Capítulo 25

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"Depois das 2 da manhã, apenas vá dormir.

As decisões tomadas depois desse horário são decisões erradas."

Ted Mosby


Jimin

Eu já estava extremamente ferrado antes, mas ver ela tão confortável em casa vestindo minhas roupas era meu fim.

Bebemos um pouco de vinho e ela me contou um pouco sobre sua vida aqui, existe um grande buraco na sua vida e na sua história, uma parte que ela fugia quando se tratava de alguns momentos de Los Angeles, nesses momentos ela parava de sorrir e sua postura mudava, acredito que nem ela percebia isso então eu facilmente trocava de assunto.

Ela implorou por um episódio de BTS Run depois que contei sobre as gravações e foi maravilhoso a ver rir tanto, diferente da maioria das mulheres daqui ela não esconde seu sorriso e fala o que pensa, não tenta ser alguém que não é por que quer algo de mim, para agradar ou se mostrar, ela é apenas ela... mais com um buraco na sua história.

- Isso foi incrível, eu não me lembro da ultima vez que ri tanto. - Falou com lágrimas nos olhos e um grande sorriso no rosto, puxou a gola da camisa pra cima para enxugar os olhos revelando uma pequena parte da sua barriga, o shorts por ser cetim deslizou para cima e suas coxas ficaram expostas me fazendo olhá-las fixamente e sentir um desejo de apertá-las foi inevitável. - Jimin?

- O que? - Desviei meu olhar de suas pernas e ela me encarava. - Me desculpa, desculpa mesmo, eu não estava...

- O que? Olhando para minhas pernas? - Ela perguntou de cara fechada, diferente de como estava a alguns segundos atrás.

- Não... quer dizer, sim, eu estava... mas eu juro que não foi intencional.

- Não foi? - parecia ofendida ou indignada.

- Eu só olhei para baixo e... e.. me desculpa. - Eu já não conseguia encará-la, estava envergonhado, de ter sido pego a olhando.

- Jimin, olha pra mim.

- Não dá, eu estou envergonhado, por favor me desculpe.

- Olha pra mim, por favor. - Levantei os olhos e ela estava sorrindo? Vendo meu choque e confusão ela voltou a gargalhar como antes.

- O que? Não está brava? - Balançou negativamente a cabeça e continuou rindo e eu não sabia o que fazer.

- Desculpa, desculpa rir tanto de você, é que você ficou tão vermelho e com aquela carinha de quem foi pego pela mãe fazendo arte e ia levar uma bronca, eu não resisti.

- O que? - Eu estava pasmo com sua reação. - Você me pregou uma peça? Não está brava?

- Não Jimin. - Colocou a mão em meu braço o apertando levemente e buscou um fôlego ainda rindo com lágrima nos olhos. - Olha, pensa bem, eu morei muitos anos em Los Angeles a cultura lá é muito diferente daqui, e não costumo usar roupas curtas na frente de outras pessoas, mais a maioria dos pijamas que deixei pra trás quando vim pra cá era curtos assim e há pessoas que andam com roupas ainda mais curtas na rua e tudo bem sério, tenho certeza que você viu mulheres com menos roupas do que eu.

- O QUE? - berrei chocado e ela literalmente caiu deitada rindo em posição fetal fazendo com que eu visse ainda mais do que antes, eu devo ter cometido um crime extremamente grave no passado, isso é tortura demais, ela estendeu a mão para que eu a ajudasse a se levantar. Essa versão da Ye-Jin ia me matar eu tenho certeza, eu preciso me preparar para sobreviver a essa noite.

- Você nunca foi para a praia? - Respirei fundo ao ver que ela queria dizer outra coisa. - Ou esteve com uma mulher antes? - Encarei chocado novamente com todo o rumo da conversa, ela realmente estava falando serio? - Ahhh meu Deus Jimin eu estou brincando com você, é tão fácil te enganar e deixar você vermelho.

- Ahhhhh eu não acredito... - Já que é assim, então vamos ver quem é fácil de enganar. - Como você pode fazer uma brincadeira dessas? - Me levantei e fiquei de costas para ela, coloquei uma das mãos em meus olhos.

- Jimin, me desculpa, desculpa mesmo, eu não devia ter feito isso. - Ouvi sua voz mais de perto e ela havia levantado e estava atrás de mim, bem onde eu a queria. - Não te conheço a tanto tempo, e já tomei liberdade de fazer brincadeiras, e falar sobre suas preferências, me perdoa eu passei dos limites. Você quer que eu vá embora?

- Vingança! - Virei rápido pegando de surpresa, fazendo cócegas em sua barriga a fazendo cair no sofá.

- Nãooooo - ela tentava se esquivar e tentava afastar minhas mãos da sua barriga a todo custo enquanto gargalhava. - Por.... favor.. por.. para... eu não... aguento mais.

- Só se você aceitar. - Parei de lhe fazer cócegas, mas mantive minhas duas mãos em suas cinturas finas, ela tomou fôlego mas ainda tentou afastar minhas mãos. - se você disser não, vou continuar a fazer cócegas.

- Por favor não. - Movi apenas meus dedos como um carinho em sua cintura, foi o suficiente pra ela rir e se contorcer novamente mas me mantive firme, mesmo quando ela parou com suas mãos em cima das minhas. - Ok ok, por favor não faz, eu não aguento.

- Então você vai aceitar?

- Eu preciso saber o que é antes de aceitar.

- Um lugar pra morar.

- O que? Aqui?

- Se você quiser eu não vou negar - ri - mas eu tenho um apartamento nesse prédio, no andar de cima, ele está vazio.

- Eu não posso aceitar, é seu apartamento, além do mais eu não posso pagar um aluguel tão alto.

- Eu sabia que não aceitaria ficar de graça, eu tenho uma proposta, você só precisa aceitar, ou vai sofrer as consequências.

- Não, por favor, deu de cócegas, esse é o pior método de tortura.

- Então aceita, eu prometo que vai valer a pena, pra você e pra mim.

- Tá bom, eu aceito.

- Promete que não vai dar pra trás? - Levantei meu dedinho e ela aceitou.

- Prometo.

Ela estava ofegante e o sorriso em seu rosto foi se desfazendo na mesma velocidade em que o ar parecia mais pesado e meu corpo me lembrava de que havia partes demais do meu corpo tocando o seu.

- Vamos dormir? - Ela quebrou o silêncio.

- Sim - fiquei de pé - tem certeza que não quer ficar com a cama? Vou me sentir melhor se ficar com ela.

- Tenho sim, foi minha condição para aceitar vir pra cá, você concordou, e além do mais seu sofá é realmente confortável.

- Tá bom.

Busquei duas cobertas e um dos travesseiros que tinha na cama, não tinha reserva, ajeitei no sofá um cobertor por baixo e deixei mais um para se cobrir.

- Se precisar de qualquer coisa me chama, vou deixar a porta do quarto aberta.

- Tá bom, boa noite Jimin e obrigado por hoje. - Ela falou com seu olhos fixos em mim sorrindo, a vontade de beijá-la era tanta mas não podia, ela havia acabado de me afastar, precisava me contentar em apenas observá-la.

- Boa noite Ye-Jin.

Voltei para o quarto, em cima da cama vi uma peça de roupa lá, dei a volta e a peguei para guardar, é uma cueca, não uma qualquer e sim uma com etiqueta, a mesma que eu dei para Ye vestir, se ela não vestiu, quer dizer que ela não está usando nada...Eu preciso de um banho gelado 

- Isso é demais, não posso pensar nisso, não posso. - Me joguei na cama e abafei um gemido sofrido nas cobertas. - Isso é um teste? Uma espécie de tortura? - Sem que eu quisesse ou controlasse flashes de  atrás da gente na sala se passavam pela minha cabeça. - E U    P R E C I S O   D O R M I R.

Heartbeat | Park-Jimin (concluída)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang