupar nós vamos procurar um ótimo advogado, você e as crianças podem vir morar comigo, meu pai já te ofereceu emprego, logo podemos ver uma casa para vocês, não sairei do seu lado em nenhum momento.

Continua...

Liberte-se Para o Clímax - Inês y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora