Prologo parte 2

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Com a vitória do exército dos nobres sobre os bárbaros, os cavaleiros erguiam suas espadas e gritavam eufóricos com a grandeza da vitória, sendo liderados pelo cavaleiro de prata novamente eles protegiam seu reino com um êxito brilhante. Com passos calmos um dos cavaleiros se aproximava de Loyce que contemplava o campo de batalha com olhares indecifráveis para quem via de fora, o homem se aproximava e retirava seu elmo perto de seu aliado. Ao se revelar seu rosto era mais velho, esboçava um nítido cansaço e uma respiração acelerada, diferente de seu capitão que mesmo após batalhar o combate inteiro, permanecia calmo.  Sua pele era escura com uma leva cicatriz no lado esquerdo da bochecha, seus cabelos eram escorridos até a altura do pescoço.
-Novamente outra lâmina quebrada, capitão? -O veterano cumprimentava seu superior em um sinal com a cabeça, que logo era retribuído pelo loiro
-Sim, esta pelo menos durou um pouco mais que as outras- Ele sorria
-Foi uma batalha magnifica! - O cavaleiro exclamava com orgulho
-Nosso batalhão quase não sofreu baixas, parece que o deus da sorte está sorrindo para nós- As palavras do veterano eram alegres ao comentar os feitos em combate
-Realmente, vocês foram ótimos- Loyce sorria.
Ambos prosseguiam para junto do restante do batalhão, vitoriosos eles marchavam em comemoração para a capital, ansiosos para mais uma vez celebrarem suas vitorias. Já era de praste o batalhão dos cavaleiros prateados seguirem rumo a batalha, enviados diretamente sobre ordens do grande imperador Imyr, eles batiam quaisquer batalhões enfrentassem, sendo uma das mais respeitadas vanguardas de todo o Império Whitefall. Formado a dois anos atrás esse batalhão reuniu vários e vários jovens recrutas promissores que ingressavam no exército, sendo treinados por grandes nomes veteranos do império eles são a maioria do batalhão, um grupo de inexperientes, mas talentosos guerreiros. Quando formado muitas pessoas duvidavam da capacidade do grupo, pela grande inexperiência dos cavaleiros, mas para a surpresa de muitos o batalhão nunca perdeu uma batalha sequer. 


Hall principal do palácio de Fiore, 19:42 da noite

Uma bela e calorosa noite abraçava o reino de Fiore, a forte luz da lua banhava toda a extensão da cidade com um brilho tão belo que aquela vista poderia ser facilmente pintada para um lindo quadro. Era noite de festa no palácio principal de Fiora, comemorando a volta do batalhão prateado o Hall estava cheio. Os nobres bebiam e riam sem preocupação nenhuma, já que novamente o inimigo havia sido neutralizado pelos heróis do reino. A música era alta sendo tocada por uma trupice de talentosos anões bardos, que davam vida a celebração com sua bela canção.
Juntos em uma grande mesa, que por sinal estava sendo abastecida com vários e vários tipos diferentes de comidas junto de garrafas de vinho estava quatro dos cavaleiros prateados, rindo e brincando entre si como amigos de longa data. O grande homem que se sentava ao meio era musculoso, o delicado tecido de sua roupa nobre se esticava ao máximo para caber no corpo do grande guerreiro. Seu nome era Orós, o líder da infantaria dos cavaleiros prateados. Ao seu lado estava o veterano cavaleiro, que era pouco mais velho que os outros, Aurus era seu nome, o vice capitão do batalhão.
-Espero que dessa vez o rei Claude não encerre a festa mais cedo, da última vez nem consegui ficar bêbado- O despojado e esguio loiro que estava na extremidade da mesa dizia divertidamente, era Caleb o líder dos arqueiros prateados e mais jovem integrante de todo o batalhão.
Por fim na outra extremidade da mesa se encontrava Corvius, o mais antigo membro dos cavaleiros, boatos diziam que antes de entrar para esse batalhão o mesmo fazia parte da guarda pessoal do Imperador.
-Tivemos que carregá-lo no colo, garoto. Vê se não dá trabalho para a gente dessa vez- Corvius reprendia o jovem, que o retrucava mostrando a língua.
-Este porco esta divino! Desta vez eles capricharam de verdade- O robusto cavaleiro dizia com a boca ainda cheia de comida
-É bom você deixar pra gente também- Aurus dava um leve tapa nos braços de Oros, que nem sentia tal ato.
Reunindo-se junto de seus companheiros Loyce chegava à mesa, trajando belas roupas ele era facilmente confundindo com um nobre político ou até mesmo com um jovem príncipe de algum reino, dificilmente passava uma forte colocação de líder por entre as festas, quando não estava trajando sua imponente armadura.
-Boa noite, senhores- O loiro sorria cordialmente para seus companheiros, e logo se sentava junto deles
-Que educado, Loyce- O mais novo sorria ironicamente
-Vá a merda, Caleb- Eles riam
-Fiquei sabendo de alguns rumores que o exército de Aldia está se preparando fortemente, os elfos devem estar receosos quanto a isso- Aurus trazia assunto a mesa enquanto era acompanhado de uma taça de vinho
-Tal coisa deve ser preocupante, eles parecem ser assustadores- Corvius completava
-Vamos focar apenas em nossos inimigos por enquanto, na verdade vamos apenas focar em nos entupir de comida e bebida hoje- Loyce erguia sua taça enquanto recitava suas palavras, que eram retrucadas com risos de seus amigos
Os assuntos paralelos entre eles seguiam por horas, bebendo e comendo parecia que suas conversas podiam se estender pelo resto da noite sem problemas alguns, a proximidade de todos ali era nítida, além de companheiros de batalha eles eram amigos. Logo todos ali ficavam em silencio ao verem uma presença se aproximar, um homem alto de cabelos curtos amarelados, seu olhar era sério, em seu corpo trajava uma nobre vestimenta de cor branca e por cima dela uma capa vermelha. Aquele era Claude Yveltal, o rei de Fiore capital do império Whitefall.
-Cavaleiros- Ele os cumprimentava com respeito
-Estou impressionado por seus feitos nos campos de batalha, saiba que não só eu, mas toda Fiora esta enormemente agradecida com vocês- Tais elogios eram absorvidos com enorme felicidade pelos cavaleiros, reconhecidos por sua força até mesmo por seu rei
-Obrigado senhor- Loyce e seus companheiros se curvavam diante de Claude
-Podemos conversar a sós, Loyce? - O rei perguntava a seu cavaleiro
-Acompanho você, senhor- O loiro dizia enquanto se levantava, com um sorriso se despedia de seus amigos e seguia o monarca, que caminhava para uma sala mais privada do palácio.
Adentrando a sala de consumições do rei ambos se sentavam, Loyce encarava o rei que detinha um olhar sério, o que já era conhecido pelo homem, dado ao feito de Claude ter um temperamento forte e ser alguém bastante rígido quanto as regras, só não podia imaginar qual assunto se tratava tal coisa, já que precisava de tamanha privacidade para tal conversa.
-Loyce, chamei você aqui por que tenho um pedido requisitado diretamente de Imyr- Suas palavras eram seria, sua voz tinha tamanha imponência, não podia se esperar menos de um grande governante
-Prossiga por favor meu rei- O cavaleiro estava curioso por qual seria tal pedido, vindo diretamente do grande imperador
-Ele ordenou que você deixasse temporariamente os cavaleiros de prata, para seguir um trabalho que ele tem para você
-Oque?! - Loyce perguntava sem entender o sentido daquilo
Nitidamente o cavaleiro expressava sua dúvida, seu tom de voz se elevava um pouco, o que era ignorado pelo monarca a sua frente. O imperador em pessoa queria que o cavaleiro abandonasse seus homens? que sentido tinha aquilo, ele se perguntava.
-Ele quer que você siga os rastros de um batalhão que foi enviado para combate, mas que nem um homem se quer voltou, já faz meses e ele está preocupado com o que acontecerá no local
-Claude que isso, você mesmo sabe nos campos de batalha você vai para a luta sem sequer saber se vai ou não voltar, é normal que os soldados tenham morrido- O loiro dizia inconformado com as coisas que seu rei falou a ele, não entendia a importância daquilo
-Eram as aves de rapina, Loyce. Provavelmente o batalhão mais forte de todo o império. É impossível que todos tenham sido mortos. Entende agora a importância disso? Não é um fenômeno normal cavaleiros de tal calibre simplesmente desaparecerem.
Recuando um pouco sua postura o líder dos cavaleiros de prata se acalmava, e logo começava a estranhar tal acontecimento. Realmente aquilo era impossível, as Aves de rapinas eram claramente um batalhão superior até mesmo que ao dele, como todos poderiam ter sido mortos em combate assim sem mais nem menos? Ele estava agora entendendo a gravidade de tal coisa.
-Não se preocupe, você não irá abandoná-los. Aurus ficava como capitão em quanto você estiver fora.
-Tudo bem...-Ele se dava por vencido, mesmo não querendo se afastar de seus homens aquilo era um dever enviado diretamente do imperador, ele tinha que cumprir com excelência tal coisa.

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