Capítulo 17

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Fernanda

Entro em casa e me deparo com Mari, ela vestia uma camisa do Flamengo e um short jeans escuro... estava linda.

– Onde você tava? – Ela me pergunta assim que me vê.

– Fui levar a torta na sua casa. Agora vou subir e terminar de me arrumar.

– Trouxe minhas coisas pra me arrumar aqui com você! – Diz empolgada pegando as malas no sofá e indo em direção as escadas.

– Pensei que já estivesse pronta. – Analiso sua roupa curiosamente. Ela ficava linda com esse estilo básico.

– Me poupe Fê, bora!

Resolvo tomar outro banho, já que o calor desse lugar me consumia por inteira. Passo meu hidratante favorito na pele, espirro meu body splash da Victoria Secrets e saio do banheiro ainda enrolada na toalha.

Marina estava terminando de amassar os seus cachos, abro a porta do armário e analiso minhas roupas. O que seria adequado pra isso? Marina escolheu usar um body bem cavado e um short jeans. Nos pés ela colocou uma sandália tamanco.

Já eu, optei por um body preto básico e um shortinho jeans. Nos pés, coloquei um salto confortável.

Quando descemos, faltava pouco para onze horas. Vanessa já estava lá e Mari e eu iríamos com Elias e Camarão.

Seria a primeira vez que eu sairia do morro desde de o último incidente. O lugar, de acordo com Marina, tinha até piscina. Era como um espaço só para festas.

Caminho para dentro da festa, o lugar estava lotado. Exponha sorrisos e dou alguns boa noite. A caminho do frigobar sou parada por uns três traficantes que me perguntam meu nome, de onde eu sou e principalmente, se sou casada.

Agarro uma garrafa de Corona, é a minha favorita. Dou um longo gole e analiso a festa.

– Encontrou o que estava procurando? – Tenho um leve sobressalto ao ouvir voz quente de Tito no pé do meu ouvido. Se eu não tivesse segurando a garrafa com tanta firmeza, ela com certeza teria caído.

Ao me virar me deparo com o mesmo utilizando suas roupas escuras de sempre. Um short leve com um detalhe da Lacoste na barra e um tênis all black da Nike.

– Não estava te procurando. – Olho para ele de cima a baixo e volto a beber minha cerveja.

Seu sorriso cresce e só então consigo perceber que dei a entender que estava o procurando.

– Oh..não.. eu não.. O que quer Tito? – Suspiro pesadamente.

– Além de dizer que você está sendo a atração principal da festa? Vim pedir meu abraço pô... – Ergue os braços.

– Você está bêbado. – Consigo notar seu estado.

– Ainda não.. – Se aproxima.

Após algumas cervejas e muita rebolada com as meninas, me sento no sofá da sala. Relaxo minha cabeça para trás e fito o teto enquanto algumas lágrimas escorriam em minha pele.

– Me pergunto por que uma menina bonita como você está chorando. – Um homem grisalho, aparentemente pouco mais velho se senta do meu lado.

– Você tem família? – Ele consente. – Faria uma loucura para os vê-lo pelo menos mais uma vez?

– Claro... Mas qual a sua situação? Precisa de um contexto.

– Estou com saudades... – Brigo para que as lágrimas parem de cair. – Não posso estar com eles... Qual o seu nome?

AO ACASO (MORRO) Onde histórias criam vida. Descubra agora