Capitulo 24

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Tito

Thamires confere a grana e logo passamos a mercadoria pro comprador. Espero que ele abandone o terreno e caminho até o carro a tempo de ouvir o celular tocando no bluetooth.

O nome de um dos Vigias aparece na tela e a Fernanda me vem na cabeça na mesma hora.

– Manda! – Atendo ligando o carro. No fundo escuto alguns gritos de Marina e isso faz com que eu me ajeite no banco.

– Chefe, Marina se machucou feio na escada. É melhor tu correr pra casa logo porque... – Ele é interrompido com outros gritos e algo se agita dentro de mim.

– Para de gritar porra! Tu caiu da escada ou levou um tiro? – Digo assim que percebo que ela estava no telefone.

– Vai se foder Tito, vai se foder! – Rosna com a voz de choro e desliga na minha cara.

Abusada.

Acelero pro barraco da Fernanda. Já eram quatro e meia quando estacionamos na porta.

– Volta para o asfalto e leva o armamento para o galpão. – Mando assim que deixo o veículo.

Thamires não retruca, ela sabia que esse era o plano antes da Mari se machucar. Passo pelos vigias pedindo pra um deles trazer uma moto até aqui e entro na casa, passo pela varanda e sigo até a porta da sala que se encontrava aberta.

Subo as escadas de dois em dois degraus e entro na primeira porta à esquerda.

– Fernanda. – Chamo me virando pra acender a luz, trago meus olhos até ela deitada no centro da cama daquele jeito tão a vontade. – Caralho. – Elevo uma das sobrancelhas, me aproximando mais ainda pra visualizar aquela beldade dormindo apenas com um fino tecido de calcinha. Fito a marquinha na sua pele branca por tempo demais, tempo o suficiente para fazer o Titão aqui querer dá as caras. – Fernanda. – Dou a volta da cama, pensando em como acordar ela sem a tocar.

Quando me coloco na sua frente, os seios espremidos um contra o outro faz meu pau pulsar dentro das calças, ajeito o zíper e trato de chamar ela novamente.

– Levanta tio. — Ela se afasta assim que sente minha mão no seu corpo, puxa o edredom pra cima assim que fixa os olhos em mim.

– O que... – Se afasta, complemente atordoada. – O que... o que você tá fazendo aqui? – Sussurra com a voz embargada.

– Mari se machucou, anda. Levanta. – Abro seu armário e pego o primeiro vestido que encontro, jogo em cima dela e ela pega na mesma hora.

– Mari se machucou? – Desce o vestido pelos braços, se colocando dê pe.

– Caiu da escada. – Caminho até a porta, esperando que ela me siga.

Ela é rápida em calçar os chinelos e me seguir até o andar de baixo, entra na salinha e pega a caixa de primeiros socorros.

– Como assim ela caiu da escada? – Ela vem atrás de mim assim que saio de casa.

– Caiu tio, tropeçou. Caiu. – Subo na moto, ligo a mesma e espero que ela suba.

Assim que a tenho agarrada firmemente em mim, meto o pé pra casa.

Assim que paro na garagem, ela desce da garupa ajeitando o vestido. Aproveito o momento para dar um olhada no quão justa a peça ficava no seu busto. Ela toma frente e eu a sigo em direção ao quarto da Mari.

– O que aconteceu com você? – Ela pergunta em um tom doce.

– Eu quero minha médica! – Marina diz sem nem olhar pra Fernanda.

AO ACASO (MORRO) Onde histórias criam vida. Descubra agora