Capítulo 11 - Desabrochar de uma Flor

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Capítulo 11 — Desabrochar de uma Flor

Midgard, Cidade Catedral, Ano 995

A Cidade Catedral estava em caos, no que deveria ser mais um dia normal para seus habitantes, acabou se tornando um pesadelo, tudo parecia estar ocorrendo como deveria, os criminosos conhecidos como Alan e Rose foram capturados, a revolta das famílias nobres foi esmagada, mas de repente o Instituto de Magia entrou em estado de emergência.

Um dos seus prisioneiros havia escapado junto a dois novos espécimes que estavam sendo estudados no instituto, vendo que os soldados não conseguiram conter os fugitivos, o mago chefe do instituto autorizou o uso da arma Número 16, mesmo assim não foi o suficiente, o mago chefe foi morto e Número 16 foi destruído.

O que se seguiu depois só pode ser descoberto devido aos relatos dos poucos sobreviventes do desastre na Cidade Catedral.

Um ser nomeado como "Anjo" saiu de dentro das ruínas do Instituto de Magia e começou a matar todos os guardas em seu caminho, esse "Anjo" estava acompanhado dos dois livros mágicos que estavam sendo estudados no instituto.

Em meio a forte chuva daquele dia, o "Anjo" começou a se aproximar da plataforma de execução onde a criminosa conhecida como Rose aguardava sua execução.

A partir daqui, relatos ficam mais difíceis de acreditar, o "Anjo" parou em frente a criminosa e ergueu seu machado, provavelmente para executá-la, mas no último segundo o anjo foi interrompido por uma explosão que se originou em sua frente, os sobreviventes relataram que a nuvem da explosão fez o formato de uma flor gigante que se eleva até os céus.

Uma enorme cratera havia se formado no local onde o "Anjo" e a criminosa estavam, devido ao tamanho da explosão, os dois foram dados como mortos.

POV de Alan

O que aconteceu? Por que está tão escuro? E por que meu corpo dói tanto? O que é esse barulho? Chuva? Preciso me levantar, mas não consigo, há algo pesado sob meu corpo. Isso é pedra? Ouvi algo se movendo, de repente vi uma luz.

"Lorde Alan..." A voz estava abafada, a luz aumentou.

"Lorde Alan..." Era uma voz familiar.

"Lorde Alan..." Quando meus sentidos voltaram, eu vi Noir e Rubrum flutuando acima de meu rosto.

"Noir? Rubrum? O que aconteceu?" Perguntei enquanto me levantava com dificuldade, tive que me apoiar em uma das pedras ao meu lado.

"Lorde Alan! O senhor não deveria se levantar, o senhor esteve no epicentro da explosão!" Noir disse com uma voz preocupada enquanto flutuava ao meu redor, Rubrum fez o mesmo.

"Explosão?" Perguntei enquanto olhava ao meu redor, eu estava dentro de um estacionamento de um prédio, metade do estacionamento havia desmoronado, olhando para cima vi um buraco de entrada no formato de meu corpo. A explosão me arremessou até aqui?

Lentamente comecei a escalar uma pilha de entulho que levava para o buraco, havia algo estranho, pude reconhecer o contorno de meu corpo, só que havia algo mais, pareciam asas. Mas desde quando tenho asas?

Deixe para lá, minha cabeça está me matando, saindo do estacionamento senti algo caindo em meu corpo, estava chovendo, o céu estava coberto com nuvens escuras, nem um único raio de sol conseguia passar, olhando em volta vi estar em uma cidade em ruínas, edifícios estavam desmoronando e caindo, alguns deles foram inclinados e logo cairiam, pedaços do chão foram arrancados e no meio disso tudo havia uma grande cratera.

Enquanto andava, passei ao lado de um grande pedaço de vidro preso no chão, provavelmente o pedaço de alguma janela desses prédios, quando me olhei no vidro, meus olhos se arregalaram com o que vi, não pude deixar de gritar.

Drakengard Anomalia: A História de um Anjo e uma IntonerOnde histórias criam vida. Descubra agora