"Capítulo 36 - Thirty five...

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Heloísa

No dia seguinte acordei com um pouco mais de disposição, Miguel ontem a noite não parou de mandar mensagens ou de me ligar querendo saber se eu cheguei bem em casa ou se o Henrique tentou alguma coisa. Esta sendo muito dificil ficar longe dele mas eu preciso que ele aprenda que ele não pode cometer as burradas dele e pensar que é só me pedir desculpas que eu volto pra ele correndo.

Assim que termino de tomar banho, escovar os dentes, me trocar e tomar meu café da manhã, pego minha bolsa e saio do prédio.

[...]

Entro na minha sala e encontro Miguel sentando em meu lugar.

—Que susto Miguel! — Eu falo quando o vejo.

Ele da seu típico sorriso cínico de lado e se levanta vindo ate mim.

—Por que você não respondeu minhas mensagens Heloísa?! Eu fiquei louco de preocupação porra! — Ele fala alterando a voz.

—Miguel, o que nós tínhamos acabou apartir do momento que você não acreditou em mim. Aliás, por que você não corre atrás da cobra da Juliana? Vocês combinam.

Ele vem até mim parecendo furioso e me prensa na parede.

—Eu não vou desistir de você Heloísa, você sabe disso. A Juliana não tem nenhuma importância pra mim, ela é insignificante, já você, você é importante pra mim, eu me preocupo com você, eu gosto muito de você e como eu já disse, oque eu sinto por você eu nunca senti por mais ninguém. Por favor, me perdoa e volta pra mim. — Ele fala com o rosto bem próximo ao meu.

Sinto sua respiração em meu pescoço me fazendo ficar arrepiada, o Miguel pode cometer todas as burradas do mundo, mas eu ainda vou ser apaixonada por ele, mas ainda não esta na hora de desistir.

Coloco minhas mãos em seu peito sentindo seus músculos fortes por baixo da sua camisa social branca e o empurrou para longe de mim, mesmo querende que ele me beije.

—Eu tenho muito trabalho Miguel e você também, é melhor você ir. — Eu falo abrindo a porta.

Ele olha pra mim com um olhar de decepção e sai da minha sala.

Respiro fundo e sento de frente para o computador iniciando meu trabalho.

[...]

Assim que da o horário do almoço, pego minha bolsa e entro no elevador sem nem ao menos avisar ao Miguel que estou indo almoçar como de costume.

Assim que o elevador para no primeiro andar começo a andar ate a Carla  mas sou parada pelo Henrique que me chama.

—Ei Heloísa! Quer almoçar comigo? — Ele pergunta sorrindo. E que sorriso.

Olho para a Carla  que ouviu o convite dele e a mesma faz um joia com a mão.

—Claro!

—Então vamos! Vou te levar a um dos meus restaurantes preferidos.

Sorrio pra ele e o sigo até o seu carro, ele abre a porta pra mim e enquanto ele da a volta vejo Miguel saindo da empresa e assim que seu olhar pousa em mim vejo o mesmo cerrar os punhos vendo Henrique entrar no carro. Com certeza Miguel não ficou nem um pouco feliz com isso.

Henrique liga o carro e começa a dirigir em direção ao restaurante.

[...]

Depois de alguns minutos Henrique para o carro no estacionamento do restaurante. Olho para a placa que contém o nome do local e não acredito. Estamos no Vieira, o restaurante preferido do Miguel. 

Droga, só falta ele vir almoçar aqui hoje.

—Vamos?! — Pergunta Henrique abrindo a porta pra mim.

Saio do carro e entramos no restaurante. Fizemos nosso pedido e o garçom sai nos deixando a sós.

—Olá, posso me sentar com vocês? _ Ouço ele perguntar atrás de mim. Viro minha cabeça e meu olhar encontra o dele.

Miguel só pode estar de brincadeira.

Henrique sorri sem graça e concorda, óbvio que ele não iria dizer não para o seu chefe.

—Já fizeram o pedido? — Miguel pergunta com o seu sorriso cínico nos lábios me irritando.

—Sim senhor. — Responde Henrique.

Olho para o Miguel e o mesmo esta me olhado com o olhar divertindo, percebendo que eu estou muito put* com a presença inesperada dele.

Ele chama o garçom e faz seu pedido.

O almoço inteiro foi desconfortável, Miguel é o chefe do Cameron e o meu, óbvio que o Cameron não iria ficar a vontade. Assim que terminamos de comer, Cameron chama o garçom e paga a conta junto com Miguel.

—Vamos? — Henrique pergunta pra mim.

Miguel se levanta também e saimos os três do restaurante em silêncio.

—Sr.Fields, eu gostaria de falar a sós com a Sra. Albuquerque um minuto.

—Claro, eu vou indo para o carro Helô.

Faço que sim com a cabeça e o vejo se afastar.

—O que você pensa que esta fazendo Miguel? 

_Vim almoçar e por uma incrível coincidência encontrei você e o Henrique. Por que não me avisou que almoçaria com ele Heloísa?

—Eu não te devo satisfações da minha vida Miguel.

—Quando você vai me perdoar? Você sabe que eu estou arrependido! Volta pra mim. — Ele pede se aproximando fazendo nossos rostos ficarem bem próximos.

—Eu tenho que ir. — Falo e saio indo em direção ao carro do Henrique.

Entro no carro e o Henrique me olha sem entender nada.

—Podemos ir. — Eu falo.

Ele sem falar nada liga o carro e começa a dirigir de volta para a empresa.

[...]

Hoje tive que ficar duas horas a mais no trabalho por causa de algumas coisas que estavam atrasadas, ou seja, agora são nove horas da noite e a empresa esta completamente vazia. Pego minha bolsa e saio da minha sala, olho para a sala do Miguel e vejo que a mesma ainda esta com as luzes acesas, oque significa que o Miguel ainda esta aqui.

Vou até a sua sala e bato na porta. Assim que o ouço dizer "entre" eu entro .

—Estou indo pra casa.

—Por que ainda esta aqui? Já passou do seu horário.

—Precisei ficar mais duas horas para resolver algumas coisas que estavam atrasadas.

—Esta tarde, eu te levo.

Mesmo eu não querendo que ele me leve, porque pode acontecer alguma coisa entre nós nesses minutos que iremos ficar juntos, eu concordo com ele, esta um pouco tarde e eu prefiro ir com ele do que sozinha em um táxi.

Miguel pega seu blazer e saimos da sua sala. Entramos no elevador e assim que as portas se fecham Miguel me prensa na parede fria de metal e me beija sem me deixar protestar me deixando surpresa com a sua atitude.

Ele aperta levemente minha cintura, me fazendo suspirar entre o beijo. Meu Deus, como eu senti falta dele. Coloco meus braços ao redor de seu pescoço e aprofundo o beijo sentindo sua língua em contato com a minha. Nos separamos ofegantes quando as portas do elevador se abriram.

—Isso não significa que eu te perdoei. — Eu falo saindo primeiro do elevador com um sorriso nos lábios.

50 Tons de Paixão Where stories live. Discover now