10.

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Rosamaria On: Não entendi a reação de Caroline na hora do almoço, eu apenas falei que ia almoçar e ela surtou. Carol ainda é uma icognita para mim e eu não quero me doar por completo, sabendo que eu mal conheço todas as suas versões e personalidades. Mas, sem dúvidas, a que eu mais me encantei, foi a versão dela para Elena.

Saí da empresa e encontrei Gabriela me aguardando no carro.

- Pontual, ein? - Ela disse para mim - Algumas coisas estão mudando por aqui...

- Engraçadinha, vamos logo? Só tenho 1h de almoço.

- Vamos naquele de sempre? Que íamos antigamente? - ela perguntou e eu concordei.

Carol Gattaz On: Meu surto foi aleatório? Com certeza! Mas não pude deixar de me sentir chateada. A gente tem alguma coisa? não! Mas ainda sim me senti mal, não sei porque. Para me abstrair, decidi pedir para minha mãe trazer Elena para cá, seria legal levar minha princesa para almoçar fora.

Como moramos relativamente perto, logo minha mãe chegou e foi embora.

- Vamo muça? - ela perguntou na cadeirinha do carro.

- Isso, amor, vamos almoçar!

- E a frô? - Ela perguntou, como sempre.

- Rosamaria saiu, amor!

Depois de um curto caminho falando sobre bolofofos, mundo bita, animais e a tal da "frô", chegamos no restaurante. Ao entrarmos lá, minha filha saiu correndo em direção a uma mesa e eu corri atrás dela.

- Elena, pelo amor de Deus - falei ofegante - Desculp... - disse antes de olhar quem estava na mesa.

- Oia ela aí ó - Elena disse apontando - Oi, miga

- Oi, Elena - ela disse rindo baixo - estava me procurando?

- Ela só fala de você esses dias - falei contrariada.

- É, aparentemente ela gosta de mim, né? - disse Rosamaria debochada - Caroline, essa aqui é Gabriela, minha melhor amiga. Gabriela, essa aqui é Caroline, minha chefe.

- Caroline? Aquela Caroline? - perguntou a amiga dela.

- Como assim "Aquela Caroline"? - Perguntei curiosa, o que Rosamaria havia dito sobre mim?

- Nada não, ela se confundiu com uma outra pessoa - ela disse sem graça - querem sentar aqui?

- Não, não queremos atrapalhar vocês - eu disse.

- Quelemos - respondeu Elena, que menina safada.

- Não atrapalha não, Caroline - disse a sua amiga.

- Então tudo bem, se é o que querem, eu aceito.

- Oi, Princesa, tudo bem? - a amiga, Gabriela perguntou a minha filha que ficou envergonhada.

- É minha amiga, Elena, ela é doidinha, mas é boazinha - disse rosa rindo.

- Oi, miga da miga - disse minha filha ainda envergonhada, mas logo perdeu a vergonha quando viu o parquinho que tinha no locao - Oia, mamãe, paquinho

- Poxa, filha, a mamãe não estava querendo levantar não...

- Se você permitir, Carol, posso levar ela - disse gabi e eu concordei, as duas foram em direção ao parque e eu e rosa nos encaramos sem saber o que fazer.

Ficamos na mesa nos encarando, me aproximo lentamente do seu rosto e sinto sua respiração colada na minha. Nessa hora que eu notei, eu realmente não teria 1% de auto controle ao seu lado, era instantâneo, parecia que uma força magnética nos unia e era impossível de separar.

Encosto meu rosto no seu, meu coração está tão acelerado que até a saliva se torna complicada de engolir, meus pelos se arrepiam e eu sinto sua mão tocando em meu rosto.

- O que estamos fazendo, Carol? - ela disse baixinho, como num momento íntimo.

- Você me deixa nervosa e esse jogo é um perigo.

- Eu não quero mais jogar, Carol, não quero mais esses desconfortos, não vim aqui para brincar de casinha e no outro dia acontecer como anda acontecendo - ela disse e eu apenas a calei com um beijo leve em seus lábios - me diz o que você quer, Carol

- Eu quero você, posso? - Falei na lata.

- Poder pode, só não esqueça que a 5 metros daqui temos uma criança que pode vir correndo a qualquer momento - ela disse aliviando a tensão que estava.

- Duvido que você tenha lembrado disso quando eu me aproximei daqui - falei rindo.

- Realmente, você jogou meu auto controle no lixo.

- Quer dizer que eu exerço poderes sobre você, Rosamaria Montibeller? - eu falei com uma conotação sexual.

- Podemos testar isso depois, não acha?

- Não brinca com fogo, rosamaria! - falei e logo surgiu uma pequena criança suada.

- Isso, fogo machuca frô

- Aí, filha, eu fico com a sua inocência por hoje - falei e eu e rosa rimos, Gabriela nos encarou como quem não entedesse nada.

O resto do almoço foi tranquilo, a mão de rosa em minha perna durante a mesa, me fez pensar que eu quero algo sério com alguém. Sei também, que esse alguém precisa ter muita paciência para os meus medos e receios. Estou me abrindo, agora é torcer para que dê certo.

Her eyes - RosattazOnde histórias criam vida. Descubra agora