Cap 4

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Cap 4

20 de dezembro de 2005, terça-feira, 17h25.

Hoje é finalmente o dia que vou à fábrica abandonada, T.F.E. ver Taiju. Conversar - e que provavelmente vai resultar em uma briga, do jeito que ele é temperamental. Vou dar o meu máximo nesta batalha.

Usava uma blusa preta com algumas listras cinza escuro, uma calça não muito larga nem muito justa preta, um tênis - daqueles que não desliza - azul escuro e cinza, uma máscara preta - a minha de sempre, ela é meio parecida com aquela que o Sanzu usa -, e lentes de contato verde claro - as mesmas que usava quando ajudei Inui.

Combinei com Inui que Taiju escolheria a hora. Ele decidiu que seria às 18h em ponto. Então, para não me atrasar, chegarei uns 10 minutos antes - no mínimo.

Não sei que horas eles irão chegar. Se vai ser antes ou no horário. De qualquer forma, irei esperá-los. Mesmo que tenha que ser 30 minutos. O ruim é que a cada minuto que passa fico mais nervoso. Mas não posso deixar isso transparecer.

“Melhor eu ir indo” pego minha moto - já a tinha antes de toda essa bagunça acontecer, mas não usava pois não achava necessário. A fábrica ficava um pouco longe do meu apartamento - demoraria bastante tempo para ir de a pé, e cansaria bastante - então, ir de moto é a melhor opção.

Depois de minutos andando de moto pelas ruas de Shibuya, finalmente chego no local em que ficava a fábrica. Era por volta das 17h50 quando cheguei ali.

Uma fábrica de 1950 abandonada em uma das áreas mais afastadas de Shibuya. Tinha em torno de 20 metros, equivalente a 6 andares de um prédio normal. Antigamente, era uma fábrica luxuosa, uma das principais de Tokyo, mas após apresentar falhas nos produtos, cada vez menos pessoas compravam. Todos os funcionários da fábrica foram encontrados mortos brutalmente em uma das salas principais.
Os proprietários foram assassinados no escritório deles, um dia após acharem os corpos dos funcionários. Dizem que os espíritos dos que morreram fagam pela fábrica, e todos que exploraram sobre o assassinato nunca mais foram vistos após uma três dias de investigação e os que entraram, nunca mais sairam, independente da classe social, cor, ou trabalho. Depois disso, mais ninguém teve coragem de entrar nela, e ficou abandonada por décadas.

Poucos passavam perto dali por medo. Mas os que passaram perto ou pelo território dela - sem entrar no edifício - voltaram vivos e continuaram vivos por anos. Morrendo de forma natural - ou ainda estão vivos, depende. E como o caminho para onde vai ser a luta, não passa literalmente dentro da fábrica, não tenho o que temer.

Antigamente a fábrica era branca com algumas partes em tons de dourado, verde, vermelho e madeira, junto com um lindo gramado em volta da mesma. Uma mistura do moderno da época, luxuosa e um pouco da cultura japonesa. Atualmente as cores estão gastas, podres, boa parte está destruído - ou caindo aos pedaços - e o gramado lindo, estava com grama alta, e boa parte queimada pelo sol. Até onde eu sei ela possui um grande pátio, que para chegar lá se passa por debaixo de uma ponte, que conecta a fábrica a onde se fabricava os móveis e eletrônicos da época. Esse é o caminho para o local da luta.

Depois de olhar para a fábrica, vejo a tal ponte e um caminho que levava por debaixo dela, indo para o tal pátio falado onde pesquisei. Falei isso a Inui, para que soubessem exatamente onde seria a luta - já que tem outros lugares que poderiam ser.

Ando em direção. Olhando a grama queimada. As janelas caindo aos pedaços. O que seria considerado um poço com água, agora estava com a corda arrebentada, bastante musgo em volta e a tampa de madeira que cobria estava com buracos. Provavelmente foram os cupins. Olhando mais atentamente para a tampa, tinha algo mais escuro, odeio dizer isso, mas parecia sangue seco.

Um Novo Destino (Reescrita) Donde viven las historias. Descúbrelo ahora