O Segredo Da Empregada

Prólogo

Anúbis

_____ a onde estão? -- perguntei a Deméter que deixou a atenção do notebook de lado rapidamente, estou pesando nos breves segundos que posso socar a sua cara.

Não lhe dei essa folga toda para está sentado no meu sofá como se morasse aqui.

_____ a onde estão o que? Não entendi senhor.-- suspiro.

_____ os empregados, rodei essa casa inteira e os únicos funcionários que encontrei foram os seguranças e o motorista, aliás eu quero que você retire essa bunda mole do meu sofá e comece a trabalhar! -- na mesma hora ele se levantou fechando o notebook, o mesmo me parece nervoso.

_____ ainda estou resolvendo esse problema, e eu estava trabalhando agorinha, não coloque a suas frustrações em mim primo.-- frustrações? Eu quero satisfação do porquê que estou sem empregados nessa porra! Tenho o total direito de está estressado.

Não vou perder tempo com um incompetente.

_____ você tem até amanhã para resolver esse problema se não eu te chuto para Israel novamente! -- saio da sala andando apressadamente até a cozinha, essa praga não serve nem para ser escravo direito.

Tenho problemas pessoais com Deméter, somos iguais comparando óleo e água. Meu pai não tinha nada que ter morrido agora, não queria vir pro Brasil, não tenho nada contra a esse país, mas eu prefiro o oriente médio.

Dou graças a Alá por aquele velho idiota ter morrido, Mohamed não merecia nem ser chamado de pai, nunca foi um pai de verdade pra mim e nem um marido de verdade para minha mãe, ela morreu de desgosto e a perdi por culpa dele! Ela foi a única pessoa que me amou verdadeiramente, além disso "papai" se intrometia demais a onde não era chamado.

_____ Anúbis...-- ouvi a voz irritante do meu primo atrás de mim assim que entrei cozinha.

_____ vá trabalhar, é a única coisa que você faz que presta.-- caminhei até a geladeira abrindo-a e tirando uma jarra de suco de laranja.

_____ eu sei que você está chateado pelo seu pai ter...

_____ morrido? -- o interrompi -- foi a melhor coisa que ele fez.

Peguei um copo de vidro limpo de dentro da pia e despejei um pouco suco dentro dele.

_____ não é possível que você ainda esteja bravo comigo só porque que estou casado com a sua ex, eu nem sabia que vocês foram namorados! Isso foi a dois anos! -- nem sinto mais nada por aquela nojenta.

_____ eu não estou bravo com você Deméter, eu estou satisfeito, você é a única pessoa que posso escravizar sem ser preso, e tenho um certo rancor guardado, não me esqueci do que você fez quando a gente era criança! -- esse inútil só não faz nada a respeito da "escravidão" porque ele quer ser o sócio das minhas empresas.

Nunca vi um homem fazer coisas imagináveis por um aumento de cargo, isso que eu chamo de dedicação, mas não vou promove-lo agora eu quero me divertir muito com esse imprestável ainda.

_____ me desculpa tá legal!? Eu não deveria...-- agora que ele lembrou?!

_____ cala a boca! Vai arranjar uma empregada ou vá fazer outra coisa! Não quero ouvir ou ver a sua cara, saia da minha frente! -- deixei a jarra em cima da bancada e levei o copo até a boca, comecei a beber o suco como se fosse água.

_____ sim senhor -- meu adorável primo saiu da cozinha certamente com o maior ódio do mundo, como se eu ligasse pra isso.

Sua alma é tão inútil que me faz rir, mas a verdade é que sou tão rancoroso que nunca vou me esquecer do que ele fez a alguns anos atrás quando eu tinha dez anos!