Capítulo 24 - A Flor Negra

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"AAAHHH!"

Bartas e eu soltamos nossos respectivos gritos de guerra enquanto trocávamos golpes velozes pela rodovia.

Nossas armas pareciam borrões rasgando o ar, seu braço colidindo contra meu machado em uma chuva de faíscas, mas nenhum de nós adquiria vantagem sob o outro.

Ergui meu machado acima de minha cabeça e o desci em direção a Bartas com toda minha força, ele colocou seu braço metálico no caminho, bloqueando meu ataque com um estalo, mas afundando no chão como resultado.

Disputamos força, nos encarando com sorrisos divertidos em nossos rostos. Joguei meu peso por trás de meu ataque, afundando os pés de Bartas ainda mais no chão conforme o asfalto rachava e a rodovia rangia.

Rubrum circulou Bartas e parou na sua esquerda, abrindo suas páginas e acumulando magia antes de enviar uma enxurrada de orbes vermelhos luminosos em direção a nosso adversário.

Magia correu pelo braço metálico de Bartas enquanto ele gritava em esforço. Subitamente, Bartas empurrou seu braço para o lado, aparando meu golpe e me desferindo uma rasteira logo em seguida.

Bati minhas asas, me mantendo no ar por um segundo antes de pousar seguramente. Isso permitiu que Bartas saltasse para trás, desviando dos orbes que cobriram a rodovia em explosões.

Entretanto, Rubrum continuou seu ataque, perseguindo Bartas e o circulando enquanto disparava orbe após orbe.

Bartas se moveu rápido como um raio, desviando da maioria dos orbes enquanto estapeava outros para longe com seu braço envolto em magia.

"Noir, mantenha-o no lugar." Falei para o livro preto flutuando ao meu lado.

Grunhindo em confirmação. Noir abriu suas páginas com magia fluindo pelo papel. Então, pequenos portais escuros se formaram aos pés de Bartas antes que várias estacas saíssem do chão, empalando-o.

Bartas gritou em surpresa, cuspindo sangue enquanto vapor saía de suas feridas que lentamente se fechavam. Isso criou uma abertura para que Rubrum bombardeasse Bartas com seus feitiços, arrancando pedaços de carne e osso com cada explosão.

Bati minhas asas sem perder tempo, me impulsionando para frente como um míssil e mirando na cabeça de Bartas com o espinho de meu machado.

Bartas fechou seu punho metálico com força, seguido de uma forte luz e explosão estrondosa. Abri minhas asas, parando meu avanço e evitando entrar na nuvem de fumaça resultante, mas recebi um forte soco em meu rosto.

Cambaleei para trás enquanto Bartas saltava para fora da nuvem de fumaça, desferindo uma enxurrada de socos e chutes em minha direção.

Usei o cabo e a parte plana de meu machado como escudo, fazendo meu melhor para bloquear os golpes. Mas não saí ileso, recebi ataques esmagadores por todo o meu corpo enquanto Bartas lentamente me empurrava para trás.

Bartas puxou seu punho para trás, envolvendo seu braço em magia, mas Noir criou uma Mão Negra, interceptando o ataque e criando uma onda de choque seguida de um estrondo.

Rachaduras correram pela Mão Negra enquanto Noir e Bartas trocavam socos, lutando pela dominância.

Aproveitei o momento para me recuperar dos golpes. Respirei pesadamente enquanto minha visão se clareava e a dor em meu corpo diminuía.

Cuspi um pouco sangue no chão enquanto observava os grimórios lutarem contra Bartas, então girei meu machado em minhas mãos, esperando por uma abertura.

Noir e Bartas trocaram socos enquanto Rubrum mantinha seu bombardeio mágico. Então Noir tentou esmagar Bartas como um mosquito, mas Bartas abriu seus braços, parando ambas as Mãos Negras antes que elas se fechassem ao seu redor.

Drakengard Anomalia: A História de um Anjo e uma IntonerWhere stories live. Discover now