FILIPE TITO 18

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Eu não sei bem definir o que estou sentindo por essa garota... Mas de uma coisa eu tenho certeza, não quero perder ela pra ninguém.

Talvez eu seja um filho da puta egoísta pra caralho, mas ela vai ser minha! Só minha.

Desde quando eu a vi pela primeira vez, já sabia... Quando vi aquele rostinho, toda delicadinha. Eu tenho um ranço do caralho de patricinha, filhinha de papaizinho... Mas com ela não senti essa aversão toda; Bem que eu queria. Queria não ter sentido nada por ela. Mas porra! Como alguém não sentiria... Mina de boa. Linda, toda educadinha, esquentada pra caralho.

As vezes quer me peitar mas isso nela, só me deixa ainda mais maluco.

eu sorri com ela em poucos meses, mais que o ano passado inteiro. Ela tem esse dom, de me acalmar, de me tirar desse lugar só em pensamentos... Me distrai desse mundão louco. Da mesma forma, que me tira do sério como ninguém consegue. Sou frio e calculista mas quando se trata de uma baixinha linda... Não penso, eu só ajo.

No meio que eu vivo, não posso passar uma oportunidade de ter uma pessoa como ela ao meu lado. E ainda mais, com tudo que está por vir. Eu tô cheio de plano louco! Eu quero melhoria! E quero ela comigo.

Ouvi aquele dia o Lorão falar em colocar ela como fiel dele me deixou puto de uma forma que eu nem sei explicar. Tava sentindo meu rosto queimando de tanto ódio! Ciúme do caralho... Na hora me toquei que não tinha mais como voltar atrás no nosso lance. Eu não ia conseguir aceitar, perder ela pra ninguém. Assim como não vou mesmo! Neguin vai se morder, mais minha gata ninguém me tira!!!

Assim que chego na praia, ela abre a porta do carro e sai correndo igual criança. Os cabelos voam e ela rir virando de frente para mim molhando os pés no mar.

Fico de longe admirando minha sereia linda, aquela vista... Faz mó cota que eu não piso na praia. Sempre evitei correr esse risco.

Sorrio olhando pra ela entrar na água de roupa e tudo. Valeu o risco!

Ela ama água, é uma sereia mesmo, minha princesa.

Essa praia não vem quase ninguém, fico de boa. Coloco uma música no carro e ficamos lá nos agarrando matando a saudade.

Ascendo um baseado curtindo a brisa e deito nossos bancos para ficarmos confortáveis.

- Que vista maravilhosa... - Ela diz com um leve sorriso admirando o por do sol.

Obrigado meu Deus! Por ter saúde, por tá aqui vivão vivendo esse momento lindo.

- Deus é maravilhoso. - Digo pensativo.

- Você acredita em Deus? - Concordo com a cabeça olhando pro rostinho lindo dela. Aquela boquinha linda, tudo é perfeito nela e com ela.

- E porque você entrou para o crime?

Sorrio da pergunta inocente que ela faz.

- Muitos que estão no crime conhecem a palavra, mais que uns e outros que se dizem cristãos. Pode crê nisso!

- Imagino. Mas e aí, conta?

- Eu não entrei para o crime. Eu simplesmente já nasci no meio dele. Meu pai era o antigo frente do complexo. Ele morreu e me deixou como o único herdeiro. Tomei conta de tudo. E muitos dizem que até melhor que ele. Desde moleque eu já tinha minha visão, muitas coisas que meu pai fazia eu já pensava em fazer diferente, já dava altas ideia maneira pra ele. Mas ele não me ouvia, sempre metia os pés pelas mãos. Depois que tomei conta, tudo fluiu. Papo de progresso. - Olho rindo pra ela que escuta tudo atentamente.

Ela quer me conhecer, e pra ela eu digo até meu segredo mais obscuro. Eu tô maluco nessa mina.

- E sua mãe? - Ela pergunta vendo que estou aberto a falar o que ela quiser.

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